19 de outubro de 2011
Deputado Emiliano e senador Walter Pinheiro homenageiam A Tarde pelos 99 anos
O deputado federal Emiliano José (PT-BA) e o senador Walter Pinheiro (PT-BA) registraram no Congresso Nacional a passagem dos 99 anos do jornal A Tarde. Na edição de hoje (19) o jornal registrou que na Câmara Federal, Emiliano José, que é colunista do veículo, afirmou: “Sem sombra de dúvidas, falamos de um patrimônio de todo o povo brasileiro. São quase quatro mil jornais impressos em circulação no Brasil e apenas 26 conseguiram ultrapassar a marca de 100 anos”.
O jornal recebeu também outras mensagens. A maioria delas retrata o papel social de A Tarde na sociedade. Esse foi um dos pontos que o senador Walter Pinheiro exaltou: “Com sua trajetória em defesa da informação e dos valores democráticos, o jornal se tornou parte da nossa História, a qual, por ofício, ajuda a registrar diariamente”.
O jornal recebeu também outras mensagens. A maioria delas retrata o papel social de A Tarde na sociedade. Esse foi um dos pontos que o senador Walter Pinheiro exaltou: “Com sua trajetória em defesa da informação e dos valores democráticos, o jornal se tornou parte da nossa História, a qual, por ofício, ajuda a registrar diariamente”.
18 de outubro de 2011
O mundo inteiro regulamenta a publicidade infantil, menos o capitalismo selvagem brasileiro
O deputado federal Emiliano José (PT-BA) defende a necessidade de regulamentação da publicidade infantil no Brasil. Segundo o parlamentar, “há um abuso muito grande no país em relação a publicidade dirigida às crianças”. Para crianças de 0 a 12 anos, que não possuem discernimento ou maturidade suficientes para avaliar o sofisticado instrumento da publicidade, o risco do consumo exagerado ou equivocado ainda é maior.
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Joviniano Neto toma posse na presidência do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento da Tortura
A posse de Joviniano Neto para presidência do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento da Tortura da Bahia (CEPT) foi realizada segunda-feira (17), na Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
“Eu, enquanto Promotor de Justiça e cidadão me sinto contemplado com a presidência do professor Joviniano, porque ele é um militante que atua a favor da vida” declarou Almiro Sena, Secretário da Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) durante o empossamento do professor e comunicólogo, Joviniano de Carvalho Neto, para presidência do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento da Tortura da Bahia (CEPET).
O Comitê Estadual para Prevenção e Enfrentamento à Tortura na Bahia (CEPET-BA) da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), que estabelece a Política Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Tortura e colabora com o Plano de Ações Integradas para Prevenção e Controle da Tortura no Brasil, delegou para a presidência do Comitê, o professor Joviniano Neto, por ser um militante aguerrido, lutando há anos em busca de uma sociedade melhor com as causas de direitos humanos. O evento foi realizado na tarde desta segunda-feira (17), na sede da Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
“Agradeço pela confiança em mim depositada, e ressalto que a atuação do CEPET depende também da consciência e compromisso da sociedade civil, das entidades por ela representadas, e do apoio dos vários órgãos do Estado, especialmente da Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos que é peça fundamental nessa empreitada”, afirmou Joviniano Neto durante a posse, finalizando com o seu lema: “Pela vida e pela paz, tortura nunca mais”.
“Eu, enquanto Promotor de Justiça e cidadão me sinto contemplado com a presidência do professor Joviniano, porque ele é um militante que atua a favor da vida” declarou Almiro Sena, Secretário da Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) durante o empossamento do professor e comunicólogo, Joviniano de Carvalho Neto, para presidência do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento da Tortura da Bahia (CEPET).
O Comitê Estadual para Prevenção e Enfrentamento à Tortura na Bahia (CEPET-BA) da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), que estabelece a Política Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Tortura e colabora com o Plano de Ações Integradas para Prevenção e Controle da Tortura no Brasil, delegou para a presidência do Comitê, o professor Joviniano Neto, por ser um militante aguerrido, lutando há anos em busca de uma sociedade melhor com as causas de direitos humanos. O evento foi realizado na tarde desta segunda-feira (17), na sede da Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
“Agradeço pela confiança em mim depositada, e ressalto que a atuação do CEPET depende também da consciência e compromisso da sociedade civil, das entidades por ela representadas, e do apoio dos vários órgãos do Estado, especialmente da Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos que é peça fundamental nessa empreitada”, afirmou Joviniano Neto durante a posse, finalizando com o seu lema: “Pela vida e pela paz, tortura nunca mais”.
17 de outubro de 2011
Planejamento Estratégico e felicidade
A cada ano que passa, o tema do Planejamento Estratégico Empresarial ocupa mais espaço entre os executivos e gestores da Bahia. Aqui mesma na Agência de Fomento do Estado da Bahia – Desenbahia, este processo de construção está bastante avançado. Dentro de poucos dias teremos nosso Planejamento Estratégico 2012-1015.
Quando me perguntam qual é o objetivo. Eu respondo que nosso objetivo estratégico final deve ser a felicidade das pessoas que trabalham. Qualquer caminho não serve. Todo mundo conhece a história de Alice no País das Maravilhas. Ela pergunta ao gato qual a saída e diz que não sabia para onde ir. Neste caso, “Se você não sabe aonde quer ir, pouco importa o caminho”, responde o gato da história de Lewis Carrol.
Por isso tanto tempo dos gestores é investido em cansativas reuniões. O Planejamento Estratégico da empresa redefine a Missão, a Visão, os Valores, os Objetivos Estratégicos. Todos querem saber para onde ir e procuram o melhor caminho. Afinal, não se pode pensar somente em dinheiro, há mais coisas importantes.
E o que pode ser mais ou tão importante do que fazer a empresa crescer, gerar negócios, dar lucro? A resposta é simples.
As pessoas têm direito à felicidade!
E empresas são feitas de pessoas!
A questão da felicidade é uma questão metafísica, mas está presente no cotidiano das pessoas, dos trabalhadores, dos executivos. Por extensão, no cotidiano das empresas.
Infelicidade no trabalho atinge 1 em 3 profissionais. Uma pesquisa (Folha de S. Paulo, 23/10/2011) realizada no primeiro semestre de 2011 pela Weigel Coaching, com mil pessoas em São Paulo e Rio Grande do Sul, aponta que 32,2% se sentem parcialmente felizes ou infelizes profissionalmente.
Outro estudo feito em 2010 pela Hays, com 430 trabalhadores em São Paulo e Rio de Janeiro revela cenário semelhante: 32% estão infelizes. Os motivos do sentimento de infelicidade são vários: para 69% falta perspectiva de crescimento; para 36% falta desafio; para 36% a insatisfação se relaciona com a remuneração.
O professor Paulo Nassar, presidente da ABERJE, escreveu um interessante artigo intitulado “A Comunicação da Transcendência”: “A história das empresas, por incompetência, ganância e insensibilidade dos administradores, tem se caracterizado por narrativas embasadas apenas nos aspectos materialistas e tangíveis da atividade produtiva. Como exemplos disso, a ênfase na busca por resultados quantitativos, na cobrança de resultados e o foco em metas.
“No ambiente contemporâneo, a estabilidade e a perenidade empresarial são, também, resultados de narrativas transcendentes, que valorizam os aspectos qualitativos e humanos do ambiente do trabalho, visto como uma extensão da sociedade”.
Você já pensou na história da infelicidade brasileira?. A escravização dos indígenas, dos negros africanos, a República sem distribuição de renda, sem reforma agrária. Uma democracia sempre interrompida por golpes militares e nunca concluída.
Desde o século XVIII, na Revolução Francesa escreve-se que “o Homem tem o direito de ser feliz”.
Na modernidade, a felicidade começa no mundo do trabalho. Se o trabalho é justo, equilibrado, se proporciona efetiva riqueza, a felicidade torna-se possível e capaz de se tornar um estado de alma pessoal, um sentimento presente no corpo e no coração das pessoas.
Felicidade é questão de condições de trabalho, de harmonia entre o interior e o exterior das pessoas. Passa pelo trabalho, pela empresa, pela Diretoria, pela Gerência de Recursos Humanos e pelo Departamento de Comunicação. Se não estão levando isso em conta tem gente perdendo tempo.
Daí a inescapável conclusão: na empresa, a felicidade das pessoas tem que ser o objetivo estratégico final.
Quando me perguntam qual é o objetivo. Eu respondo que nosso objetivo estratégico final deve ser a felicidade das pessoas que trabalham. Qualquer caminho não serve. Todo mundo conhece a história de Alice no País das Maravilhas. Ela pergunta ao gato qual a saída e diz que não sabia para onde ir. Neste caso, “Se você não sabe aonde quer ir, pouco importa o caminho”, responde o gato da história de Lewis Carrol.
Por isso tanto tempo dos gestores é investido em cansativas reuniões. O Planejamento Estratégico da empresa redefine a Missão, a Visão, os Valores, os Objetivos Estratégicos. Todos querem saber para onde ir e procuram o melhor caminho. Afinal, não se pode pensar somente em dinheiro, há mais coisas importantes.
E o que pode ser mais ou tão importante do que fazer a empresa crescer, gerar negócios, dar lucro? A resposta é simples.
As pessoas têm direito à felicidade!
E empresas são feitas de pessoas!
A questão da felicidade é uma questão metafísica, mas está presente no cotidiano das pessoas, dos trabalhadores, dos executivos. Por extensão, no cotidiano das empresas.
Infelicidade no trabalho atinge 1 em 3 profissionais. Uma pesquisa (Folha de S. Paulo, 23/10/2011) realizada no primeiro semestre de 2011 pela Weigel Coaching, com mil pessoas em São Paulo e Rio Grande do Sul, aponta que 32,2% se sentem parcialmente felizes ou infelizes profissionalmente.
Outro estudo feito em 2010 pela Hays, com 430 trabalhadores em São Paulo e Rio de Janeiro revela cenário semelhante: 32% estão infelizes. Os motivos do sentimento de infelicidade são vários: para 69% falta perspectiva de crescimento; para 36% falta desafio; para 36% a insatisfação se relaciona com a remuneração.
O professor Paulo Nassar, presidente da ABERJE, escreveu um interessante artigo intitulado “A Comunicação da Transcendência”: “A história das empresas, por incompetência, ganância e insensibilidade dos administradores, tem se caracterizado por narrativas embasadas apenas nos aspectos materialistas e tangíveis da atividade produtiva. Como exemplos disso, a ênfase na busca por resultados quantitativos, na cobrança de resultados e o foco em metas.
“No ambiente contemporâneo, a estabilidade e a perenidade empresarial são, também, resultados de narrativas transcendentes, que valorizam os aspectos qualitativos e humanos do ambiente do trabalho, visto como uma extensão da sociedade”.
Você já pensou na história da infelicidade brasileira?. A escravização dos indígenas, dos negros africanos, a República sem distribuição de renda, sem reforma agrária. Uma democracia sempre interrompida por golpes militares e nunca concluída.
Desde o século XVIII, na Revolução Francesa escreve-se que “o Homem tem o direito de ser feliz”.
Na modernidade, a felicidade começa no mundo do trabalho. Se o trabalho é justo, equilibrado, se proporciona efetiva riqueza, a felicidade torna-se possível e capaz de se tornar um estado de alma pessoal, um sentimento presente no corpo e no coração das pessoas.
Felicidade é questão de condições de trabalho, de harmonia entre o interior e o exterior das pessoas. Passa pelo trabalho, pela empresa, pela Diretoria, pela Gerência de Recursos Humanos e pelo Departamento de Comunicação. Se não estão levando isso em conta tem gente perdendo tempo.
Daí a inescapável conclusão: na empresa, a felicidade das pessoas tem que ser o objetivo estratégico final.
Seminário “Fundamentos para Prevenção e o Combate à Corrupção”
A mídia regional nos estados brasileiros não é imparcial e age de forma partidarizada. Esta é uma das principais conclusões da pesquisa "Sistemas de Integridade nos Estados Brasileiros", realizada pelo Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob demanda do Instituto Ethos.
Os resultados preliminares da pesquisa foram divulgados no dia último dia 4, em Brasília (DF), durante o seminário "Fundamentos para a Prevenção e o Combate à Corrupção". O evento marcou o encerramento do convênio Mobilização do Setor Privado pela Integridade e pelo Combate à Corrupção, entre a Coordenadoria-Geral da União (CGU), o Instituto Ethos e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que vigorou entre abril de 2009 e julho de 2011.
Entre as principais conclusões do estudo, verificou-se que os estados apresentaram avanços no acesso às informações orçamentárias, embora nenhuma das unidades federativas permita o tratamento estatístico independente dos dados, condizente com as modernas tecnologias da informação.
Na Saúde e na Educação, as modalidades menos competitivas de contratação pelo estado (dispensa e inexigibilidade) são responsáveis por 57% do volume de contratações, em média. No Pará, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em São Paulo, o quadro é mais preocupante, com taxas de dispensa e inexigibilidade de 61%, 62%, 67% e 75%. A força da oposição nas Assembleias Legislativas é bastante reduzida diante do poder de atração que o governo eleito exerce sobre os deputados.
Em relação aos meios de comunicação, a pesquisa é bastante crítica: "A mídia nos estados apresenta resultados medíocres para o nível de independência de redes de comunicação (televisão e jornais) em relação a grupos políticos regionais", diz o documento.
"Combinados, os indicadores permitem inferir que o ativismo da mídia está mais relacionado com a partidarização do que com a independência política dos órgãos de comunicação regionais", afirma o texto, disponível no site do Instituto Ethos.
Na opinião do deputado Emiliano José (PT-BA), a pesquisa atesta aquilo que há muito tempo vem sendo denunciado. "Esta conclusão do Instituto Ethos confirma aquilo que venho dizendo há vários anos. A mídia brasileira atua de forma partidarizada e faz uma cobertura seletiva. Os grupos regionais atuam subordinados às oligarquias e aos interesses econômicos. Ninguém deseja que a mídia seja áulica, mas pretendemos que ela faça um jornalismo verdadeiro, fundamentado, sério, que ouça e dê voz aos diversos pontos de vista, em síntese, que respeite os manuais tradicionais do nosso jornalismo", cobrou Emiliano José, que foi professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) durante vinte e cinco anos.
Os resultados preliminares da pesquisa foram divulgados no dia último dia 4, em Brasília (DF), durante o seminário "Fundamentos para a Prevenção e o Combate à Corrupção". O evento marcou o encerramento do convênio Mobilização do Setor Privado pela Integridade e pelo Combate à Corrupção, entre a Coordenadoria-Geral da União (CGU), o Instituto Ethos e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que vigorou entre abril de 2009 e julho de 2011.
Entre as principais conclusões do estudo, verificou-se que os estados apresentaram avanços no acesso às informações orçamentárias, embora nenhuma das unidades federativas permita o tratamento estatístico independente dos dados, condizente com as modernas tecnologias da informação.
Na Saúde e na Educação, as modalidades menos competitivas de contratação pelo estado (dispensa e inexigibilidade) são responsáveis por 57% do volume de contratações, em média. No Pará, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em São Paulo, o quadro é mais preocupante, com taxas de dispensa e inexigibilidade de 61%, 62%, 67% e 75%. A força da oposição nas Assembleias Legislativas é bastante reduzida diante do poder de atração que o governo eleito exerce sobre os deputados.
Em relação aos meios de comunicação, a pesquisa é bastante crítica: "A mídia nos estados apresenta resultados medíocres para o nível de independência de redes de comunicação (televisão e jornais) em relação a grupos políticos regionais", diz o documento.
"Combinados, os indicadores permitem inferir que o ativismo da mídia está mais relacionado com a partidarização do que com a independência política dos órgãos de comunicação regionais", afirma o texto, disponível no site do Instituto Ethos.
Na opinião do deputado Emiliano José (PT-BA), a pesquisa atesta aquilo que há muito tempo vem sendo denunciado. "Esta conclusão do Instituto Ethos confirma aquilo que venho dizendo há vários anos. A mídia brasileira atua de forma partidarizada e faz uma cobertura seletiva. Os grupos regionais atuam subordinados às oligarquias e aos interesses econômicos. Ninguém deseja que a mídia seja áulica, mas pretendemos que ela faça um jornalismo verdadeiro, fundamentado, sério, que ouça e dê voz aos diversos pontos de vista, em síntese, que respeite os manuais tradicionais do nosso jornalismo", cobrou Emiliano José, que foi professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) durante vinte e cinco anos.
Ex-presos políticos comemoram 32 anos da Lei da Anistia
Exilados, torturados, ativistas, ex-prisioneiros políticos e familiares de desaparecidos lembraram os “anos de chumbo” com depoimentos emocionados divididos entre os sentimentos de tristeza e o contentamento pela conquista da democracia. Aconteceu em Sessão especial na Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas, sexta-feira (14) Região Metropolitana de Salvador. “A anistia foi uma vitória do povo brasileiro, responsável pela volta dos que partiram "num rabo de foguete", disse o deputado federal Emiliano José (PT-BA). Há 32 anos recebemos de volta Brizola, Arraes, Betinho, o que deve ser lembrado para não ficarmos apenas nas críticas e no pessimismo absoluto.
Eu tenho uma amiga que me critica por dar muita notícia do deputado federal Emiliano José (PT-BA) neste blog BAHIA DE FATO. Mas, como não dar uma notícia desta?
O encontro reuniu ícones da luta contra a ditadura para discutir a anistia política que completa 32 anos. O ex-governador da Bahia, Waldir Pires, falou sobre o golpe militar de 1964, que viveu quando era Consultor Geral da República. Foi ele o responsável pela escrita do último ofício do Governo Jango ao Congresso Nacional. “Com o golpe veio a ditadura e com ela o extraordinário cinismo, as torturas, a perseguição. A anistia foi a grande luta e participei dela fora da minha terra” – lembra Waldir.
A formação dos Comitês Estaduais de Anistia e da Comissão Nacional da Verdade, já aprovada pela Câmara dos Deputados e encaminhada ao Senado, ganhou destaque nas discussões. Editada em 1979, a Lei de Anistia permitiu que alguns dos militantes contrários à ditadura no Brasil voltassem ao país. Já a Comissão Nacional da Verdade pretende esclarecer fatos e circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos praticados especialmente no período de 1964 a 1988. A CNV permitirá a identificação das estruturas, locais, instituições e circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos, suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos do estado e na sociedade.
Ex-preso político, Emiliano José passou a integrar recentemente a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Instituída pela Lei 9.140/95, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos tem o objetivo de reconhecer e localizar pessoas desaparecidas que participaram ou foram acusadas de participar do período das atividades políticas entre setembro de 1961 e agosto de 1979. A Comissão também investigará as circunstâncias de pessoas que morreram por causa não-natural em dependências policiais nesse período. O parlamentar também é autor de livros sobre Carlos Marighella e Carlos Lamarca, dois dos principais integrantes da resistência ao golpe militar.
Também estiveram presentes no evento a prefeita da cidade Moema Gramacho, o vice-prefeito João Oliveira, a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Bahia Sara Mercês, os ex-presos políticos Pery Falcón e José Carlos Zanetti, a representante da Comissão do Grupo Tortura Nunca Mais, Mônica Oliveira Lins, e o membro do Comitê Baiano pela Verdade Ivan Braga, entre outros.
Emocionados, os convidados foram recebidos pelos violões de professores e alunos do projeto Educart (Educação, Arte, Cultura e Tecnologia), da Secretaria Municipal de Educação, que executaram “Trenzinho Caipira”, de Villas Lobo e o “hino” contra a ditadura “Pra não dizer que não falei das flores”,de Geraldo Vandré, cantado em coro por todos.
O encontro histórico promovido pela Secretaria Municipal de Educação foi filmado e será exibido em vídeo-aula para alunos de toda a rede municipal de ensino.
Eu tenho uma amiga que me critica por dar muita notícia do deputado federal Emiliano José (PT-BA) neste blog BAHIA DE FATO. Mas, como não dar uma notícia desta?
O encontro reuniu ícones da luta contra a ditadura para discutir a anistia política que completa 32 anos. O ex-governador da Bahia, Waldir Pires, falou sobre o golpe militar de 1964, que viveu quando era Consultor Geral da República. Foi ele o responsável pela escrita do último ofício do Governo Jango ao Congresso Nacional. “Com o golpe veio a ditadura e com ela o extraordinário cinismo, as torturas, a perseguição. A anistia foi a grande luta e participei dela fora da minha terra” – lembra Waldir.
A formação dos Comitês Estaduais de Anistia e da Comissão Nacional da Verdade, já aprovada pela Câmara dos Deputados e encaminhada ao Senado, ganhou destaque nas discussões. Editada em 1979, a Lei de Anistia permitiu que alguns dos militantes contrários à ditadura no Brasil voltassem ao país. Já a Comissão Nacional da Verdade pretende esclarecer fatos e circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos praticados especialmente no período de 1964 a 1988. A CNV permitirá a identificação das estruturas, locais, instituições e circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos, suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos do estado e na sociedade.
Ex-preso político, Emiliano José passou a integrar recentemente a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Instituída pela Lei 9.140/95, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos tem o objetivo de reconhecer e localizar pessoas desaparecidas que participaram ou foram acusadas de participar do período das atividades políticas entre setembro de 1961 e agosto de 1979. A Comissão também investigará as circunstâncias de pessoas que morreram por causa não-natural em dependências policiais nesse período. O parlamentar também é autor de livros sobre Carlos Marighella e Carlos Lamarca, dois dos principais integrantes da resistência ao golpe militar.
Também estiveram presentes no evento a prefeita da cidade Moema Gramacho, o vice-prefeito João Oliveira, a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Bahia Sara Mercês, os ex-presos políticos Pery Falcón e José Carlos Zanetti, a representante da Comissão do Grupo Tortura Nunca Mais, Mônica Oliveira Lins, e o membro do Comitê Baiano pela Verdade Ivan Braga, entre outros.
Emocionados, os convidados foram recebidos pelos violões de professores e alunos do projeto Educart (Educação, Arte, Cultura e Tecnologia), da Secretaria Municipal de Educação, que executaram “Trenzinho Caipira”, de Villas Lobo e o “hino” contra a ditadura “Pra não dizer que não falei das flores”,de Geraldo Vandré, cantado em coro por todos.
O encontro histórico promovido pela Secretaria Municipal de Educação foi filmado e será exibido em vídeo-aula para alunos de toda a rede municipal de ensino.
16 de outubro de 2011
Nova passeata da Globo: a ressaca dos derrotados
Gilson Caroni Filho
Os brasileiros, que tiveram de passar 20 anos, lendo nas entrelinhas, especulando a partir de meias palavras ou interpretando – procurando interpretar – as rudes reações viscerais trazidas ao público por aqueles que detinham o poder, têm hoje olhos e ouvidos apuradíssimos para entender o que há por trás de cada episódio do cotidiano, por mais irrelevante que possa parecer à primeira vista. É isso que o baronato midiático parece não ter entendido ao continuar patrocinando atos que, a pretexto de combater a corrupção, têm como objetivo esvaziar a política.
Os movimentos que saem da internet para ganhar as ruas, longe de ser a "primavera" com que sonham – ou fingem sonhar – seus reais mentores, têm se mostrado um melancólico outono dos tradicionais dispositivos de agenciamento midiático. Submersos na crise do imobilismo de suas bases, resta à velha direita o consolo de platitudes publicadas para justificar mais uma tentativa fracassada. O saldo de mais um insucesso ora é debitado à boa situação da economia brasileira ora a uma estranha lógica binária, como a apresentada pelo professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro, na edição de 13/ 05, de O Globo.
"O problema na luta contra a corrupção é que ela está tomada pelos partidos. E é uma lástima que as pessoas usem isso contra o partido oposto". Mas a que se refere o renomado acadêmico? A característica do movimento não seria exatamente o seu reiterado "caráter apartidário"? Ou, sem se dar conta, Janine revela o fato que deveria permanecer oculto: o centro político da reação está agrupado no campo jornalístico oligopolista que assume para si o papel de partido de oposição.
O mesmo partido que deu sustentação a duas décadas de ditadura militar. O mesmo agrupamento que silenciou as emoções e expectativas da opinião pública durante os oito anos de desmando do tucanato. Que editou a realidade para ocultar as preocupações da população com o apagão, o descontrole cambial, a desnacionalização de partes substanciosas da produção e serviços nacionais, os rigores de uma política econômica que duplicaram as dívidas externas e internas e criaram seguidos déficits comerciais.
Desemprego, congelamento ou irrisórios aumentos salariais, ao lado de escândalos políticos e econômicos, pareciam fazer parte do cenário natural para os mesmos colunistas militantes que agora se arvoram em defensores de valores republicanos. Num conhecido jogo de espelhos, a defesa incondicional dos ditames do mercado é trocada, editorialmente, pela busca de posicionamento ético no trato da coisa pública. A guinada é tão mal-feita que não atrai o distinto público, como pudemos constatar nas manifestações de quarta-feira, dia da padroeira oficial do Brasil. No Rio de Janeiro, os manifestantes chegaram a hostilizar os que preferiram olhar o mar a ver a ressaca dos derrotados.
Para deixar claro qual o objetivo da TV Globo e de seus sócios menores nessa simulação barata, vale a pena reproduzir o que escreveu o ex-deputado Milton Temer (PSOL) em seu blog: "promover no Brasil uma onda semelhante à que lamentavelmente varre povos de potências capitalistas, que se reúnem em manifestações pontuais e conjunturais, mas que, pela abstenção nos processos eleitorais, por justificado ceticismo, permitem à direita mais reacionária manter o controle absoluto das instituições, ditas republicanas, que realmente deliberam sobre seus destinos, através do modelo de sociedade que desenham com suas leis e decisões dos poderes Executivo e Judiciário."
O brasileiro sabe que, sempre que uma esperança se frustra (o que não é o caso do atual do governo), vem a decepção e é preciso criar alternativas. Sempre é preciso reconstruir caminhos, mas o que a grande imprensa apresenta é um atalho para o precipício.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil
Os brasileiros, que tiveram de passar 20 anos, lendo nas entrelinhas, especulando a partir de meias palavras ou interpretando – procurando interpretar – as rudes reações viscerais trazidas ao público por aqueles que detinham o poder, têm hoje olhos e ouvidos apuradíssimos para entender o que há por trás de cada episódio do cotidiano, por mais irrelevante que possa parecer à primeira vista. É isso que o baronato midiático parece não ter entendido ao continuar patrocinando atos que, a pretexto de combater a corrupção, têm como objetivo esvaziar a política.
Os movimentos que saem da internet para ganhar as ruas, longe de ser a "primavera" com que sonham – ou fingem sonhar – seus reais mentores, têm se mostrado um melancólico outono dos tradicionais dispositivos de agenciamento midiático. Submersos na crise do imobilismo de suas bases, resta à velha direita o consolo de platitudes publicadas para justificar mais uma tentativa fracassada. O saldo de mais um insucesso ora é debitado à boa situação da economia brasileira ora a uma estranha lógica binária, como a apresentada pelo professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro, na edição de 13/ 05, de O Globo.
"O problema na luta contra a corrupção é que ela está tomada pelos partidos. E é uma lástima que as pessoas usem isso contra o partido oposto". Mas a que se refere o renomado acadêmico? A característica do movimento não seria exatamente o seu reiterado "caráter apartidário"? Ou, sem se dar conta, Janine revela o fato que deveria permanecer oculto: o centro político da reação está agrupado no campo jornalístico oligopolista que assume para si o papel de partido de oposição.
O mesmo partido que deu sustentação a duas décadas de ditadura militar. O mesmo agrupamento que silenciou as emoções e expectativas da opinião pública durante os oito anos de desmando do tucanato. Que editou a realidade para ocultar as preocupações da população com o apagão, o descontrole cambial, a desnacionalização de partes substanciosas da produção e serviços nacionais, os rigores de uma política econômica que duplicaram as dívidas externas e internas e criaram seguidos déficits comerciais.
Desemprego, congelamento ou irrisórios aumentos salariais, ao lado de escândalos políticos e econômicos, pareciam fazer parte do cenário natural para os mesmos colunistas militantes que agora se arvoram em defensores de valores republicanos. Num conhecido jogo de espelhos, a defesa incondicional dos ditames do mercado é trocada, editorialmente, pela busca de posicionamento ético no trato da coisa pública. A guinada é tão mal-feita que não atrai o distinto público, como pudemos constatar nas manifestações de quarta-feira, dia da padroeira oficial do Brasil. No Rio de Janeiro, os manifestantes chegaram a hostilizar os que preferiram olhar o mar a ver a ressaca dos derrotados.
Para deixar claro qual o objetivo da TV Globo e de seus sócios menores nessa simulação barata, vale a pena reproduzir o que escreveu o ex-deputado Milton Temer (PSOL) em seu blog: "promover no Brasil uma onda semelhante à que lamentavelmente varre povos de potências capitalistas, que se reúnem em manifestações pontuais e conjunturais, mas que, pela abstenção nos processos eleitorais, por justificado ceticismo, permitem à direita mais reacionária manter o controle absoluto das instituições, ditas republicanas, que realmente deliberam sobre seus destinos, através do modelo de sociedade que desenham com suas leis e decisões dos poderes Executivo e Judiciário."
O brasileiro sabe que, sempre que uma esperança se frustra (o que não é o caso do atual do governo), vem a decepção e é preciso criar alternativas. Sempre é preciso reconstruir caminhos, mas o que a grande imprensa apresenta é um atalho para o precipício.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil