23 de novembro de 2007
Caderno do Correio da Bahia mascara a ditadura militar
“Revisão Vestibular” é o nome do caderno integrante do jornal Correio da Bahia. O exemplar de 14 de novembro é sobre o Regime Militar. Pobres dos vestibulandos.
Após o golpe militar de 1964 o Brasil iniciou um período feroz de domínio político pelos militares. Violência, repressão e autoritarismo. Esta á a chamada de primeira página da publicação. Vá para a página 4. O título é Anos de Chumbo. As informações são corretas.
Mas, na página seguinte, de número 5, a coisa pega. O caderno lista os ditadores militares, mas o título é “Os presidentes”. Como “os presidentes”? Foram ditadores sanguinários, tomaram o poder pela força, Costa e Silva foi “eleito” por 103 generais. Não merecem o título de presidente. Presidente foi João Goulart, Juscelino Kubstchek, eleito democraticamente, assim como todos os demais que se seguiram na redemocratização do país. Castelo Branco, Costa e Silva, os assassinos da Junta Militar (Aurélio de Lira Tavares, Augusto Rademaker e Márcio de Souza e Melo), Garrastazu Médici e João Figueiredo não foram presidentes do Brasil. Foram ditadores.
Engraçado é ler o texto do jornalismo do Correio da Bahia. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, eleito pelo voto direto por milhões de eleitores, é “ditador”. Mas os ditadores sanguinários da ditadura militar são “os presidentes”.
Custei a acreditar que Jorge Portugal tenha assinado o caderno Revisão Vestibular do Correio da Bahia. E olhe que é um grande professor de História.
Após o golpe militar de 1964 o Brasil iniciou um período feroz de domínio político pelos militares. Violência, repressão e autoritarismo. Esta á a chamada de primeira página da publicação. Vá para a página 4. O título é Anos de Chumbo. As informações são corretas.
Mas, na página seguinte, de número 5, a coisa pega. O caderno lista os ditadores militares, mas o título é “Os presidentes”. Como “os presidentes”? Foram ditadores sanguinários, tomaram o poder pela força, Costa e Silva foi “eleito” por 103 generais. Não merecem o título de presidente. Presidente foi João Goulart, Juscelino Kubstchek, eleito democraticamente, assim como todos os demais que se seguiram na redemocratização do país. Castelo Branco, Costa e Silva, os assassinos da Junta Militar (Aurélio de Lira Tavares, Augusto Rademaker e Márcio de Souza e Melo), Garrastazu Médici e João Figueiredo não foram presidentes do Brasil. Foram ditadores.
Engraçado é ler o texto do jornalismo do Correio da Bahia. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, eleito pelo voto direto por milhões de eleitores, é “ditador”. Mas os ditadores sanguinários da ditadura militar são “os presidentes”.
Custei a acreditar que Jorge Portugal tenha assinado o caderno Revisão Vestibular do Correio da Bahia. E olhe que é um grande professor de História.
Comments:
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Jorge Portugal não é professor de História, mas de Português e Literatura.
Aliás, péssimo. Conservador, sua visada sobre a gramática é tradicionalista, quase pasqualeana. Ignora solenemente a existencia de Celso Luft, Marcos Bagno e Sirio Possenti.
em Literatura, nao poderia ser mais caconico e cronologico. Causalidade politica e social nas letras? nada! critica ao conceito europeu de literatura? nada!
de resto, sempre foi carlista, e lembro-me quando ele foi vaiado como mestre de cerimonias de um show de Tom Zé e Zeu Brito na Concha em 2006.
eu tambem vaiei.
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Aliás, péssimo. Conservador, sua visada sobre a gramática é tradicionalista, quase pasqualeana. Ignora solenemente a existencia de Celso Luft, Marcos Bagno e Sirio Possenti.
em Literatura, nao poderia ser mais caconico e cronologico. Causalidade politica e social nas letras? nada! critica ao conceito europeu de literatura? nada!
de resto, sempre foi carlista, e lembro-me quando ele foi vaiado como mestre de cerimonias de um show de Tom Zé e Zeu Brito na Concha em 2006.
eu tambem vaiei.
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