21 de maio de 2009
Livro-reportagem resgata história de luta e coerência do líder comunista baiano Luiz Contreiras
Com o título “A esperança não envelheceu”, com ótimo texto da jornalista Cláudia Lessa, o jornal A Tarde publica hoje (21), no Caderno 2, informativa matéria sobre o livro-reportagem do jornalista e escritor Elieser César intitulado “Contreiras camarada engenheiro – Uma história de luta e coerência” (Editora Caros Amigos).
O lançamento será nesta sexta-feira (22), às 18h, no Centro Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador.
O livro é enriquecido com depoimentos de companheiros de luta de Contreiras, como a própria esposa, ex-deputada Amabília Almeida, o ex-deputado federal Fernando Sant´Anna, decano e quase uma lenda dos comunistas baianos, o ex-prefeito de Salvador Virgildásio de Sena, o empresário João Falcão, e amigos militantes de outra geração, como o deputado federal Emiliano José (PT-BA), o cientista político Paulo Fábio Dantas e os advogados Dida Santiago e George Gurgel.
LEIA REPORTAGEM DE A TARDE
A esperança não envelheceu
Cláudia Lessa
Protagonista das lutas pela liberdade e transformações sociais no Brasil do século XX, Luiz Contreiras “viveu sempre sob o fio da navalha”, como escreveu o jornalista e escritor Elieser César em “Contreiras camarada engenheiro – Uma história de luta e coerência”.
No livro-reportagem sobre o engenheiro e militante histórico do lendário Partido Comunista Brasileiro (PCB), o registro de uma época sombria, marcada por prisões, torturas e perseguições. O lançamento será amanhã (sexta-feira), às 18 horas, no Centro de Cultura da Câmara de Vereadores.
Elieser recebeu a encomenda de escrever o livro da própria família de Contreiras, que desejava homenageá-lo pelo seus 85 anos, completados em 2008. “Topei o desafio, motivado pela história política e de vida desse homem movido a paixão”, disse o biógrafo.
Como engenheiro, Luiz Contreiras ajudou a abrir estradas, construir prédios e pontes. Na pela de comunista atuante, construiu utopias dentro do ideal de ver erguida uma sociedade igualitária, justa e democrática, conforme Elieser César.
Depois de anos de abnegação partidária, afirma o autor, Contreiras viu ruírem os projetos de um coletivo. “Ele foi de uma geração que abraçou o comunismo como um salvador dos problemas da humanidade e que, depois, percebeu que o sistema que defendia se revelou uma ditadura, pelo menos na União Soviética”, considera.
Luiz Contreiras testemunhou a queda do Muro de Berlim, a extinção da URSS, as maledicêncxias do governo de Dutra, a campanha do Petróleo é Nosso, a ditadura militar de 1964... “Porém jamais abdicou da crença no socialismo democrático e nos ideais da liberdade, igualdade e fraternidade, tributários da Revolução Francasa”.
ERROS HISTÓRICOS – O biógrafo ressalta que Luiz Contreiras reconhece os erros históricos do Partido Comunista “sobretudo o dogmatismo que impedia a diversidade de pensamento. Os comunistas queriam ser detentores de uma verdade absoluta. Hoje eles acreditam que há outros caminhos na luta social”, afirma Elieser.
Os acertos do PCB também são contemplados por Luiz Contreiras. A decisão de lutar dentro da legalidade contra a ditadura militar de 1964 foi um deles, segundo o ex-militante. “Fazer esse trabalho foi uma oportunidade de trazer à tona momentos políticos importantes da segunda metade do século XX e do começo do século XXI”, diz o escritor, autor de outros quatro livros, entre os quais “A garota do outdoor”.
Ao lado da mulher de toda uma vida, Amabília Almeida, Luiz Contreiras vive a terceira idade com serenidade e expectativas. Como diria o escritor e político baiano Euclides Neto, “a esperança não envelheceu”.
O lançamento será nesta sexta-feira (22), às 18h, no Centro Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador.
O livro é enriquecido com depoimentos de companheiros de luta de Contreiras, como a própria esposa, ex-deputada Amabília Almeida, o ex-deputado federal Fernando Sant´Anna, decano e quase uma lenda dos comunistas baianos, o ex-prefeito de Salvador Virgildásio de Sena, o empresário João Falcão, e amigos militantes de outra geração, como o deputado federal Emiliano José (PT-BA), o cientista político Paulo Fábio Dantas e os advogados Dida Santiago e George Gurgel.
LEIA REPORTAGEM DE A TARDE
A esperança não envelheceu
Cláudia Lessa
Protagonista das lutas pela liberdade e transformações sociais no Brasil do século XX, Luiz Contreiras “viveu sempre sob o fio da navalha”, como escreveu o jornalista e escritor Elieser César em “Contreiras camarada engenheiro – Uma história de luta e coerência”.
No livro-reportagem sobre o engenheiro e militante histórico do lendário Partido Comunista Brasileiro (PCB), o registro de uma época sombria, marcada por prisões, torturas e perseguições. O lançamento será amanhã (sexta-feira), às 18 horas, no Centro de Cultura da Câmara de Vereadores.
Elieser recebeu a encomenda de escrever o livro da própria família de Contreiras, que desejava homenageá-lo pelo seus 85 anos, completados em 2008. “Topei o desafio, motivado pela história política e de vida desse homem movido a paixão”, disse o biógrafo.
Como engenheiro, Luiz Contreiras ajudou a abrir estradas, construir prédios e pontes. Na pela de comunista atuante, construiu utopias dentro do ideal de ver erguida uma sociedade igualitária, justa e democrática, conforme Elieser César.
Depois de anos de abnegação partidária, afirma o autor, Contreiras viu ruírem os projetos de um coletivo. “Ele foi de uma geração que abraçou o comunismo como um salvador dos problemas da humanidade e que, depois, percebeu que o sistema que defendia se revelou uma ditadura, pelo menos na União Soviética”, considera.
Luiz Contreiras testemunhou a queda do Muro de Berlim, a extinção da URSS, as maledicêncxias do governo de Dutra, a campanha do Petróleo é Nosso, a ditadura militar de 1964... “Porém jamais abdicou da crença no socialismo democrático e nos ideais da liberdade, igualdade e fraternidade, tributários da Revolução Francasa”.
ERROS HISTÓRICOS – O biógrafo ressalta que Luiz Contreiras reconhece os erros históricos do Partido Comunista “sobretudo o dogmatismo que impedia a diversidade de pensamento. Os comunistas queriam ser detentores de uma verdade absoluta. Hoje eles acreditam que há outros caminhos na luta social”, afirma Elieser.
Os acertos do PCB também são contemplados por Luiz Contreiras. A decisão de lutar dentro da legalidade contra a ditadura militar de 1964 foi um deles, segundo o ex-militante. “Fazer esse trabalho foi uma oportunidade de trazer à tona momentos políticos importantes da segunda metade do século XX e do começo do século XXI”, diz o escritor, autor de outros quatro livros, entre os quais “A garota do outdoor”.
Ao lado da mulher de toda uma vida, Amabília Almeida, Luiz Contreiras vive a terceira idade com serenidade e expectativas. Como diria o escritor e político baiano Euclides Neto, “a esperança não envelheceu”.