22 de junho de 2012
Luiza Erundina (PSB) continua apoiando Haddad em São Paulo
“Não vou mudar de lado. Minha desistência de integrar a chapa não significa recusa ao Haddad ou ao projeto que ele representa. Nada me move ou me leva a sair do campo onde sempre estive, que é o campo socialista. Eu não vou mudar de lado, nunca”.
A afirmação é da deputada Luiza Erundina (PSB), que desistiu de concorrer como vice à prefeitura de São Paulo, na chapa encabeçada por Fernando Haddad. Para dizer isso, ela precisou convocar uma entrevista coletiva à imprensa. A mídia batia apenas numa tecla só. A mídia explorava politicamente a rejeição de Luíza Erundina ao apoio de Paulo Maluf.
Lula está certo ao atrair Paulo Maluf. Não há como ganhar as eleições em São Paulo, sem contar com uma parte dos votos conservadores. O voto paulistano é mais que conservador, é atrasado mesmo. Luíza Erundina (PSB) analisa a questão como um problema pessoal. Chega a ser ingênua. Fernando Haddad para ganhar precisa do espaço na TV e do voto malufista. É o preço que se tem a pagar para mudar os rumos da prefeitura de São Paulo.
Luíza Erundina argumenta com o passado de Maluf que apoiou a ditadura militar. Ora, a história está cheia de casos como este. Prestes, que teve a mulher enviada para a câmara de gás nazista, apoiou Vargas para o bem do Brasil. Tomou uma decisão acima de seu drama pessoal. Os combatentes da ditadura militar voltaram ao país graças à Lei da Anistia, que anistiou torturadores militares e civis. O aleijão jurídico da Lei da Anistia permitiu avanço na democracia, a volta dos exilados, a indenização aos presos políticos.
Com a mídia que temos, é preciso tomar cuidado ao ler as manchetes. São slogans do PIG.
A afirmação é da deputada Luiza Erundina (PSB), que desistiu de concorrer como vice à prefeitura de São Paulo, na chapa encabeçada por Fernando Haddad. Para dizer isso, ela precisou convocar uma entrevista coletiva à imprensa. A mídia batia apenas numa tecla só. A mídia explorava politicamente a rejeição de Luíza Erundina ao apoio de Paulo Maluf.
Lula está certo ao atrair Paulo Maluf. Não há como ganhar as eleições em São Paulo, sem contar com uma parte dos votos conservadores. O voto paulistano é mais que conservador, é atrasado mesmo. Luíza Erundina (PSB) analisa a questão como um problema pessoal. Chega a ser ingênua. Fernando Haddad para ganhar precisa do espaço na TV e do voto malufista. É o preço que se tem a pagar para mudar os rumos da prefeitura de São Paulo.
Luíza Erundina argumenta com o passado de Maluf que apoiou a ditadura militar. Ora, a história está cheia de casos como este. Prestes, que teve a mulher enviada para a câmara de gás nazista, apoiou Vargas para o bem do Brasil. Tomou uma decisão acima de seu drama pessoal. Os combatentes da ditadura militar voltaram ao país graças à Lei da Anistia, que anistiou torturadores militares e civis. O aleijão jurídico da Lei da Anistia permitiu avanço na democracia, a volta dos exilados, a indenização aos presos políticos.
Com a mídia que temos, é preciso tomar cuidado ao ler as manchetes. São slogans do PIG.
A democracia não corre risco na Inglaterra
A Comissão Leveson, na Inglaterra, foi criada pelo governo em 2011 para “examinar a relação da mídia com o público, a política e os políticos” e também fazer recomendações relativas ao “futuro da regulação e da governança da mídia consistentes com a manutenção da liberdade da imprensa e da garantia dos mais altos padrões éticos e profissionais”.
Ainda assim, a democracia não corre risco na Inglaterra, conforme comenta Venício A. de Lima, jornalista, professor aposentado da UNB e autor, entre outros livros de ”Política e Comunicações: um balanço dos governos Lula” (Editora Publisher).
O trabalho da comissão que escrafuncha a mídia inglesa pode ser acompanhado pela Internet, com vídeos e transcrição de documentos. Ninguém ousa dizer que o trabalho da Comissão Leveson coloca em risco a democracia ou ameace a liberdade de expressão e de imprensa. A comissão investiga o monopólio da mídia no controle do debate público e fala-se abertamente em REGULAÇÃO.
Como afirma o professor Venício: “De qualquer maneira, para um observador brasileiro, é quase “surrealista” ver um primeiro-ministro conservador sendo questionado em público sobre o poder da televisão, dos jornais, da necessidade de regulação em nome de maior competição e da pluralidade de opiniões, da importância do debate público sobre a mídia e seu papel, sobre a parcialidade das notícias, sobre a transformação da notícia em espetáculo aprisionado no ciclo permanente de 24 horas que conduz os noticiários etc., etc.”
Ele afirma mais: “Ao contrário da Inglaterra, a negociação de apoio de grupos privados de mídia a políticos e governos brasileiros está bem documentada e não é segredo para ninguém. A biografia “oficial” de Roberto Marinho, por exemplo, escrita por Pedro Bial, é plena de casos [Jorge Zahar Editor, 2005]”.
Jornalistas brasileiros teleguiados pelos proprietários da grande mídia são os únicos do mundo a ver ameaça à democracia e à liberdade de expressão diante da necessidade de REGULAÇÃO deste antro de picaretagem, monopólio, negociatas e conspirações por golpes militares.
Os jornalistas brasileiros são muito atrasados. Precisam ver o que acontece na Inglaterra.
LEIAM MAIS NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed699_a_democracia_nao_corre_risco_na_inglaterra
Ainda assim, a democracia não corre risco na Inglaterra, conforme comenta Venício A. de Lima, jornalista, professor aposentado da UNB e autor, entre outros livros de ”Política e Comunicações: um balanço dos governos Lula” (Editora Publisher).
O trabalho da comissão que escrafuncha a mídia inglesa pode ser acompanhado pela Internet, com vídeos e transcrição de documentos. Ninguém ousa dizer que o trabalho da Comissão Leveson coloca em risco a democracia ou ameace a liberdade de expressão e de imprensa. A comissão investiga o monopólio da mídia no controle do debate público e fala-se abertamente em REGULAÇÃO.
Como afirma o professor Venício: “De qualquer maneira, para um observador brasileiro, é quase “surrealista” ver um primeiro-ministro conservador sendo questionado em público sobre o poder da televisão, dos jornais, da necessidade de regulação em nome de maior competição e da pluralidade de opiniões, da importância do debate público sobre a mídia e seu papel, sobre a parcialidade das notícias, sobre a transformação da notícia em espetáculo aprisionado no ciclo permanente de 24 horas que conduz os noticiários etc., etc.”
Ele afirma mais: “Ao contrário da Inglaterra, a negociação de apoio de grupos privados de mídia a políticos e governos brasileiros está bem documentada e não é segredo para ninguém. A biografia “oficial” de Roberto Marinho, por exemplo, escrita por Pedro Bial, é plena de casos [Jorge Zahar Editor, 2005]”.
Jornalistas brasileiros teleguiados pelos proprietários da grande mídia são os únicos do mundo a ver ameaça à democracia e à liberdade de expressão diante da necessidade de REGULAÇÃO deste antro de picaretagem, monopólio, negociatas e conspirações por golpes militares.
Os jornalistas brasileiros são muito atrasados. Precisam ver o que acontece na Inglaterra.
LEIAM MAIS NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed699_a_democracia_nao_corre_risco_na_inglaterra
Jornal do PT de Candeias apresenta o pré candidato Carlos Martins
Com o escritor, jornalista e suplente de deputado federal, Emiliano José (PT), e o ex-ministro Waldir Pires na foto de primeira página, o Jornal do PT de Candeias divulgou um número especial sobre a pré-candidatura a prefeito do ex-secretário da Fazenda da Bahia, Carlos Martins. O ato político reuniu mais de 500 pessoas. Também estavam presentes a vereadora de Candeias Marinalva Silva (PT) e a prefeita de São Sebastião do Passe, Tânia Portugal (PCdoB), além de lideranças locais do PCdoB, PV e PRP que apóiam a candidatura.
Carlos Martins, que recebeu apoio do governador Jaques Wagner, propôs no ato público a instalação de uma escola técnica para atrair investimentos nas áreas portuária e industrial. Ele fez a proposta durante seminário “Novo Ciclo de Desenvolvimento de Candeias”, no auditório da Dow Química. Candeias possui o sexto maior PIB municipal da Bahia e chega a ser um escândalo o estado de degradação da cidade e a pobreza de seus habitantes.
O Jornal do PT de Candeias registra reunião da Federação dos Empregados no Comércio da Bahia (Fecombase) com o Sindicato dos Empregados no Comércio de Candeias. Eles querem reativar o Fórum Municipal do Trabalho. Outro registro importante é a defesa da presidenta do PT de Candeias, Marinalva Silva, em torno da atuação partidária na Região Metropolitana de Salvador.
O pré candidato a prefeito, Carlos Martins, está a mil. Participou da 6ª Lavagem da Rua da Igreja, que reuniu 20 mil pessoas da região; manifestou apoio à campanha da CNBB que defende avanços na área da saúde e tem participado sistematicamente de encontros em bairros populares. Carlos Martins, que já foi diretor da Liga de Futebol de Passé, pretende levantar o futebol regional. Waldir Pires, ex-governador e surpreendente candidato à Câmara Municipal de Salvador, defendeu em Candeias a importância da conduta ética na política. Isso Carlos Martins tem, em seus seis anos como titular da Secretaria da Fazenda e em sua vida de sindicalista.
Carlos Martins, que recebeu apoio do governador Jaques Wagner, propôs no ato público a instalação de uma escola técnica para atrair investimentos nas áreas portuária e industrial. Ele fez a proposta durante seminário “Novo Ciclo de Desenvolvimento de Candeias”, no auditório da Dow Química. Candeias possui o sexto maior PIB municipal da Bahia e chega a ser um escândalo o estado de degradação da cidade e a pobreza de seus habitantes.
O Jornal do PT de Candeias registra reunião da Federação dos Empregados no Comércio da Bahia (Fecombase) com o Sindicato dos Empregados no Comércio de Candeias. Eles querem reativar o Fórum Municipal do Trabalho. Outro registro importante é a defesa da presidenta do PT de Candeias, Marinalva Silva, em torno da atuação partidária na Região Metropolitana de Salvador.
O pré candidato a prefeito, Carlos Martins, está a mil. Participou da 6ª Lavagem da Rua da Igreja, que reuniu 20 mil pessoas da região; manifestou apoio à campanha da CNBB que defende avanços na área da saúde e tem participado sistematicamente de encontros em bairros populares. Carlos Martins, que já foi diretor da Liga de Futebol de Passé, pretende levantar o futebol regional. Waldir Pires, ex-governador e surpreendente candidato à Câmara Municipal de Salvador, defendeu em Candeias a importância da conduta ética na política. Isso Carlos Martins tem, em seus seis anos como titular da Secretaria da Fazenda e em sua vida de sindicalista.
21 de junho de 2012
Reminho, o rei da alegria. Um texto que os jornalistas baianos devem ler.
REMINHO, O REI DA ALEGRIA
Emiliano José*
Fui amigo de Pastore, companheiro de redação, chefiado por ele às vezes, parceiro de chefia em outras ocasiões, sempre no Jornal da Bahia, sua única e rica experiência jornalística. E fui também companheiro de militância política, quando ele foi candidato a vereador, apoiado por mim, ambos no PMDB. Foi sua tentativa de imersão na política partidária, também única. Não falaria de Pastore – de Rêmulo Pastore – sem lembrar o contorno do Jornal da Bahia de então, nem que rapidamente, como quem fotografa não o período, mas o jornal especificamente, sem qualquer pretensão de uma análise acadêmica ou exaustiva. Impressões apenas, não mais do que isso.
O Jornal da Bahia, quando cheguei, estava saindo de uma dura batalha, vitoriosa batalha, contra o arbítrio, contra a perseguição impiedosa que lhe fora movida pelo ex-prefeito e ex-governador Antônio Carlos Magalhães, que estava tomado por uma quase obsessão de fechar o diário – uma espécie de Asterix, que não se rendia ao imperador de modo nenhum, que desenvolvera uma impressionante campanha denominada “Não deixe essa chama se apagar”, conseguindo a adesão da sociedade baiana. O desvario de Antônio Carlos Magalhães chegou a extremos – processou o redator-chefe, João Carlos Teixeira Gomes (Joca), tentando enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional. Foi mais real do que o rei – nem os juízes militares embarcaram na sandice dele, e absolveram o jornalista. E olhe que a ditadura raramente absolvia.
Eu cheguei ao jornal no início de 1975, recém-saído da prisão, depois de breve e bem-sucedida passagem pela Tribuna da Bahia. Começava o período do governo Roberto Santos, e este, de espírito inegavelmente mais democrático, embora também nomeado pelos militares, deixou de perseguir o jornal. O Jornal da Bahia respirou. Todos nós sentíamos outro clima.
Não é que a ditadura houvesse acabado. Ela só vai terminar em 1985, quando Tancredo Neves é eleito presidente pela via indireta. Nem que a repressão política deixasse de existir. Ela ainda continuará, ainda se tortura e se mata sob o governo Geisel, desacelera sob Figueiredo, quando, em 1979, ocorre a anistia. Para nós, alguns jornalistas que haviam recém-saídos das prisões políticas, como eu, havia, ainda, o fato de que o secretário de Segurança de Roberto Santos era Luiz Arthur de Carvalho, o mesmo ex-superintendente da Polícia Federal que me mandara para a tortura, o pau-de-arara, o choque elétrico no Quartel do Barbalho, em novembro de 1970, quando fui preso.
Ele próprio, Luiz Arthur, faria uma pressão cotidiana sobre a direção do Jornal da Bahia para que me demitisse. Houve um dos dirigentes do jornal que me aconselhou a procurar o coronel para solicitar dele que me deixasse trabalhar em paz, e é claro que me neguei a um comportamento tão subserviente, ainda mais com o cara que havia me mandado para a tortura. No final das contas, o jornal resistiu. Não fui demitido, como o secretário queria.
Parece exagero contar tudo isso, não? Mas, não é. É que o jornal havia absorvido alguns de nós, ex-presos políticos, numa atitude corajosa. Destaco sempre isso. Como não deixo de registrar a atitude ousada da Tribuna da Bahia, que foi a primeira publicação a me acolher, em novembro de 1974, logo depois que saíra da prisão. No Jornal da Bahia, estávamos eu, Oldack Miranda, Tibério Canuto e Dalton Godinho – eu e Tibério, vindos da Penitenciária Lemos Brito, de Salvador; Oldack, que viera de uma prisão em Minas Gerais e depois outra em Salvador, de onde foi arrastado para a tortura em Recife; e Dalton, que viera da experiência da Ilha Grande no Rio de Janeiro. Zanetti – José Carlos Zanetti –, também ex-preso político, chegou a fazer uma passagem meteórica pelo jornal, mas preferiu, logo, seguir outros caminhos, quem sabe mais apropriados à sua vocação missionária.
A redação nos acolheu carinhosamente. Éramos, vamos dizer assim, meio caretas, relativamente conservadores quanto a alguns costumes, avançados em outros, coisas que não interessam ser detalhadas aqui. E aqui entra Pastore, Rêmulo Pastore. E acentuo o nome não por acaso. É que havia o outro Pastore – secretário de redação, Rafael Pastore, o segundo homem do jornal, dirigido por Joca, João Carlos Teixeira Gomes, já citado por mim, brilhante e intrépido jornalista. Rafael era um tipo contido, afável, desses que gostam dos bastidores, que dirigia as coisas serenamente. E irmão do irrequieto Rêmulo.
Era uma redação de muitos homens, poucas mulheres. Lembro-me dessa redação, da redação de Reminho – é, Rêmulo Pastore era conhecido assim, apesar de sua avantajada estatura. Não sei se o diminutivo veio como herança de família, ou se os próprios companheiros de redação resolveram tratá-lo assim. Quando cheguei, havia Fred, pauteiro dos bons. Havia Anísio Félix, editor creio que de Internacional, Oldack Miranda, editor de Economia. Césio Oliveira foi meu primeiro chefe de reportagem, que me convidara para sair da Tribuna e integrar a equipe que ele dirigia. Newton Sobral, Rangel, Geraldo Lemos, Teixeira, Tibério, Dalton, Dailton, Vander Prata, Zé Fernandes, Antonio Jorge, Moacir Ribeiro, Marcelo Simões, Mário Freitas, Edson Almeida, Edson Barbosa, Renato Pinheiro estão entre os editores e repórteres que me recordo, e sei que faltam muitos.
Das mulheres, e haverá também lacunas, recordo-me com imenso carinho de Mara Campos, de Linalva, de Lúcia, estas duas repórteres, a primeira copydesk. Mara, aliás, me deu uma imensa alegria quando de uma de minhas primeiras matérias no jornal, sobre o Hospital Juliano Moreira. Ela saiu de lá do fundo, da área do copy, e perguntou quem era.
Emiliano, e elogiou minha reportagem. Era a glória pra quem estava chegando. É, neste momento, secretária de Comunicação de Lauro de Freitas. Lúcia, bela e risonha como sempre, encontrei-a recentemente, numa homenagem a Anísio Carvalho, editor de fotografia do Jornal da Bahia. Anísio ainda vive no Alto do Saldanha, em Brotas, onde também morei. Linalva, com quem compartilhei profissão e sentimentos, se foi precocemente.
O time do copy era de primeira. Além de Mara, e me valho apenas da memória, havia Gilson Nascimento e Fernando Vita, os dois, textos impecáveis, conhecedores dos mistérios da língua portuguesa. Com eles, também, o velho comunista José Maria, que João Falcão abrigara no jornal. É, naquele tempo, as matérias passavam pelo crivo do copydesk, para o bem e para o mal. Do meu ponto de vista, sempre para o bem, que preferia sempre o olhar exigente de outro profissional, ainda mais quando fossem cuidadosos, experientes, e conhecessem bem o português, como era o caso, e sei que não me recordo de todos.
No aquário – é, Reminho foi da Era de Aquário, como recentemente, num debate, se referiu o ex-ministro Franklin Martins, ao falar daquele compartimento de vidro no qual ficavam o redator-chefe e às vezes o secretário de redação – ficavam Joca e Rafael e, penso, Gustavo Tapioca. Dali, a gente não se aproximava muito. Era o poder da redação, poder mesmo, quase sacrossanto. No aquário, decidia-se o nosso destino – melhor, o destino de nossas matérias, se ela teria a glória de estar no jornal no dia seguinte, se ocuparia uma chamada de primeira página, se seria editada do jeito que havíamos escrito, se haveria cortes, ou se simplesmente seria suprimida, provavelmente nada muito diferente de hoje, embora me pareça que já foi superada a Era de Aquário.
Nada de saudosismos. Apenas constatações. Guardo lembranças cheias de carinho com aquela redação. A redação de Reminho. E agora, nos aproximamos um pouco mais do nosso personagem. É sabido que ele partiu cedo, morto num acidente, consternando a todos nós. O que importa, aqui, é recuperar sua presença, que não foi pequena. Reminho encarava o seu trabalho seriamente. Fazia-o, no entanto, sempre com alegria. A vida era para ele pura alegria. Ô vidão! – exclamava com freqüência. Ria com facilidade, tornava o seu entorno sempre leve. Era um bom companheiro de redação e, quem sabe, melhor ainda fora dela, no compartilhamento das mesas dos bares de Salvador. Encarnou uma Bahia boêmia, uma Bahia da noite. Os jornalistas, ou uma boa parte deles, gostava da noite.
Eu, o pouco que entrei na noite naqueles anos – e falo de meados da década de 70 até o início dos anos 80 – o fiz graças a Reminho, e, o que é pior, o fazia sem beber, o que é uma tragédia, naturalmente. A Cidade da Bahia, a Salvador de Reminho era o Centro Histórico, o Pelourinho, a Praça da Sé, e um de seus companheiros mais fiéis era Clarindo Silva. Reminho fazia da Cantina da Lua quase como uma segunda casa, e Clarindo tinha por ele um carinho especial, uma amizade sólida. Era outra Salvador, é preciso dizer. Não cabe dizer melhor, nem pior. Nenhuma tentativa de dizer que “naquele tempo” o mundo era mais feliz. Só constatar que aquela Salvador feita por Reminho, por Jheová de Carvalho, por Ruy Espinheira, por Anísio Félix, por Raimundo Machado, esta já não existe mais. Era um tempo de convivência, de conversa na mesa dos bares, de amizades solidificadas na alegria das noites de bebedeira – sim, de bebedeira, que mal há nisso?
Não se está dizendo que isso não ocorre. Só que houve deslocamentos, que não vou analisar aqui. Talvez um Clarindo Silva, por sua longevidade na noite, pela sobrevivência da Cantina da Lua, possa dizer com muito mais propriedade quais foram esses deslocamentos, e até onde estão hoje os pontos da boemia de Salvador, que eu não sou expert. Sei que Reminho era intérprete fiel de uma Salvador amorosa, carinhosa, boêmia, alegre, uma Salvador que fazia um carnaval compartilhado, de rua, no qual Reminho se esbaldava, se perdia cantando “não se perca de mim, não desapareça” entre a Castro Alves, Carlos Gomes, Cantina da Lua, até que um dia se tornou um ser encantado, e deixou Salvador mais pobre, porque sem sua transbordante, contagiante alegria, sua sede de viver. Todos nós, ao lembrar dele, ainda gritamos Ô vidão! E, com a lembrança, seguimos alegres a louca aventura de viver. Que é o que ele gostaria que fizéssemos sempre. Nada de chorar, nada de lamentos. Enfrentar a vida, e melhor que seja sempre com alegria. Como ele fazia. Viva Reminho!
*jornalista, escritor
Emiliano José*
Fui amigo de Pastore, companheiro de redação, chefiado por ele às vezes, parceiro de chefia em outras ocasiões, sempre no Jornal da Bahia, sua única e rica experiência jornalística. E fui também companheiro de militância política, quando ele foi candidato a vereador, apoiado por mim, ambos no PMDB. Foi sua tentativa de imersão na política partidária, também única. Não falaria de Pastore – de Rêmulo Pastore – sem lembrar o contorno do Jornal da Bahia de então, nem que rapidamente, como quem fotografa não o período, mas o jornal especificamente, sem qualquer pretensão de uma análise acadêmica ou exaustiva. Impressões apenas, não mais do que isso.
O Jornal da Bahia, quando cheguei, estava saindo de uma dura batalha, vitoriosa batalha, contra o arbítrio, contra a perseguição impiedosa que lhe fora movida pelo ex-prefeito e ex-governador Antônio Carlos Magalhães, que estava tomado por uma quase obsessão de fechar o diário – uma espécie de Asterix, que não se rendia ao imperador de modo nenhum, que desenvolvera uma impressionante campanha denominada “Não deixe essa chama se apagar”, conseguindo a adesão da sociedade baiana. O desvario de Antônio Carlos Magalhães chegou a extremos – processou o redator-chefe, João Carlos Teixeira Gomes (Joca), tentando enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional. Foi mais real do que o rei – nem os juízes militares embarcaram na sandice dele, e absolveram o jornalista. E olhe que a ditadura raramente absolvia.
Eu cheguei ao jornal no início de 1975, recém-saído da prisão, depois de breve e bem-sucedida passagem pela Tribuna da Bahia. Começava o período do governo Roberto Santos, e este, de espírito inegavelmente mais democrático, embora também nomeado pelos militares, deixou de perseguir o jornal. O Jornal da Bahia respirou. Todos nós sentíamos outro clima.
Não é que a ditadura houvesse acabado. Ela só vai terminar em 1985, quando Tancredo Neves é eleito presidente pela via indireta. Nem que a repressão política deixasse de existir. Ela ainda continuará, ainda se tortura e se mata sob o governo Geisel, desacelera sob Figueiredo, quando, em 1979, ocorre a anistia. Para nós, alguns jornalistas que haviam recém-saídos das prisões políticas, como eu, havia, ainda, o fato de que o secretário de Segurança de Roberto Santos era Luiz Arthur de Carvalho, o mesmo ex-superintendente da Polícia Federal que me mandara para a tortura, o pau-de-arara, o choque elétrico no Quartel do Barbalho, em novembro de 1970, quando fui preso.
Ele próprio, Luiz Arthur, faria uma pressão cotidiana sobre a direção do Jornal da Bahia para que me demitisse. Houve um dos dirigentes do jornal que me aconselhou a procurar o coronel para solicitar dele que me deixasse trabalhar em paz, e é claro que me neguei a um comportamento tão subserviente, ainda mais com o cara que havia me mandado para a tortura. No final das contas, o jornal resistiu. Não fui demitido, como o secretário queria.
Parece exagero contar tudo isso, não? Mas, não é. É que o jornal havia absorvido alguns de nós, ex-presos políticos, numa atitude corajosa. Destaco sempre isso. Como não deixo de registrar a atitude ousada da Tribuna da Bahia, que foi a primeira publicação a me acolher, em novembro de 1974, logo depois que saíra da prisão. No Jornal da Bahia, estávamos eu, Oldack Miranda, Tibério Canuto e Dalton Godinho – eu e Tibério, vindos da Penitenciária Lemos Brito, de Salvador; Oldack, que viera de uma prisão em Minas Gerais e depois outra em Salvador, de onde foi arrastado para a tortura em Recife; e Dalton, que viera da experiência da Ilha Grande no Rio de Janeiro. Zanetti – José Carlos Zanetti –, também ex-preso político, chegou a fazer uma passagem meteórica pelo jornal, mas preferiu, logo, seguir outros caminhos, quem sabe mais apropriados à sua vocação missionária.
A redação nos acolheu carinhosamente. Éramos, vamos dizer assim, meio caretas, relativamente conservadores quanto a alguns costumes, avançados em outros, coisas que não interessam ser detalhadas aqui. E aqui entra Pastore, Rêmulo Pastore. E acentuo o nome não por acaso. É que havia o outro Pastore – secretário de redação, Rafael Pastore, o segundo homem do jornal, dirigido por Joca, João Carlos Teixeira Gomes, já citado por mim, brilhante e intrépido jornalista. Rafael era um tipo contido, afável, desses que gostam dos bastidores, que dirigia as coisas serenamente. E irmão do irrequieto Rêmulo.
Era uma redação de muitos homens, poucas mulheres. Lembro-me dessa redação, da redação de Reminho – é, Rêmulo Pastore era conhecido assim, apesar de sua avantajada estatura. Não sei se o diminutivo veio como herança de família, ou se os próprios companheiros de redação resolveram tratá-lo assim. Quando cheguei, havia Fred, pauteiro dos bons. Havia Anísio Félix, editor creio que de Internacional, Oldack Miranda, editor de Economia. Césio Oliveira foi meu primeiro chefe de reportagem, que me convidara para sair da Tribuna e integrar a equipe que ele dirigia. Newton Sobral, Rangel, Geraldo Lemos, Teixeira, Tibério, Dalton, Dailton, Vander Prata, Zé Fernandes, Antonio Jorge, Moacir Ribeiro, Marcelo Simões, Mário Freitas, Edson Almeida, Edson Barbosa, Renato Pinheiro estão entre os editores e repórteres que me recordo, e sei que faltam muitos.
Das mulheres, e haverá também lacunas, recordo-me com imenso carinho de Mara Campos, de Linalva, de Lúcia, estas duas repórteres, a primeira copydesk. Mara, aliás, me deu uma imensa alegria quando de uma de minhas primeiras matérias no jornal, sobre o Hospital Juliano Moreira. Ela saiu de lá do fundo, da área do copy, e perguntou quem era.
Emiliano, e elogiou minha reportagem. Era a glória pra quem estava chegando. É, neste momento, secretária de Comunicação de Lauro de Freitas. Lúcia, bela e risonha como sempre, encontrei-a recentemente, numa homenagem a Anísio Carvalho, editor de fotografia do Jornal da Bahia. Anísio ainda vive no Alto do Saldanha, em Brotas, onde também morei. Linalva, com quem compartilhei profissão e sentimentos, se foi precocemente.
O time do copy era de primeira. Além de Mara, e me valho apenas da memória, havia Gilson Nascimento e Fernando Vita, os dois, textos impecáveis, conhecedores dos mistérios da língua portuguesa. Com eles, também, o velho comunista José Maria, que João Falcão abrigara no jornal. É, naquele tempo, as matérias passavam pelo crivo do copydesk, para o bem e para o mal. Do meu ponto de vista, sempre para o bem, que preferia sempre o olhar exigente de outro profissional, ainda mais quando fossem cuidadosos, experientes, e conhecessem bem o português, como era o caso, e sei que não me recordo de todos.
No aquário – é, Reminho foi da Era de Aquário, como recentemente, num debate, se referiu o ex-ministro Franklin Martins, ao falar daquele compartimento de vidro no qual ficavam o redator-chefe e às vezes o secretário de redação – ficavam Joca e Rafael e, penso, Gustavo Tapioca. Dali, a gente não se aproximava muito. Era o poder da redação, poder mesmo, quase sacrossanto. No aquário, decidia-se o nosso destino – melhor, o destino de nossas matérias, se ela teria a glória de estar no jornal no dia seguinte, se ocuparia uma chamada de primeira página, se seria editada do jeito que havíamos escrito, se haveria cortes, ou se simplesmente seria suprimida, provavelmente nada muito diferente de hoje, embora me pareça que já foi superada a Era de Aquário.
Nada de saudosismos. Apenas constatações. Guardo lembranças cheias de carinho com aquela redação. A redação de Reminho. E agora, nos aproximamos um pouco mais do nosso personagem. É sabido que ele partiu cedo, morto num acidente, consternando a todos nós. O que importa, aqui, é recuperar sua presença, que não foi pequena. Reminho encarava o seu trabalho seriamente. Fazia-o, no entanto, sempre com alegria. A vida era para ele pura alegria. Ô vidão! – exclamava com freqüência. Ria com facilidade, tornava o seu entorno sempre leve. Era um bom companheiro de redação e, quem sabe, melhor ainda fora dela, no compartilhamento das mesas dos bares de Salvador. Encarnou uma Bahia boêmia, uma Bahia da noite. Os jornalistas, ou uma boa parte deles, gostava da noite.
Eu, o pouco que entrei na noite naqueles anos – e falo de meados da década de 70 até o início dos anos 80 – o fiz graças a Reminho, e, o que é pior, o fazia sem beber, o que é uma tragédia, naturalmente. A Cidade da Bahia, a Salvador de Reminho era o Centro Histórico, o Pelourinho, a Praça da Sé, e um de seus companheiros mais fiéis era Clarindo Silva. Reminho fazia da Cantina da Lua quase como uma segunda casa, e Clarindo tinha por ele um carinho especial, uma amizade sólida. Era outra Salvador, é preciso dizer. Não cabe dizer melhor, nem pior. Nenhuma tentativa de dizer que “naquele tempo” o mundo era mais feliz. Só constatar que aquela Salvador feita por Reminho, por Jheová de Carvalho, por Ruy Espinheira, por Anísio Félix, por Raimundo Machado, esta já não existe mais. Era um tempo de convivência, de conversa na mesa dos bares, de amizades solidificadas na alegria das noites de bebedeira – sim, de bebedeira, que mal há nisso?
Não se está dizendo que isso não ocorre. Só que houve deslocamentos, que não vou analisar aqui. Talvez um Clarindo Silva, por sua longevidade na noite, pela sobrevivência da Cantina da Lua, possa dizer com muito mais propriedade quais foram esses deslocamentos, e até onde estão hoje os pontos da boemia de Salvador, que eu não sou expert. Sei que Reminho era intérprete fiel de uma Salvador amorosa, carinhosa, boêmia, alegre, uma Salvador que fazia um carnaval compartilhado, de rua, no qual Reminho se esbaldava, se perdia cantando “não se perca de mim, não desapareça” entre a Castro Alves, Carlos Gomes, Cantina da Lua, até que um dia se tornou um ser encantado, e deixou Salvador mais pobre, porque sem sua transbordante, contagiante alegria, sua sede de viver. Todos nós, ao lembrar dele, ainda gritamos Ô vidão! E, com a lembrança, seguimos alegres a louca aventura de viver. Que é o que ele gostaria que fizéssemos sempre. Nada de chorar, nada de lamentos. Enfrentar a vida, e melhor que seja sempre com alegria. Como ele fazia. Viva Reminho!
*jornalista, escritor
20 de junho de 2012
Professora aplaude artigo de Emiliano José (PT)
A professora de História e militante social Isadora Browne Ribeiro escreveu no Espaço do Leitor do jornal A Tarde (20/06) um comentário sobre o texto do escritor, jornalista e suplente de deputado federal Emiliano José, sobre "jornalismo e direitos humanos".
Isadora Browne Ribeiro escreveu: "Com firmeza, Emiliano José avalia a atividade jornalística, principalmente televisiva, quando perde o norte da observância ao respeito aos direitos humanos. Mais uma oportuna aula de jornalismo, especialmente quando se trata de um país onde tão pouco se lê. Tal situação leva a que a responsabilidade social da televisão e do rádio seja muito séria para ser negligenciada ou ignorada. São veículos de formação de opinião, de educação, em última análise, e desta condição não podem se esquivar".
LEIA O TEXTO MAIS ABAIXO SOBRE O ARTIGO DE EMILIANO JOSÉ
Isadora Browne Ribeiro escreveu: "Com firmeza, Emiliano José avalia a atividade jornalística, principalmente televisiva, quando perde o norte da observância ao respeito aos direitos humanos. Mais uma oportuna aula de jornalismo, especialmente quando se trata de um país onde tão pouco se lê. Tal situação leva a que a responsabilidade social da televisão e do rádio seja muito séria para ser negligenciada ou ignorada. São veículos de formação de opinião, de educação, em última análise, e desta condição não podem se esquivar".
LEIA O TEXTO MAIS ABAIXO SOBRE O ARTIGO DE EMILIANO JOSÉ
Jorge Portugal saúda o ENEM e chama professores ao diálogo
Jorge Portugal, educador e poeta, escreveu no jornal A Tarde (20/06) que na Bahia 460 mil estudantes participam do ENEM. No Brasil, 6,5 milhões. São 6,5 milhões de esperanças, de sonhos sonhados. Na Bahia, quase meio milhão, maioria negra e pobre da escola pública. Jorge Portugal disse: “A rede estadual continua paralisada, por um lamentável ruído de comunicação”.
Jorge Portugal é um eterno otimista. Na verdade, não há ruído de comunicação. A greve dos professores é política, manipulada por Rui Oliveira, um militante do PCdoB, cuja direção estadual avalia que assim fortalece a candidatura de Alice Portugal à prefeitura de Salvador. Este sindicalista é tão incongruente que ele próprio participou das decisões anteriores do governo nas negociações salariais com os professores. Esta greve só vai acabar depois do desfile do Dois de Julho. Eles criam as condições para que o governador Wagner seja vaiado no desfile da independência baiana.
Não há nada que indique que a pré-candidatura de Nelson Pelegrino (PT) seja prejudicada pela ação oportunista do PCdoB.
Deputado Targino Machado (PSC) é conhecido por vomitar baixarias e calúnias
O jornal A Tarde (20/06), em matéria assinada pela jornalista Regina Bochicchio, informa que o deputado Targino Machado (PSC), que anda vomitando baixarias contra o governador Jaques Wagner, pode integrar a Comissão de Ética da Assembléia Legislativa. Será mais uma contradição dos políticos baianos. Há poucos dias, e vem repetindo, ele chamou o governador de “desgraçado” e “canalha”. Este deputado sempre usou deste expediente quando decide espalhar a bagunça na política. Targino Machado é o político escalado para fazer o trabalho sujo da nanica oposição ao governo Wagner (PT).
O deputado já responde por ação como caluniador. Agora, o Ministério Público entendeu que ele ofendeu a autoridade constituída. O sujeito pertence à bancada parlamentar do baixo clero que comete atos criminosos e pensa que está a salvo da lei por causa da “imunidade” parlamentar. Um grande equívoco.
O deputado já responde por ação como caluniador. Agora, o Ministério Público entendeu que ele ofendeu a autoridade constituída. O sujeito pertence à bancada parlamentar do baixo clero que comete atos criminosos e pensa que está a salvo da lei por causa da “imunidade” parlamentar. Um grande equívoco.
18 de junho de 2012
Deu em A Tarde: jornalismo contra direitos humanos
O jornal A Tarde (18/06), publicou o artigo de Emiliano José intitulado “Jornalismo e Direitos Humanos”. O professor, jornalista, suplente de deputado federal e escritor desce o pau na jornalista que ultrapassou os limites éticos, não apenas da profissão, mas também aqueles que regem as relações humanas. Ao jornalista é dado o direitos de humilhar presos? Qual a linha divisória entre jornalismo e atividade policial? No caso, a jornalista além de polícia virou juiz de um preso, jovem, negro, pobre, acusado de estupro.
Esse jornalismo-monstro está ocorrendo todo dia, na TV, rádio e impressos. A TV então, passa uma visão racista e lança a raiva contra jovens negros que caíram no crime. A jornalista faz o contrário do que deveria fazer o jornalismo. Cobrar da polícia o respeito às leis. Tem muita sordidez no jornalismo da TV. "Jornalismo existe, também, para educar a sociedade para a não-violência. E não para fomentá-la. Para semear a paz. Não o ódio. Simples assim". Emiliano não disse o nome da jornalista, mas o caso é real, aconteceu em Salvador e está na Internet.
LEIA NA ÍNTEGRA EM http://www.emilianojose.com.br/
Esse jornalismo-monstro está ocorrendo todo dia, na TV, rádio e impressos. A TV então, passa uma visão racista e lança a raiva contra jovens negros que caíram no crime. A jornalista faz o contrário do que deveria fazer o jornalismo. Cobrar da polícia o respeito às leis. Tem muita sordidez no jornalismo da TV. "Jornalismo existe, também, para educar a sociedade para a não-violência. E não para fomentá-la. Para semear a paz. Não o ódio. Simples assim". Emiliano não disse o nome da jornalista, mas o caso é real, aconteceu em Salvador e está na Internet.
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