6 de setembro de 2012

 

Familiares e militantes do PT se despedem de Orlando Miranda

O corpo do petista Orlando Miranda foi cremado, hoje, quinta-feira (6), às 11h30, no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. Orlando Miranda faleceu ontem à noite (5), vitimado por um câncer, contra o qual lutava há quase dez anos. Os secretários estaduais da Educação, Oswaldo Barreto, e do Planejamento, José Sérgio Gabrielli, velhos companheiros de militância, compareceram. Coube ao amigo e companheiro Peri Falcon, dirigente do PT durante anos, proferir o discurso de despedida.

Orlando Miranda foi fundador da organização revolucionária Política Operária – POLOP. A contribuição da Polop na luta contra a ditadura militar de 1964 é pouco conhecida pelas novas gerações. Pertenceram à POLOP pessoas como Dilma Roussef, Eder Sader, Nilmário Miranda e Peri Falcon. Dissidências políticas da POLOP geraram o Comando de Libertação Nacional (COLINA) em Minas Gerais e Vanguarda Popular Armada (VPR) em São Paulo, que partiram para a luta armada contra o regime.

A Polop foi muito forte na Bahia. Além de Orlando Miranda, são lembrados Ivan Braga e Olívia Braga, Yara Falcon, Gustavo Falcon, Pery Falcon, Carlos Tibúrcio, João Henrique Coutinho. Estavam todos no Jardim da Saudade na despedida do amigo e companheiro.

Orlando Miranda era um entusiastas da proposta de resgatar a história da POLOP, que teve sua origem no marxismo oriundo do socialismo alemão. A formação intelectual de Eric Sachs, fundador e principal teórico da POLOP, veio de August Talhermer, crítico do stalinismo já ao final da década de 20. Victor Meyer foi o mais longevo cultor e seguidor de Eric Sachs. A POLOP exerceu muita influência sobre a esquerda marxista brasileira, a maior parte de seus militantes aderiu ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Era casado com Tânia Andrade Miranda, professora, militante e articulista do jornal A Tarde, em assuntos vinculados à educação. Eles tiveram dois filhos. Adriana, advogada, trabalhando em Goiânia, e Rafael.

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