2 de dezembro de 2007

 

Burguesia paulista atira no próprio pé

Paulo Skaff, da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), atira no próprio pé ao fazer campanha contra a CPMF. Sem a CPMF é evidente a perda para a população, para os estados e também para a indústria.

A população perde porque atinge o Bolsa-Família, a Saúde e a Educação. A Saúde ficaria sem os R$ 24 bilhões adicionais, a Educação que recebe R$ 21 bilhões não poderia receber os programados R$ 37 bilhões em 2010. A indústria perde porque as obras do PAC seriam atingidas.

Paulo Skaff é cego. Sem a CPMF o Orçamento 2008 terá que ser revisto. Parte das obras de saneamento terá que ser desativada. Como há o risco da escassez de crédito por conta da deterioração da economia global, a não aprovação da CPMF voltará a colocar a reputação do Brasil em jogo. O Brasil tem passado por fora da crise mundial por conta de nosso equilíbrio fiscal.

Os radicais de direita são contrários à CPMF. Segundo Lula é porque detestam pagar impostos. Sonegadores. O radicalismo político está causando essa indefinição, da aprovação ou não da CPMF. E quem está chefiando a ala radical da oposição é FHC. Quanto pior melhor, ele acredita.

A esperança dos brasileiros é que os governadores façam seus deputados e senadores cair na real. A indústria paulista está se arriscando a provocar a prorrogação da reforma tributária.

Não haverá política industrial sem CPMF. Daí que a Fiesp atira no próprio pé. Não é a sociedade que está contra a CPMF, são os políticos de direita e a elite da Fiesp, por puro interesse político. Eles querem desarticular o crescimento da economia, os programas sociais, a Saúde e a Educação, gerando o caos e um clima favorável para a campanha presidencial de José Serra.

Essa gente é perigosa. É a mesma turma que prega o "estado mínimo", as privatizações, e combate a redistribuição de renda e o Bolsa-Família. Se as despesas do governo federal aumentam é porque favorecem as camadas mais pobres da população.O governo tira dos ricos para dar aos pobres. Mas isso é uma heresia para Paulo Kkaff e a elite branca paulista. Se há transferência de renda a sociedade está se beneficiando, o mercado de massa cresce. se há consumo as empresas produzem.

É um ciclo virtuoso. Paulo Skaff e a cúpula industrial paulista sabe diso, daí Dilma Roussef chamar de oportunismo o movimento contra a CPMF. Chamar o segundo governo de Lula de governo da gastança beira à idiotice.

O governo é duro na queda para liberar despesa, mas não vacila quando se trata de programas sociais, educação, saúde.

O ministro Guido Mantega tem se esforçado para explicar o be-a-bá para a zelite paulista. Mas os caras estão surdos. São oportunistas. Fazem a pior política. A política do quanto pior melhor. É a cara do Serra.

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