10 de agosto de 2012

 

Democracia não combina com linchamento

O jornalista Paulo Moreira Leite se insurgiu contra a tendência dominante na imprensa brasileira, em relação à cobertura do mensalão. Ele disse que é fundamental uma reforma política que implique em mudança nas regras de campanha, que ao menos controle a interferência da economia sobre a política.

Leite mostrou que o julgamento começou sob o ambiente enviesado de uma opinião publicada, com o pressuposto de que os réus são culpados; que o ex-Deputado Roberto Jefferson diz uma coisa em público, outra na Justiça; que no processo não há menção a José Dirceu como chefe de nada; que as 337 testemunhas ouvidas negam terminantemente a compra de votos — unanimidade contra a opinião publicada —; e que não se compreende a diferença de tratamento entre o chamado mensalão mineiro e a Ação Penal 470 ora em julgamento.

Maior escândalo que o falso mensalão é a atuação da mídia na cobertura do julgamento do STF.

Poucos parlamentares ousam desafiar a mídia. O deputado Emiliano José (PT) está entre os que criticam a mídia, que ostensivamente quer condenar por antecipação todos os réus do processo 470. Nem os ministros do STF admitem que os fatos se deram como inventa a mídia. Há muita fantasia.

A parcialidade da mídia é tão flagrante que, ao tomar o lugar da Justiça, faz um barulho em torno do mensalão, mas se cala diante do mensalão mineiro, do PSDB.

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