25 de outubro de 2009

 

As taxas de juros praticadas pelos bancos comerciais podem ser comparadas a um assalto a mão armada

A Mídia tem lado. Por que afinal todos os meios só falam na taxa selic? Por que eles – os jornalistas e formadores de opinião - não falam nas taxas de juros cobradas pelo sistema bancário comercial ao tomador final?

A média para pessoa jurídica é de 68%; para pessoa física 110%, cheque especial 166%, no cartão 220%. Estamos falando de um assalto. Os bancos comerciais não cumprem sua função social prevista na Constituição Brasileira. Mesmo sendo privado, o banco comercial é uma patente que o autoriza a trabalhar com o dinheiro público. Não é coisa nenhuma dinheiro do banco.

Vejam o caso brasileiro. Desde a crise financeira mundial, foram transferidos mais de R$ 100 bilhões para os bancos via redução do compulsório e outros mecanismos. Em vez de transformarem em crédito para dinamizar a economia, esta dinheirama está sendo utilizada na compra de títulos do governo para depois serem remunerados pela taxa selic. Ou seja, os bancos comerciais não estão fazendo o papel de financiar a economia. Quem fez este papel foi o ‘demônio`, o Estado, através dos bancos estatais, como todo mundo sabe.

O Governo Lula enfrentou (muito bem a crise) apostando no mercado interno como motor da economia. Aumentou a capacidade de compra do salário mínimo na faixa de 51% a 53%, atingindo 26 milhões de assalariados e 18 milhões de aposentados; provocando uma expansão do emprego na ordem de 11 milhões de pessoas; aumentando o crédito para o Pronaf que passou de R$ 2,5 bilhões para R$ 12,5 bilhões, injetando recursos no pequeno produtor rural responsável por 70% dos alimentos produzidos no país. Sem falar no Bolsa Família ajudando a tirar da miséria cerca de 50 milhões de pessoas.

Toda essa história é contada pelo professor Ladislaw Dowbor, da PUC-SP. A entrevista saiu publicada na revista ‘Desafios do Desenvolvimento` do IPEA, edição de maio. A mídia precisa ouvir Lula e passar a informar bem, não fazer política partidária e ideológica, como a revista Veja e seus seguidores de merda.

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