24 de setembro de 2009
Academia de Letras da Bahia acolhe escritor Joacy Góes, democrata que tem história
A Academia de Letras da Bahia recebe hoje (24.09.2009) um novo integrante - o escritor Joacy Góes, empresário, ex-deputado federal e ex-proprietário do jornal Tribuna da Bahia. Vai ocupar a cadeira nº 7, no lugar de Pedro Moacir Maia, ex-diretor do Museu de Arte Sacra da Bahia, falecido em 2008.
Ele foi indicado anteriormente para ocupar a vaga do falecido ex-senador ACM que, aliás, nunca escreveu nada de sua própria lavra. Seus discursos sempre foram escritos por assessores. Mas a Academia de Letras da Bahia era tão desmoralizada que aceitou a indicação do velho coronel. Sabiamente, Joacy não aceitou a vaga de ACM e sim a de Pedro Moacir Maia.
Seria uma ironia da história porque Joacy Góes, quando proprietário de Tribuna da Bahia, enfrentou bravamente o autoritarismo do velho coronel. Durante décadas, a Tribuna da Bahia exerceu bravamente um saudável jornalismo de oposição à ditadura de ACM.
Ao contrário de ACM, Joacy Góes escreveu três livros: “A Inveja nossa de cada dia”, Anatomia do Ódio” e “A Força da Vocação”, todos pela Editora Top Book. Ele foi indicado à ALB pelo jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes, Joca, autor entre outros importantes livros de “Memórias das Trevas”, uma biografia não autorizada de ACM. Também ele um desafeto do velho coronel.
A Tribuna da Bahia, em plena ditadura e sob o comando de Joacy Góes, acolhia os ex-presos políticos em sua redação. Eu e Emiliano José, hoje deputado federal (PT-BA), iniciamos assim nossa carreira de jornalista. Lembro-me de importantes nomes que passaram pela Tribuna da Bahia, a exemplo do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, do sociólogo Gustavo Falcon, do publicitário Césio Oliveira. Muita gente importante.
Ele foi indicado anteriormente para ocupar a vaga do falecido ex-senador ACM que, aliás, nunca escreveu nada de sua própria lavra. Seus discursos sempre foram escritos por assessores. Mas a Academia de Letras da Bahia era tão desmoralizada que aceitou a indicação do velho coronel. Sabiamente, Joacy não aceitou a vaga de ACM e sim a de Pedro Moacir Maia.
Seria uma ironia da história porque Joacy Góes, quando proprietário de Tribuna da Bahia, enfrentou bravamente o autoritarismo do velho coronel. Durante décadas, a Tribuna da Bahia exerceu bravamente um saudável jornalismo de oposição à ditadura de ACM.
Ao contrário de ACM, Joacy Góes escreveu três livros: “A Inveja nossa de cada dia”, Anatomia do Ódio” e “A Força da Vocação”, todos pela Editora Top Book. Ele foi indicado à ALB pelo jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes, Joca, autor entre outros importantes livros de “Memórias das Trevas”, uma biografia não autorizada de ACM. Também ele um desafeto do velho coronel.
A Tribuna da Bahia, em plena ditadura e sob o comando de Joacy Góes, acolhia os ex-presos políticos em sua redação. Eu e Emiliano José, hoje deputado federal (PT-BA), iniciamos assim nossa carreira de jornalista. Lembro-me de importantes nomes que passaram pela Tribuna da Bahia, a exemplo do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, do sociólogo Gustavo Falcon, do publicitário Césio Oliveira. Muita gente importante.