29 de novembro de 2012

 

Argentina leva à Justiça 68 oficiais da Marinha, terroristas da ditadura, no Brasil nada

E no Brasil nada. Nesta quarta-feira (28) em Buenos Aires teve início mais um julgamento de 68 oficiais da Marinha e civis acusados de cometer violações dos direitos humanos e crimes de lesa-humanidade durante a ditadura (1976-1983). Entre os acusados estão os pilotos criminosos, terroristas, dos chamados “voos da morte”, nos quais os prisioneiros da ditadura militar foram atirados ao mar.

Os “voos da morte” eram comandados pelo capitão da Marinha Alfredo Astiz, conhecido como “anjo loiro da morte”. Astiz já cumpre pena de prisão perpétua por crimes cometidos nas instalações da Escola Mecânica. Agora está sendo julgado por outros casos de sequestros, torturas e homicídios.

A Argentina pune exemplarmente seus assassinos da ditadura militar. O Brasil silencia. Nosso próprio Supremo Tribunal Federal (STF) jogou no lixo os compromissos do país com os direitos humanos ao validar uma Lei da Anistia aprovada em 1979, em plena ditadura militar, em que torturadores, assassinos que desapareceram com corpos de oposicionistas mortos nos quartéis, criminosos da pior espécie, responsáveis por crimes de lesa-humanidade, ficam a salvo e fora das prisões.

Ao contrário, nosso STF está mais preocupado em desmoralizar ex-dirigentes do PT, numa evidente armação política, como é este absurdo caso do julgamento do mensalão que não existiu.

Pode existir alguma coisa mais óbvia? O deputado federal João Paulo (PT) condenado a 9 anos em regime fechado e o pilantra imoral do Roberto Jefferson (PTB) premiado com redução de pena? E os ministro do STF repetindo aquela ladainha do mensalão, do mensalão, do mensalão...para justificar condenações absurdas e, como é mesmo?, dosimetrias desproporcionais nas penas impostas.

Mas, como a Argentina está a provar. Amanhã será outro dia.


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