4 de agosto de 2008
Quem herda o espólio de ACM? pergunta a revista CartaCapital
A revista CartaCapital (06/08/08) dedica a capa ao tema “Quem herda o espólio de ACM?”. Para responder à pergunta-manchete-de-capa há que se considerar vários vários aspectos:
1) O carlismo deixou à deriva cerca de 300 prefeituras. A derrocada do carlismo abriu a brecha para o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima que, em menos de dois anos atraiu 150 dos prefeitos adesistas. Outros 300 prefeitos preferiram aderir ao governador Jaques Wagner, distribuídos em pelo menos 14 partidos. Ou seja, o espólio político na base municipal dividiu-se entre Geddel e Wagner. Pouquíssimos prefeitos aceitam fazer “oposição”.
2) O espólio dos bens materiais, avaliado em cerca de R$ 300 milhões, é disputado por filhos, netos e genros, num escândalo que já chegou às páginas dos jornais. A famiglia chegou a comandar seis geradoras de TV aberta e 311 retransmissoras, todas afiliadas à Rede Globo. Os familiares disputam na Justiça apartamentos, rádios, jornal, gráfica e até uma vasta coleção de imagens sacras, de origem duvidosa.
3) Finalmente, existe a herança política pessoal. Quem vai encarnar o sucessor político do falecido ACM? Ninguém quer. Nem o deputado ACM Neto, que como candidato a prefeito de Salvador, pelo DEM, trai abertamente a memória do avô, repete a toda hora que representa o “novo”, nada de continuar a política autoritária e arrogante do avô. Claro que é por puro oportunismo eleitoral. ACM Neto passa por uma fase esquizofrênica. De um lado, deseja se firmar como herdeiro político do avô. De outro, em plena eleição, descarta bater no presidente Lula e no governador Wagner. Uma típica manobra eleitoreira herdada no antigo PFL. O desafio é se livrar da imagem de truculência do avô. Mas está no DNA dele. Lembram-se que outro dia mesmo, do alto de seu 1 metro e 60 cms ameaçava “dar um murro no presidente Lula?”.
1) O carlismo deixou à deriva cerca de 300 prefeituras. A derrocada do carlismo abriu a brecha para o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima que, em menos de dois anos atraiu 150 dos prefeitos adesistas. Outros 300 prefeitos preferiram aderir ao governador Jaques Wagner, distribuídos em pelo menos 14 partidos. Ou seja, o espólio político na base municipal dividiu-se entre Geddel e Wagner. Pouquíssimos prefeitos aceitam fazer “oposição”.
2) O espólio dos bens materiais, avaliado em cerca de R$ 300 milhões, é disputado por filhos, netos e genros, num escândalo que já chegou às páginas dos jornais. A famiglia chegou a comandar seis geradoras de TV aberta e 311 retransmissoras, todas afiliadas à Rede Globo. Os familiares disputam na Justiça apartamentos, rádios, jornal, gráfica e até uma vasta coleção de imagens sacras, de origem duvidosa.
3) Finalmente, existe a herança política pessoal. Quem vai encarnar o sucessor político do falecido ACM? Ninguém quer. Nem o deputado ACM Neto, que como candidato a prefeito de Salvador, pelo DEM, trai abertamente a memória do avô, repete a toda hora que representa o “novo”, nada de continuar a política autoritária e arrogante do avô. Claro que é por puro oportunismo eleitoral. ACM Neto passa por uma fase esquizofrênica. De um lado, deseja se firmar como herdeiro político do avô. De outro, em plena eleição, descarta bater no presidente Lula e no governador Wagner. Uma típica manobra eleitoreira herdada no antigo PFL. O desafio é se livrar da imagem de truculência do avô. Mas está no DNA dele. Lembram-se que outro dia mesmo, do alto de seu 1 metro e 60 cms ameaçava “dar um murro no presidente Lula?”.