7 de fevereiro de 2011
Salvador precisa de um programa de gerenciamento do uso do solo, para evitar tragédias
Uma interessante reportagem no jornal Valor Econômico (07/02/2011) me faz lembrar que Salvador não tem um programa de gerenciamento de áreas de risco, incluindo as encostas de massapé e margens de dezenas de rios e córregos. Deveria ser pauta obrigatória para imprensa, vereadores, urbanistas, dirigentes dos partidos políticos e candidatos a prefeito. Leito de rio não é lugar de ninguém morar. A tragédia é inevitável quando chegam fortes chuvas e enchentes.
Segundo a reportagem, assinada pelo jornalista Francisco Góes, a Baixada Fluminense (na Grande Rio), com longa história de alagamentos, poderá se tornar referência para ações de combate a enchentes. Trata-se de um projeto de gerenciamento do uso do solo, em parceria com os governos estadual e federal, inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
É preciso muita coragem e vontade política – coisas raras em Salvador nos atuais dias. O projeto inclui dragagem de rios, construção de diques e comportas, remoção de pessoas de áreas ribeirinhas e instalação de parques fluviais em terrenos nas margens dos rios, o que evita ocupações irregulares em áreas de risco.
Salvador tem encostas em terrenos de massapé que podem e devem ser áreas de proteção ambiental e rios, riachos e córregos cujas margens são ocupadas por casebres, invariavelmente alagados durante as enchentes.
No estado do Rio de Janeiro está em curso o Projeto Iguaçu. São investimentos de mais de R$ 860 milhões ao longo de seis anos. Já foram retirados dos rios cerca de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos, lixo, lama e pneus. Mais de duas mil famílias foram removidas das margens dos rios Sapucaí, Botas e Iguaçu. As famílias foram indenizadas e reassentadas. Outras 3 mil famílias serão removidas na Baixada Fluminense.
O objetivo do projeto Iguaçu é estancar enchentes e recuperar áreas para o desenvolvimento econômico e social. Nos terrenos próximos aos rios estão sendo criadas área de lazer que impedem ocupações irregulares.
Em Salvador estamos longe de uma política de gerenciamento do uso do solo. Até mesmo o Parque da Cidade está sendo fatiado por construtoras que já levantam prédios com licenciamento da Prefeitura Municipal. Está duvidando? Visite o condomínio Alto do Parque, atrás da Petrobrás, no Itaigara. Logo após a guarita ergue-se impoluto um edifício comercial. Isso é caso de impeachment e cadeia.
A reportagem está no: Blog do Alê
Segundo a reportagem, assinada pelo jornalista Francisco Góes, a Baixada Fluminense (na Grande Rio), com longa história de alagamentos, poderá se tornar referência para ações de combate a enchentes. Trata-se de um projeto de gerenciamento do uso do solo, em parceria com os governos estadual e federal, inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
É preciso muita coragem e vontade política – coisas raras em Salvador nos atuais dias. O projeto inclui dragagem de rios, construção de diques e comportas, remoção de pessoas de áreas ribeirinhas e instalação de parques fluviais em terrenos nas margens dos rios, o que evita ocupações irregulares em áreas de risco.
Salvador tem encostas em terrenos de massapé que podem e devem ser áreas de proteção ambiental e rios, riachos e córregos cujas margens são ocupadas por casebres, invariavelmente alagados durante as enchentes.
No estado do Rio de Janeiro está em curso o Projeto Iguaçu. São investimentos de mais de R$ 860 milhões ao longo de seis anos. Já foram retirados dos rios cerca de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos, lixo, lama e pneus. Mais de duas mil famílias foram removidas das margens dos rios Sapucaí, Botas e Iguaçu. As famílias foram indenizadas e reassentadas. Outras 3 mil famílias serão removidas na Baixada Fluminense.
O objetivo do projeto Iguaçu é estancar enchentes e recuperar áreas para o desenvolvimento econômico e social. Nos terrenos próximos aos rios estão sendo criadas área de lazer que impedem ocupações irregulares.
Em Salvador estamos longe de uma política de gerenciamento do uso do solo. Até mesmo o Parque da Cidade está sendo fatiado por construtoras que já levantam prédios com licenciamento da Prefeitura Municipal. Está duvidando? Visite o condomínio Alto do Parque, atrás da Petrobrás, no Itaigara. Logo após a guarita ergue-se impoluto um edifício comercial. Isso é caso de impeachment e cadeia.
A reportagem está no: Blog do Alê