17 de outubro de 2011
Ex-presos políticos comemoram 32 anos da Lei da Anistia
Exilados, torturados, ativistas, ex-prisioneiros políticos e familiares de desaparecidos lembraram os “anos de chumbo” com depoimentos emocionados divididos entre os sentimentos de tristeza e o contentamento pela conquista da democracia. Aconteceu em Sessão especial na Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas, sexta-feira (14) Região Metropolitana de Salvador. “A anistia foi uma vitória do povo brasileiro, responsável pela volta dos que partiram "num rabo de foguete", disse o deputado federal Emiliano José (PT-BA). Há 32 anos recebemos de volta Brizola, Arraes, Betinho, o que deve ser lembrado para não ficarmos apenas nas críticas e no pessimismo absoluto.
Eu tenho uma amiga que me critica por dar muita notícia do deputado federal Emiliano José (PT-BA) neste blog BAHIA DE FATO. Mas, como não dar uma notícia desta?
O encontro reuniu ícones da luta contra a ditadura para discutir a anistia política que completa 32 anos. O ex-governador da Bahia, Waldir Pires, falou sobre o golpe militar de 1964, que viveu quando era Consultor Geral da República. Foi ele o responsável pela escrita do último ofício do Governo Jango ao Congresso Nacional. “Com o golpe veio a ditadura e com ela o extraordinário cinismo, as torturas, a perseguição. A anistia foi a grande luta e participei dela fora da minha terra” – lembra Waldir.
A formação dos Comitês Estaduais de Anistia e da Comissão Nacional da Verdade, já aprovada pela Câmara dos Deputados e encaminhada ao Senado, ganhou destaque nas discussões. Editada em 1979, a Lei de Anistia permitiu que alguns dos militantes contrários à ditadura no Brasil voltassem ao país. Já a Comissão Nacional da Verdade pretende esclarecer fatos e circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos praticados especialmente no período de 1964 a 1988. A CNV permitirá a identificação das estruturas, locais, instituições e circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos, suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos do estado e na sociedade.
Ex-preso político, Emiliano José passou a integrar recentemente a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Instituída pela Lei 9.140/95, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos tem o objetivo de reconhecer e localizar pessoas desaparecidas que participaram ou foram acusadas de participar do período das atividades políticas entre setembro de 1961 e agosto de 1979. A Comissão também investigará as circunstâncias de pessoas que morreram por causa não-natural em dependências policiais nesse período. O parlamentar também é autor de livros sobre Carlos Marighella e Carlos Lamarca, dois dos principais integrantes da resistência ao golpe militar.
Também estiveram presentes no evento a prefeita da cidade Moema Gramacho, o vice-prefeito João Oliveira, a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Bahia Sara Mercês, os ex-presos políticos Pery Falcón e José Carlos Zanetti, a representante da Comissão do Grupo Tortura Nunca Mais, Mônica Oliveira Lins, e o membro do Comitê Baiano pela Verdade Ivan Braga, entre outros.
Emocionados, os convidados foram recebidos pelos violões de professores e alunos do projeto Educart (Educação, Arte, Cultura e Tecnologia), da Secretaria Municipal de Educação, que executaram “Trenzinho Caipira”, de Villas Lobo e o “hino” contra a ditadura “Pra não dizer que não falei das flores”,de Geraldo Vandré, cantado em coro por todos.
O encontro histórico promovido pela Secretaria Municipal de Educação foi filmado e será exibido em vídeo-aula para alunos de toda a rede municipal de ensino.
Eu tenho uma amiga que me critica por dar muita notícia do deputado federal Emiliano José (PT-BA) neste blog BAHIA DE FATO. Mas, como não dar uma notícia desta?
O encontro reuniu ícones da luta contra a ditadura para discutir a anistia política que completa 32 anos. O ex-governador da Bahia, Waldir Pires, falou sobre o golpe militar de 1964, que viveu quando era Consultor Geral da República. Foi ele o responsável pela escrita do último ofício do Governo Jango ao Congresso Nacional. “Com o golpe veio a ditadura e com ela o extraordinário cinismo, as torturas, a perseguição. A anistia foi a grande luta e participei dela fora da minha terra” – lembra Waldir.
A formação dos Comitês Estaduais de Anistia e da Comissão Nacional da Verdade, já aprovada pela Câmara dos Deputados e encaminhada ao Senado, ganhou destaque nas discussões. Editada em 1979, a Lei de Anistia permitiu que alguns dos militantes contrários à ditadura no Brasil voltassem ao país. Já a Comissão Nacional da Verdade pretende esclarecer fatos e circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos praticados especialmente no período de 1964 a 1988. A CNV permitirá a identificação das estruturas, locais, instituições e circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos, suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos do estado e na sociedade.
Ex-preso político, Emiliano José passou a integrar recentemente a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Instituída pela Lei 9.140/95, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos tem o objetivo de reconhecer e localizar pessoas desaparecidas que participaram ou foram acusadas de participar do período das atividades políticas entre setembro de 1961 e agosto de 1979. A Comissão também investigará as circunstâncias de pessoas que morreram por causa não-natural em dependências policiais nesse período. O parlamentar também é autor de livros sobre Carlos Marighella e Carlos Lamarca, dois dos principais integrantes da resistência ao golpe militar.
Também estiveram presentes no evento a prefeita da cidade Moema Gramacho, o vice-prefeito João Oliveira, a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Bahia Sara Mercês, os ex-presos políticos Pery Falcón e José Carlos Zanetti, a representante da Comissão do Grupo Tortura Nunca Mais, Mônica Oliveira Lins, e o membro do Comitê Baiano pela Verdade Ivan Braga, entre outros.
Emocionados, os convidados foram recebidos pelos violões de professores e alunos do projeto Educart (Educação, Arte, Cultura e Tecnologia), da Secretaria Municipal de Educação, que executaram “Trenzinho Caipira”, de Villas Lobo e o “hino” contra a ditadura “Pra não dizer que não falei das flores”,de Geraldo Vandré, cantado em coro por todos.
O encontro histórico promovido pela Secretaria Municipal de Educação foi filmado e será exibido em vídeo-aula para alunos de toda a rede municipal de ensino.