11 de dezembro de 2012

 

Dimenstein saúda escolha do baiano Juca Ferreira para a Cultura em São Paulo

Se eu me orientasse apenas pela manchete do portal Bahia247 estaria perdido. O portal sapecou a manchete: “Haddad precisa importar um baiano para a Cultura ?”. Dimenstein começou sua nota registrando o estranhamento de figuras da inteligência paulistana. Eu diria de figuras que representam o paulistano quatrocentão, reacionário, para o qual o resto do Brasil não existe.

Entretanto, depois de tecer comentários Gilberto Dimenstein conclui: “Mas ser de fora, nesse caso, tem algumas vantagens. Primeiro, ele não é vinculado a nenhuma das panelinhas culturais locais. Segundo, Juca vem de uma cidade em que a cultura está nas ruas --e uma das coisas que mais precisamos nesta cidade é abrir mais e mais espaços na rua para as manifestações artísticas”.
O jornalista paulista ainda aconselha: “A São Paulo que se projeta como uma das capitais culturais do mundo deve ser cosmopolita, aberta, marcada pela diversidade. Não importa de onde o secretário venha. Importa se ele vai fazer uma boa gestão.Quanto mais talentos atrairmos, melhor”.

Dimenstein lembra que São Paulo foi considerada uma das principais capitais culturais do mundo. Trata-se de um centro mundial da indústria da economia criativa. Um cargo, portanto, estratégico. Claro que ter sido ministro da Cultura não transforma Juca Ferreira num ministro naturalmente competente, claro que não é um passaporte, claro que em São Paulo há outros intelectuais com igual competência. Mas, aqui prá nós, ter sido um Ministro da Cultura competente e com trânsito internacional ajuda bastante.
Até porque Haddad não tirou Juca Ferreira do bolso do colete. Houve um grande movimento - de intelectuais, artistas, setores culturais, instituições, -  que sugeriu o nome de Juca Ferreira. Fernando Haddad acatou. Ele não tem nada de burro. Sabe das coisas.

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?