22 de setembro de 2009

 

Revista Carta Capital denuncia máfia de branco do Hospital Espanhol e seus tentáculos em Brasília

A revista Carta Capital desta semana (23.09.2009), a que tem a capa com a manchete “Energia: a tragédia da privatização”, elegeu a Bahia como tema, digamos, preferencial. Há pelo menos três reportagens que abordam a Bahia.

1)Na gostosa seção “Brasiliana” a jornalista Cynara Menezes desenha o perfil da ex-fábrica caseira de Vitória da Conquista, Tia Sônia, que inventou uma granola com tapioca, a fécula produzida da brasileiríssima mandioca, macaxeira, aipim. A barrinha de cereais está ganhando o Brasil. Cynara só não informou de onde saiu o dinheiro para a expansão da empresa familiar, porque como se sabe dinheiro não nasce em árvore. Aí fatalmente surgiria o nome da Agência de Fomento do Estado da Bahia – Desenbahia, instituição financeira estadual que tem como foco a micro e pequena empresa.

2)A segunda reportagem é traumática. “O embuste dos kits” que fala de uma negociata da máfia de branco baiana. Não passava de um golpe a entrega de 30 kits de equipamentos (R$ 3 milhões) destinados a desafogar a precária rede de UTIs do sistema de saúde do Distrito Federal governado pelo DEM/PPS. Os equipamentos eram obsoletos, a compra era falsa, sequer tinham nota fiscal.

E onde entra a Bahia? Arrá! Na origem da transação está a contratação, sem licitação, pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM (sempre eles), da REAL SOCIEDADE ESPANHOLA DE BENEFICÊNCIA da Bahia para gerenciar o Hospital Regional Santa Maria (DF), que custou R$ 130 milhões.

Tem mais. “Trata-se de um contrato de dois anos, de R$ 222 milhões, sob suspeita de servir ao caixa 2 eleitoral”. A Real Sociedade Espanhola de Beneficência está sendo investigada pelos ministérios públicos federal e estadual da Bahia por fraude e desvio de verbas da PREFEITURA DE SALVADOR, sob os auspícios do prefeito João Henrique Carneiro Barradas, do PMDB, escreve a Carta Capital.

A bancada do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal tentou suspender o convênio e instaurar uma CPI da Saúde. Perdeu. A bancada petista tem quatro deputados e a bancada que apóia o governo corrupto do DEM tem 2o deputados distritais. Tá tudo dominado.

3)O terceiro assunto abordado pela revista Carta Capital está no artigo de Walter Fanganiello Maierovitch intitulado SALVADOR E A CRISE PENITENCIÁRIA”. Ele comenta que o crime organizado de matriz mafiosa mostrou musculatura em Salvador, incendiando ônibus, atacando postos policiais, matando, ferindo e depois submergindo pare evitar confronto com a polícia. Uma tática empregada no Brasil e no exterior, por organizações criminosas, que não são meras quadrilhas ou bandos.

Segundo Fanganiello, “em Salvador, os ataques parecem inspirados na onda de violência paulista promovida em 2006 “quando o PCC colocou de joelhos o governo de São Paulo” que é do PSDB, é bom lembrar, antes de politizar e ideologizar a questão como fez o babaca do deputado ACM Nero.

“Isso serviu para demonstrar de maneira definitiva, o fracasso da militarização e truculenta política de segurança pública do governo Geraldo Alckmin”, escreveu Fanganiello. A receita militarista dos governos Alckmin, Garotinho e Sérgio Cabral não tem eficiência para combater organizações criminosas que têm controle social, território e controle de presídios e até influência político-eleitoral.

O GOVERNO DA BAHIA FELIZMENTE ACABA DE ANUNCIAR QUE SOMENTE COM UM PLANO VOLTADO PARA DESFALCAR A ECONOMIA DE SUSTENTAÇÃO DO CRIME ORGANIZADO PODE-SE COMBATER ESSA GENTE.

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