15 de março de 2010
O Nordeste vota em Lula, logo, em Dilma Roussef
O Nordeste vota em Lula e é quase certo que vota na candidata de Lula. Não é por misticismo nem carisma. É porque o programa Bolsa Família, a ampliação do crédito, o aumento do salário mínimo e da oferta de emprego motivaram o aumento do poder de compra das classes de menor renda, a tal ponto que as feiras livres registraram grande crescimento. É nas feiras livres que os nordestinos compram alimentos, vendem roupas e toda ordem de artesanato, a preços inferiores aos do comércio formal.
A campanha anti-Lula, anti-PT e anti-Dilma Roussef, organizada pelos jornalões e redes de TV não atinge as massas de trabalhadores pobres informais das regiões metropolitanas do Nordeste. Eles não lêem jornais e não assistem TV nos horários dos noticiários. E os que assistem dão mais importância à barriga que aos noticiaristas e redatores de jornais.
Em fevereiro, a própria Folha de São Paulo mandou repórteres às feiras nordestinas. O crescimento das feiras livres foi sentido tanto nas feiras pequenas quanto nas feiras das cidades das regiões metropolitanas. Em Juazeiro do Norte (Ceará), por exemplo, o número de feirantes cadastrados chega a 1.800, um crescimento de 30% em cinco anos. Em Simões Filho (BA), a prefeitura registrou crescimento de 60% no comércio informal. O aumento do comércio popular se intensificou a partir de 2007.
A reportagem percorreu Caruaru (PE), Caucaia (CE), Itaitinga (CE), Maracanaú (CE), Cascavel (CE), inclusive o bairro Ouro Preto (Olinda), onde havia fila de espera para interessados em participar da feira de confecções. Em todos estes lugares, os prefeitos explicam que foi efeito do Bolsa Família, do aumento real do salário mínimo e da oferta de emprego, além da ampliação do crédito, os fatores que favoreceram o surgimento de novos consumidores e novos produtores. Não precisa ser economista para ver isso.
Como estes fatores ocorreram em todo o país, não seria absurdo concluir que é por isso que Lula está lá no alto de todas as pesquisas de opinião pública. Em 2009, o Bolsa Família despejou nada menos que R$ 12,4 bilhões na economia de todo o país; só no Ceará o Bolsa Família repassou R$ 1,01 bilhão a 917 mil famílias. Na Bahia, o Bolsa Família distribuiu R$ 1,66 bilhão e em Pernambuco R$ 1,06 bilhão.
Qualquer professor de Economia pode afirmar que programas de transferência de renda como Bolsa Família incentivam indiretamente o empreendedorismo, já que criam um poder de compra em classes populares. Há muitos cidades que registram o surgimento de microindústrias. A reportagem da Folha de São Paulo foi encontrar microindústrias (chamadas no interior de “fabricos”) produtoras de roupas populares chamadas “sulancas” em periferias de Olinda, Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e em Tobias Barreto (SE).
Na Era Lula, os “sulanqueiros” do Nordeste cresceram, ganharam dinheiro, criaram empregos.
Tudo isso pode se perder se José Serra, do PSDB, ganhar a eleição presidencial. Os tucanos odeiam pobres. Acham um desperdício distribuir tanta renda assim.
Os nordestinos podem não ler jornais, nem gostar de noticiário de TV, mas não são burros. Votam em Lula, e como Lula não é candidato, vão votar na candidata de Lula.
Anotem. Será no Nordeste a primeira virada nas pesquisas de intenção de voto, a favor de Dilma presidente.
A campanha anti-Lula, anti-PT e anti-Dilma Roussef, organizada pelos jornalões e redes de TV não atinge as massas de trabalhadores pobres informais das regiões metropolitanas do Nordeste. Eles não lêem jornais e não assistem TV nos horários dos noticiários. E os que assistem dão mais importância à barriga que aos noticiaristas e redatores de jornais.
Em fevereiro, a própria Folha de São Paulo mandou repórteres às feiras nordestinas. O crescimento das feiras livres foi sentido tanto nas feiras pequenas quanto nas feiras das cidades das regiões metropolitanas. Em Juazeiro do Norte (Ceará), por exemplo, o número de feirantes cadastrados chega a 1.800, um crescimento de 30% em cinco anos. Em Simões Filho (BA), a prefeitura registrou crescimento de 60% no comércio informal. O aumento do comércio popular se intensificou a partir de 2007.
A reportagem percorreu Caruaru (PE), Caucaia (CE), Itaitinga (CE), Maracanaú (CE), Cascavel (CE), inclusive o bairro Ouro Preto (Olinda), onde havia fila de espera para interessados em participar da feira de confecções. Em todos estes lugares, os prefeitos explicam que foi efeito do Bolsa Família, do aumento real do salário mínimo e da oferta de emprego, além da ampliação do crédito, os fatores que favoreceram o surgimento de novos consumidores e novos produtores. Não precisa ser economista para ver isso.
Como estes fatores ocorreram em todo o país, não seria absurdo concluir que é por isso que Lula está lá no alto de todas as pesquisas de opinião pública. Em 2009, o Bolsa Família despejou nada menos que R$ 12,4 bilhões na economia de todo o país; só no Ceará o Bolsa Família repassou R$ 1,01 bilhão a 917 mil famílias. Na Bahia, o Bolsa Família distribuiu R$ 1,66 bilhão e em Pernambuco R$ 1,06 bilhão.
Qualquer professor de Economia pode afirmar que programas de transferência de renda como Bolsa Família incentivam indiretamente o empreendedorismo, já que criam um poder de compra em classes populares. Há muitos cidades que registram o surgimento de microindústrias. A reportagem da Folha de São Paulo foi encontrar microindústrias (chamadas no interior de “fabricos”) produtoras de roupas populares chamadas “sulancas” em periferias de Olinda, Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e em Tobias Barreto (SE).
Na Era Lula, os “sulanqueiros” do Nordeste cresceram, ganharam dinheiro, criaram empregos.
Tudo isso pode se perder se José Serra, do PSDB, ganhar a eleição presidencial. Os tucanos odeiam pobres. Acham um desperdício distribuir tanta renda assim.
Os nordestinos podem não ler jornais, nem gostar de noticiário de TV, mas não são burros. Votam em Lula, e como Lula não é candidato, vão votar na candidata de Lula.
Anotem. Será no Nordeste a primeira virada nas pesquisas de intenção de voto, a favor de Dilma presidente.