4 de março de 2010
E as obras de arte do Hotel da Bahia?
O jornal Tribuna da Bahia publicou importante matéria sobre as obras de arte do Hotel da Bahia,cujo prédio está indo a leilão. Segue o texto:
O fechamento do Hotel da Bahia pela Rede Tropical, que administrava o empreendimento desde 1985, traz a tona dúvidas sobre o destino do prédio de luxo construído no final da década de 40 pelo governo de Otávio Mangabeira. O edifício preserva obras de arte de grandes artistas plásticos como Carybé. O certo é que uma dessas obras, especialmente um painel do artista Genaro de Carvalho é tombado como patrimônio da Bahia, o que impede que o hotel sofra grandes alterações.
O mural de Genaro de Carvalho, intitulado de “Festas Regionais”, pintado na parede do hotel em afresco seco, mede 200 metros quadrados e já foi reconhecido como uma das mais importantes obras da Bahia. Segundo informações do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), o tombamento desse mural foi divulgado no Diário Oficial do Estado em 10 de novembro de 1981, portanto, qualquer alteração a ser feita no empreendimento deve ser comunicada ao governo, em especial ao órgão vinculado a Secretaria Estadual de Cultura.
Ainda conforme a assessoria de comunicação do Ipac, os murais do Hotel da Bahia fazem parte do trabalho de Mapeamento de Painéis e Murais na Cidade do Salvador, iniciado no ano passado pela Fundação Cultural do Estado (Funceb), em parceria com o Instituto.
O objetivo do mapeamento é que o governo do estado, através da Secretaria de Cultura passe a nortear políticas públicas de proteção, valorização e divulgação da produção de artistas baianos, evitando que o patrimônio cultural possa ser perdido ou destruído.
“Na parceria, caberá ao IPAC a avaliação técnica das obras, a análise para indicar serviços restauração e de salvaguarda dessas peças artísticas. O trabalho prevê, ainda, um roteiro de visitação e um catálogo com as imagens das obras”. Uma das intenções é a de criar um roteiro turístico com essas obras. Segundo explica a assessoria do órgão esse é mais um motivo para que elas permaneçam lá.
Entidades querem fiscalizar destino das obras - “Esses painéis e murais têm amplo alcance, pois estão expostos em locais que fazem parte do cotidiano das pessoas”, explicou Gisele Nussbaumer, diretora geral da Funceb, durante o inicio dos estudos.
Ano passado, o Ipac já havia restaurado dois painéis do artista plástico Jenner Augusto (1924-2003), no Zoológico de Salvador, bairro de Ondina. Além do mural de Genaro de Carvalho, outros dois murais são tombados na Bahia, um do artista Carlos Bastos, em um edifício do Comércio e outro de Lenio Braga, na Rodoviária de Feira de Santana.
O certo é que, seja qual for o destino a ser dado ao prédio onde funciona o Hotel da Bahia, entidades já entraram na defesa das obras de arte ali instaladas. Além do trabalho feito pelo Ipac e Funceb, a Fundação Gregório de Matos (FGM) - órgão municipal, através do presidente Antonio Lins já se pronunciou sobre o caso.
“Essa preocupação se fundamenta justamente por estarem ali obras importantes doadas pelos seus artistas à Bahia. Nós estamos preocupados com a integridade dessas obras e queremos que a diretoria do Hotel responda publicamente o que será feito para preservá-las. A Bahia deve ficar atenta ao seu patrimônio cultural”, alertou. Segundo Lins, o papel da Fundação é também o de fiscalizar e denunciar algum tipo de ameaça ao patrimônio.
O fechamento do Hotel da Bahia pela Rede Tropical, que administrava o empreendimento desde 1985, traz a tona dúvidas sobre o destino do prédio de luxo construído no final da década de 40 pelo governo de Otávio Mangabeira. O edifício preserva obras de arte de grandes artistas plásticos como Carybé. O certo é que uma dessas obras, especialmente um painel do artista Genaro de Carvalho é tombado como patrimônio da Bahia, o que impede que o hotel sofra grandes alterações.
O mural de Genaro de Carvalho, intitulado de “Festas Regionais”, pintado na parede do hotel em afresco seco, mede 200 metros quadrados e já foi reconhecido como uma das mais importantes obras da Bahia. Segundo informações do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), o tombamento desse mural foi divulgado no Diário Oficial do Estado em 10 de novembro de 1981, portanto, qualquer alteração a ser feita no empreendimento deve ser comunicada ao governo, em especial ao órgão vinculado a Secretaria Estadual de Cultura.
Ainda conforme a assessoria de comunicação do Ipac, os murais do Hotel da Bahia fazem parte do trabalho de Mapeamento de Painéis e Murais na Cidade do Salvador, iniciado no ano passado pela Fundação Cultural do Estado (Funceb), em parceria com o Instituto.
O objetivo do mapeamento é que o governo do estado, através da Secretaria de Cultura passe a nortear políticas públicas de proteção, valorização e divulgação da produção de artistas baianos, evitando que o patrimônio cultural possa ser perdido ou destruído.
“Na parceria, caberá ao IPAC a avaliação técnica das obras, a análise para indicar serviços restauração e de salvaguarda dessas peças artísticas. O trabalho prevê, ainda, um roteiro de visitação e um catálogo com as imagens das obras”. Uma das intenções é a de criar um roteiro turístico com essas obras. Segundo explica a assessoria do órgão esse é mais um motivo para que elas permaneçam lá.
Entidades querem fiscalizar destino das obras - “Esses painéis e murais têm amplo alcance, pois estão expostos em locais que fazem parte do cotidiano das pessoas”, explicou Gisele Nussbaumer, diretora geral da Funceb, durante o inicio dos estudos.
Ano passado, o Ipac já havia restaurado dois painéis do artista plástico Jenner Augusto (1924-2003), no Zoológico de Salvador, bairro de Ondina. Além do mural de Genaro de Carvalho, outros dois murais são tombados na Bahia, um do artista Carlos Bastos, em um edifício do Comércio e outro de Lenio Braga, na Rodoviária de Feira de Santana.
O certo é que, seja qual for o destino a ser dado ao prédio onde funciona o Hotel da Bahia, entidades já entraram na defesa das obras de arte ali instaladas. Além do trabalho feito pelo Ipac e Funceb, a Fundação Gregório de Matos (FGM) - órgão municipal, através do presidente Antonio Lins já se pronunciou sobre o caso.
“Essa preocupação se fundamenta justamente por estarem ali obras importantes doadas pelos seus artistas à Bahia. Nós estamos preocupados com a integridade dessas obras e queremos que a diretoria do Hotel responda publicamente o que será feito para preservá-las. A Bahia deve ficar atenta ao seu patrimônio cultural”, alertou. Segundo Lins, o papel da Fundação é também o de fiscalizar e denunciar algum tipo de ameaça ao patrimônio.