4 de fevereiro de 2008
Carta Capital fala sobre o calcanhar de Aquiles do Governo Wagner que é o controle da Polícia Militar da Bahia
"A revolta da periferia" é a manchete de capa da revista Carta Capital que está nas bancas (4/02). A reportagem, de Cynara Menezes, intitulada "Bahia é agitada por protestos contra a execução de quatro jovens negros" descreve os protestos da população do bairro Péla-Porco. Negra, pobre, deficiente física, um metro e meio de altura, a cidadã Djane Santana de Jesus enfrenta os assassinos fardados da Polícia Militar da Bahia. Não está sozinha. Revoltados com a morte de quatro jovens num espaço de 12 dias populares protestaram nas ruas, queimaram pneus, fizeram piquetes.
Todos tinham uma coisa em comum, eram jovens, negros moradores de comunidades carentes e não tinha passagem pela polícia. Essa história de "passagem pela polícia" já virou cacoete da mídia. Se tivessem tido "passagem pela polícia" as mortes poderiam ser toleradas? Não poderiam, não. Seriam assassinatos de qualquer forma. A Polícia Militar da Bahia atua na ilegalidade e disfarça mal.
A revista Carta Capital fala a verdade. O governador Jaques Wagner não conseguiu ainda dar uma nova feição à truculenta polícia baiana. Durante décadas seus oficiais e soldados tiveram carta branca para matar, sob o comando da ideologia carlista. Bandido bom é bandido morto, rezava a cartilha do velho coronel falecido. Os policiais alegam sempre que as vítimas "resistiram à prisão". Nem sempre é verdade.
O governador diz estar consciente de que a atuação truculenta de parte da polícia baiana não acabou junto com o domínio do finado Antonio Carlos Magalhães sobre a política do Estado. “Estou consciente do que recebi, não adianta chorar, tem de consertar. Considero inadmissível que policiais ajam à revelia da lei. Nosso objetivo é aprofundar o conceito de cumprir a lei dentro da lei, de segurança com cidadania”, disse Wagner à CartaCapital, rejeitando o modelo “primeiro atira, depois pergunta”. Ele prometeu que as denúncias de violência policial serão apuradas e os responsáveis, punidos. Enquanto isso não acontece, os moradores da periferia vivem um clima de terror.
CONFIRA A REPORTAGEM NA CARTA CAPITAL
Todos tinham uma coisa em comum, eram jovens, negros moradores de comunidades carentes e não tinha passagem pela polícia. Essa história de "passagem pela polícia" já virou cacoete da mídia. Se tivessem tido "passagem pela polícia" as mortes poderiam ser toleradas? Não poderiam, não. Seriam assassinatos de qualquer forma. A Polícia Militar da Bahia atua na ilegalidade e disfarça mal.
A revista Carta Capital fala a verdade. O governador Jaques Wagner não conseguiu ainda dar uma nova feição à truculenta polícia baiana. Durante décadas seus oficiais e soldados tiveram carta branca para matar, sob o comando da ideologia carlista. Bandido bom é bandido morto, rezava a cartilha do velho coronel falecido. Os policiais alegam sempre que as vítimas "resistiram à prisão". Nem sempre é verdade.
O governador diz estar consciente de que a atuação truculenta de parte da polícia baiana não acabou junto com o domínio do finado Antonio Carlos Magalhães sobre a política do Estado. “Estou consciente do que recebi, não adianta chorar, tem de consertar. Considero inadmissível que policiais ajam à revelia da lei. Nosso objetivo é aprofundar o conceito de cumprir a lei dentro da lei, de segurança com cidadania”, disse Wagner à CartaCapital, rejeitando o modelo “primeiro atira, depois pergunta”. Ele prometeu que as denúncias de violência policial serão apuradas e os responsáveis, punidos. Enquanto isso não acontece, os moradores da periferia vivem um clima de terror.
CONFIRA A REPORTAGEM NA CARTA CAPITAL