13 de agosto de 2012

 

O TRISTE FIM DE POLICARPO JR.

O jornalista Leandro Fortes, na CartaCapital (10/08) aborda a tragédia da Editora Abril, que decidiu transformar a revista semanal VEJA num panfleto ideológico da extrema-direita. A revista abandonou o jornalismo e dedicou-se ao exercício semanal da desonestidade intelectual, perto do banditismo, muito perto.

O resultado está aí. A revista VEJA metida até o pescoço no esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira. Sem a revista não haveria Cachoeira, sem Cachoeira não haveria essa formidável máquina de assassinar reputações e com publicidade, farta publicidade oficial.

Como efeito colateral desta sujeira toda, surge o jornalista Policarpo Jr, que abandonou a carreira para se subordinar ao crime, em linha direta com Carlinhos Cachoeira. Não é metáfora não. É concreto e real. Policarpo foi o cara que em duas matérias de páginas duplas, dizia que uma “célula” do PT havia introduzido a vassoura-de-bruxa na região cacaueira da Bahia, com base no testemunho de um doente mental.

Mais recentemente, instigou um jovem repórter de apenas 23 anos, a invadir o quarto do ex-ministro José Dirceu, no Hotel Nahoum, na capital federal. “Esse ato de irresponsabilidade e vandalismo foi a primeira exalação de mau cheiro desse esgoto transformado em rotina, perceptível até mesmo para quem, em nome das próprias convicções políticas, mantém-se fiel à Veja, como quem se agarra a um tronco podre na esperança de não naufragar”.

A revista VEJA contaminou, segundo Leandro Fortes, “a própria estrutura de produção de notícias, gerou uma miríade de colunistas-papagaios, a repetir as frases que lhes são sopradas dos aquários das redações, e talvez tenha provocado um dano geracional de longo prazo, a conseqüência mais triste: o péssimo exemplo aos novos repórteres de que jornalismo é um vale tudo, a arte da bajulação calculada, um ofício servil e de remuneração vinculada aos interesses do patrão”.

Na Operação Vegas, a Polícia Federal detectou a participação de Demóstenes Torres e do jornalista Policarpo Jr na quadrilha de Cachoeira. Há um acordo de bastidores para que a CPI do Cachoeira não convoque para depor nem Policarpo Jr, nem o dono da Editora Abril, Roberto Civita. Tudo pela liberdade de expressão.

Está tudo na revista CartaCapital, nas bancas.


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