21 de maio de 2009

 

“Parar a Petrobras é parar o Brasil”

A primeira passeata contra a CPI da Petrobras aprovada pelo Senado ocorreu no Rio de Janeiro, hoje (21). Perto de 4 mil pessoas participaram. O deputado Luiz Alberto (PT-BA) estava lá. Caravanas de sindicatos de metalúrgicos de várias partes do país também engrossaram o protesto.

Os participantes da passeata usaram um adesivo com a frase: "Parar a Petrobrás é parar o Brasil". Eles voltaram a acentuar a última sílaba do nome da estatal com o argumento que isso reforça a ideia de que a Petrobras é do Brasil.

Foi voz corrente que a Petrobras voltou a ser alvo da sanha privatista dos neoliberais representados pelo PSDB. Um deputado lembrou que, no governo demotucano de FHC (1995-2002), um terço das ações da estatal foi leiloado na Bolsa de Nova York, por um preço abaixo de mercado, e o monopólio do petróleo foi quebrado, numa tendência privatista que só foi contida com a eleição do presidente Lula em 2002.

O coordenador-geral da FUP (Federação Única de Petroleiros), João Antonio de Moraes, criticou a criação da CPI da Petrobras no Senado por partidos de oposição:

"Essa CPI é fruto do lobby das multinacionais para ficarem com nosso petróleo. Defendemos a investigação, a transparência total na Petrobras. Mas existem outros mecanismos sem ser a CPI para serem utilizados. Isso é política", disse ele. Moraes também defendeu uma nova lei para o petróleo. "A atual legislação não garante o controle do povo sobre a riqueza. A descoberta do pré-sal só reforça essa necessidade."

A manifestação foi organizada pela FUP e os sindicatos de petroleiros, junto com a CUT, UNE, MST, OAB/RJ e várias outras entidades dos movimentos sociais. A passeata saiu da Praça da Candelária, em direção ao edifício sede da Petrobrás, na Avenida Chile, onde os manifestantes deram um simbólico abraço no prédio.

Começaram as manifestações públicas contra o ataque à soberania nacional.

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