25 de novembro de 2008
Jornal baiano reage à má influência da mídia nacional
O jornal baiano O Correio (23.11.08) reagiu à (má) influência da mídia nacional que decidiu, há tempos, meter o pau no sistema de cotas para negros nas universidades. “Cota abre portas e revela talentos na universidade” é o título da reportagem assinada pelo jornalista Flávio Costa. A matéria mostra que cotistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) têm desempenho igual ou melhor do que não-cotistas.
Um quadro comparativo entre o desempenho de cotistas e não-cotistas ilustra a matéria. Em Comunicação, Fonoaudiologia, Direito, Engenharia Civil, Medicina, Farmácia, Enfermagem, Arquitetura e Ciências da Computação o comparativo é francamente favorável aos cotistas.
Os não-cotistas só conseguem sobrepujar os cotistas em Nutrição, Administração, Psicologia, Veterinária, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Oceanografia. Ainda assim com percentuais bem aproximados. O Correio entrevista os estudantes Gilcimar Santos Dantas, Neomar Almeida Rosário e Ícaro Luiz Vidal. Os três entraram na universidade pelo sistema de cotas, dividem o tempo entre a escola e o trabalho e têm excelentes notas. A reportagem joga por terra um dos principais argumentos dos setores contrários às cotas - o de que iria reduzir a média de aprendizagem. De um total de 57 cursos de graduação, em 32 os cotistas apresentaram rendimento igual ou melhor do que os não-cotistas.
Gilcimar cursa Psicologia, Neomar, filho de um gari, tem média 9, a melhor da turma e Ícaro, morador do bairro Liberdade, ícone da cultura negra em Salvador, cursa Medicina.
É a vitória do programa de ações afirmativas. Mas, há ainda uma ameaça. O projeto das cotas apresentado pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC) aprovado pelo Senado, foi alterado na Câmara dos Deputados (20.11.08). Eles introduziram um sistema de cotas por renda familiar, o que dificulta o acesso, sendo mais uma forma de enganar a população. Trata-se de uma cota enganosa, que desvia o assunto e cria obstáculos às cotas para negros, pardos e indígenas.
Nossa elite é ardilosa.
Um quadro comparativo entre o desempenho de cotistas e não-cotistas ilustra a matéria. Em Comunicação, Fonoaudiologia, Direito, Engenharia Civil, Medicina, Farmácia, Enfermagem, Arquitetura e Ciências da Computação o comparativo é francamente favorável aos cotistas.
Os não-cotistas só conseguem sobrepujar os cotistas em Nutrição, Administração, Psicologia, Veterinária, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Oceanografia. Ainda assim com percentuais bem aproximados. O Correio entrevista os estudantes Gilcimar Santos Dantas, Neomar Almeida Rosário e Ícaro Luiz Vidal. Os três entraram na universidade pelo sistema de cotas, dividem o tempo entre a escola e o trabalho e têm excelentes notas. A reportagem joga por terra um dos principais argumentos dos setores contrários às cotas - o de que iria reduzir a média de aprendizagem. De um total de 57 cursos de graduação, em 32 os cotistas apresentaram rendimento igual ou melhor do que os não-cotistas.
Gilcimar cursa Psicologia, Neomar, filho de um gari, tem média 9, a melhor da turma e Ícaro, morador do bairro Liberdade, ícone da cultura negra em Salvador, cursa Medicina.
É a vitória do programa de ações afirmativas. Mas, há ainda uma ameaça. O projeto das cotas apresentado pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC) aprovado pelo Senado, foi alterado na Câmara dos Deputados (20.11.08). Eles introduziram um sistema de cotas por renda familiar, o que dificulta o acesso, sendo mais uma forma de enganar a população. Trata-se de uma cota enganosa, que desvia o assunto e cria obstáculos às cotas para negros, pardos e indígenas.
Nossa elite é ardilosa.
Comments:
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Tive a oportunidade de ler dois intelectuais baianos, Muniz Sodré e Antonio Sérgio Alfredo Guimarães, dois grandes cabeças que demonstram a necessidade das cotas pela grande farsa que é tal "democracia racial" brasileira.
Oldack, vamos combinar...não temos mais negros do que pessoas de baixissima renda no país! Nem todos os negros são de baixa renda, enquanto que nem todos os de baixa renda, ainda que louros, conseguem entrar numa faculdade. Tenho amigos engenheiros como eu, ótimos profissionais, gente de muito caráter, inteligencia e seriedade e acredite: ficam aborrecidos sempre que esse assunto "apartheidiano" vem à tona. Também eu acho que a discriminação hoje, é mais ligada à classe de renda. O governo deve mais é dar chance a todos indiscriminadamente, prá que tenham uma boa base, com bons colégios até o vestibular. Daí prá frente, contando apenas o esforço pessoal de cada um. Ao invés disso, parece que esse gov(que é o preconceituoso) prefere ficar fazendo apologia à negritude, que prá conseguir votos deles nas eleições, o que de fato, não ajuda em nada a nenhum deles. Desculpe-me, mas brancos e negros, prá mim, tem que ter o mesmo tratamento e sendo diferente disso, o preconceito se instala e, neste governo, parece que"... o branco é que tem sido discriminado",palavras de uma amiga negra, professora e pedagoga.Abçs.Lena.
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