27 de janeiro de 2011
Falha de S. Paulo tenta desqualificar Fundação Perseu Abramo
O truque é velho. Quando o repórter já tem a matéria pronta, por encomenda de quem quer que seja, dá uma telefonada para o alvo atacado. O telefonema visa atender o critério de “ouvir as partes”. É apenas uma enrolação. Alguns incorporam algumas frases ao texto pré-fabricado, outros nem se dão ao trabalho e jogam o dito pelo telefone na lata de lixo.
Esse foi o comportamento do jornalista da Falha de S. Paulo que ligou para a Fundação Perseu Abramo. Eu sei porque fui jornalista por 35 anos. O jornalismo brasileiro alimenta este vício.
A respeito de matéria viciada publicada na Falha de S. Paulo, a Fundação Perseu Abramo deu a resposta através de seu portal na Internet (26/01/2011).
FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO RESPONDE À FOLHA. SEGUE O TEXTO:
Por Redação FPA
Em matéria publicada no dia 22/1, a Folha de S.Paulo mostra como não fazer jornalismo. Ao generalizar, desqualifica o trabalho das fundações partidárias e não trata com seriedade a questão do financiamento público eleitoral, assunto da pauta política brasileira.
Abaixo a carta enviada hoje por Zilah Abramo à ombudsman da Folha de S.Paulo:
À Suzana Singer
Ombudsman da Folha de S.Paulo
A Folha de S.Paulo publicou a matéria "Repasses para fundações partidárias crescem 50%" no dia 22, contendo ilações que atingem todas as fundações partidárias indiscriminadamente. O texto aponta para o desconhecimento da redação sobre a Lei 9.096/95 que regula a existência dessas fundações, o que é evidenciado no subtítulo "Sem fiscalização da Justiça Eleitoral, entidades receberão R$ 60,2 mi em 2011".
Generalizações como as que estão apresentadas na matéria são perigosas e não traduzem a realidade daqueles que levam seu trabalho a sério. A Fundação Perseu Abramo (FPA) é uma referência em modelo de gestão, tanto assim que teve aprovadas todas as prestações de contas apresentadas ao Ministério Público.
A Fundação foi criada em 1996 e é reconhecida nacional e internacionalmente como uma instituição que contribui para a reflexão sobre o Brasil, sobre a América Latina e sobre as principais questões mundiais.
Nos seus 15 anos de existência, mais de 700 intelectuais, além de dirigentes partidários e de movimentos sociais, no Brasil e no exterior, se expressaram por meio de algum projeto da FPA. Projetos esses voltados à formação política, à preservação da memória, à promoção da reflexão sobre o projeto de desenvolvimento para o Brasil, a consolidação e ampliação da democracia, a economia mundial, as relações internacionais e muito mais.
A FPA abriga a Escola Nacional de Formação do PT, já publicou 180 livros, edita as revistas Teoria e Debate e Perseu - História, memória e política, tem promovido seminários e debates sobre diferentes aspectos do projeto de desenvolvimento brasileiro, integração latino-americana e relações internacionais além de iniciativas de inclusão como a Biblioteca Digital.
As pesquisas nacionais realizadas são referência para a sociedade e para a formulação de políticas públicas. Mais de 30 mil brasileiros e brasileiras foram ouvidos nas pesquisas sobre a situação das mulheres, dos jovens, dos idosos, e sobre discriminação racial e diversidade sexual, entre outras.
O financiamento público eleitoral é o pano de fundo da matéria em questão, por sinal é um dos temas que estará na pauta da agenda política de 2011. A abordagem realizada pelo jornal de "uso indevido" do dinheiro público demonstra um padrão de generalização incompatível com um jornalismo que pretenda verdadeiramente informar os seus leitores.
Da mesma forma é inaceitável a afirmação de que a Fundação Perseu Abramo é presidida por um político derrotado em 2010. Nilmário Miranda assumiu a presidência da FPA em dezembro de 2008, por sua respeitável trajetória política como militante partidário, parlamentar e ministro de Estado. Tudo isso poderia ter sido facilmente verificado pelo jornalista junto à instituição, caso o objetivo da matéria fosse veicular as informações a partir de uma perspectiva plural e democrática.
As informações solicitadas (reproduzidas abaixo) foram prontamente fornecidas, porém nenhuma delas foi utilizada pelo jornal. Da mesma forma, para a elaboração da matéria, não foram ouvidos dirigentes da FPA e representantes do Ministério Público de São Paulo.
Zilah Abramo, presidente do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo. zabramo@uol.com.br
Reprodução duas mensagens eletrônicas enviadas ao jornalista Bernardo Mello Franco no dia 20/1/2011.
Bernardo,
seguem as informações:
1. Quantos funcionários tem a fundação?
Resposta - 30 funcionários
2. Além do fundo partidário, a FPA projeta outras receitas para 2011? De que origem e valor?
Resposta - Não temos montantes ainda, mas são recursos que serão vinculados a atividades (seminários, debates e/ou pesquisas)
a) Convênios - Serão assinados convênios com instituições nacionais e internacionais e fundações partidárias do Brasil e do Exterior;
b) multas eleitorais.
3. Quanto foi gasto em viagens em 2010? Com que finalidade?
Resposta - No momento por estar em processo de fechamento de balanço, não temos como informar o número de passagens emitidas e seu custo, contudo podemos adiantar que as viagens obedecem estritamente o caráter de viagens funcionais de dirigentes, conselheiros e demais profissionais envolvidos nas ações desenvolvidas pelas FPA discriminadas em respostas a outros questionamentos acima. Oportunamente poderemos enviar estes dados com precisão, até porque são públicos e examinados anualmente pelo Ministério Público de Fundações em cumprimento ao disposto no artigo 66 do Código Civil Brasileiro.
4. A FPA faz relatórios de gestão? Em caso positivo, pode nos enviar o último?
Relatório de gestão será elaborado e entregue ao Ministério Público em abril 2011, quando vence o prazo para essa apresentação.
5. Podemos ver a última prestação de contas anual?
Respostas - A última prestação de Contas anual - 2009 - está disponível no Ministério Público, via Curadoria de Fundações da Comarca de São Paulo, através do SICAP (Sistema de Cadastro prestação de Contas), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE.
Esse foi o comportamento do jornalista da Falha de S. Paulo que ligou para a Fundação Perseu Abramo. Eu sei porque fui jornalista por 35 anos. O jornalismo brasileiro alimenta este vício.
A respeito de matéria viciada publicada na Falha de S. Paulo, a Fundação Perseu Abramo deu a resposta através de seu portal na Internet (26/01/2011).
FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO RESPONDE À FOLHA. SEGUE O TEXTO:
Por Redação FPA
Em matéria publicada no dia 22/1, a Folha de S.Paulo mostra como não fazer jornalismo. Ao generalizar, desqualifica o trabalho das fundações partidárias e não trata com seriedade a questão do financiamento público eleitoral, assunto da pauta política brasileira.
Abaixo a carta enviada hoje por Zilah Abramo à ombudsman da Folha de S.Paulo:
À Suzana Singer
Ombudsman da Folha de S.Paulo
A Folha de S.Paulo publicou a matéria "Repasses para fundações partidárias crescem 50%" no dia 22, contendo ilações que atingem todas as fundações partidárias indiscriminadamente. O texto aponta para o desconhecimento da redação sobre a Lei 9.096/95 que regula a existência dessas fundações, o que é evidenciado no subtítulo "Sem fiscalização da Justiça Eleitoral, entidades receberão R$ 60,2 mi em 2011".
Generalizações como as que estão apresentadas na matéria são perigosas e não traduzem a realidade daqueles que levam seu trabalho a sério. A Fundação Perseu Abramo (FPA) é uma referência em modelo de gestão, tanto assim que teve aprovadas todas as prestações de contas apresentadas ao Ministério Público.
A Fundação foi criada em 1996 e é reconhecida nacional e internacionalmente como uma instituição que contribui para a reflexão sobre o Brasil, sobre a América Latina e sobre as principais questões mundiais.
Nos seus 15 anos de existência, mais de 700 intelectuais, além de dirigentes partidários e de movimentos sociais, no Brasil e no exterior, se expressaram por meio de algum projeto da FPA. Projetos esses voltados à formação política, à preservação da memória, à promoção da reflexão sobre o projeto de desenvolvimento para o Brasil, a consolidação e ampliação da democracia, a economia mundial, as relações internacionais e muito mais.
A FPA abriga a Escola Nacional de Formação do PT, já publicou 180 livros, edita as revistas Teoria e Debate e Perseu - História, memória e política, tem promovido seminários e debates sobre diferentes aspectos do projeto de desenvolvimento brasileiro, integração latino-americana e relações internacionais além de iniciativas de inclusão como a Biblioteca Digital.
As pesquisas nacionais realizadas são referência para a sociedade e para a formulação de políticas públicas. Mais de 30 mil brasileiros e brasileiras foram ouvidos nas pesquisas sobre a situação das mulheres, dos jovens, dos idosos, e sobre discriminação racial e diversidade sexual, entre outras.
O financiamento público eleitoral é o pano de fundo da matéria em questão, por sinal é um dos temas que estará na pauta da agenda política de 2011. A abordagem realizada pelo jornal de "uso indevido" do dinheiro público demonstra um padrão de generalização incompatível com um jornalismo que pretenda verdadeiramente informar os seus leitores.
Da mesma forma é inaceitável a afirmação de que a Fundação Perseu Abramo é presidida por um político derrotado em 2010. Nilmário Miranda assumiu a presidência da FPA em dezembro de 2008, por sua respeitável trajetória política como militante partidário, parlamentar e ministro de Estado. Tudo isso poderia ter sido facilmente verificado pelo jornalista junto à instituição, caso o objetivo da matéria fosse veicular as informações a partir de uma perspectiva plural e democrática.
As informações solicitadas (reproduzidas abaixo) foram prontamente fornecidas, porém nenhuma delas foi utilizada pelo jornal. Da mesma forma, para a elaboração da matéria, não foram ouvidos dirigentes da FPA e representantes do Ministério Público de São Paulo.
Zilah Abramo, presidente do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo. zabramo@uol.com.br
Reprodução duas mensagens eletrônicas enviadas ao jornalista Bernardo Mello Franco no dia 20/1/2011.
Bernardo,
seguem as informações:
1. Quantos funcionários tem a fundação?
Resposta - 30 funcionários
2. Além do fundo partidário, a FPA projeta outras receitas para 2011? De que origem e valor?
Resposta - Não temos montantes ainda, mas são recursos que serão vinculados a atividades (seminários, debates e/ou pesquisas)
a) Convênios - Serão assinados convênios com instituições nacionais e internacionais e fundações partidárias do Brasil e do Exterior;
b) multas eleitorais.
3. Quanto foi gasto em viagens em 2010? Com que finalidade?
Resposta - No momento por estar em processo de fechamento de balanço, não temos como informar o número de passagens emitidas e seu custo, contudo podemos adiantar que as viagens obedecem estritamente o caráter de viagens funcionais de dirigentes, conselheiros e demais profissionais envolvidos nas ações desenvolvidas pelas FPA discriminadas em respostas a outros questionamentos acima. Oportunamente poderemos enviar estes dados com precisão, até porque são públicos e examinados anualmente pelo Ministério Público de Fundações em cumprimento ao disposto no artigo 66 do Código Civil Brasileiro.
4. A FPA faz relatórios de gestão? Em caso positivo, pode nos enviar o último?
Relatório de gestão será elaborado e entregue ao Ministério Público em abril 2011, quando vence o prazo para essa apresentação.
5. Podemos ver a última prestação de contas anual?
Respostas - A última prestação de Contas anual - 2009 - está disponível no Ministério Público, via Curadoria de Fundações da Comarca de São Paulo, através do SICAP (Sistema de Cadastro prestação de Contas), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE.