18 de maio de 2010

 

Mau jornalismo se combate com bom jornalismo

A frase foi dita por Ibsen Pinheiro numa entrevista ao Valor. Ele lembrou também outra frase, do velho senador americano Hiram Johnsin: “Nas guerras, a primeira vítima é a verdade”. Então me lembrei do episódio dos “Anões do Orçamento”. A revista Veja, que faz jornalismo como quem faz guerra, onde a primeira vítima é a verdade, o acusou de participar do escândalo dos anões do orçamento. A capa foi violenta: “Até tu, Ibsen?”. Resultado: um Congresso acuado pelo PIG cassou o mandato parlamentar dele. Dez anos depois, o jornalista que fez a matéria retratou-se em outra revista (Istoé).

A reparação foi feita pela Justiça. O STF determinou o arquivamento definitivo do processo contra o ex-deputado, por falta de justa causa. Ibsen voltou à política, foi eleito vereador em Porto Alegre, depois deputado federal novamente. Mas não quer mais ser candidato. Ele acha que campanha eleitoral só pode ser feita com dinheiro dos doadores, e o voto fica sempre sob suspeição. A mídia demoniza a eleição.

Mas continua lúcido. Apesar de todos os defeitos, ele acha que só a Câmara Federal tem a virtude única da pluralidade, a representação de todos. E talvez aí resida a fraqueza da instituição. Por ser de todos, não é de ninguém, então muitos jogam pedras na Geni. Alguns por esperteza fazem a cobertura (jornalística) negativa da Câmara. “É preciso manter a Casa intimidada, porque ela é perigosa. As transformações no país nos últimos 150 anos ocorreram ali dentro”.

Acho que a revista Veja pensa como relata Ibsen Pinheiro. É preciso manter a Câmara Federal acuada, refém.

Comments:
A MÍDIA CONTRA LULA E O IRÃ
FAZEM CORO OU PRESTAM VASSALAGEM?

Blog do Zé
18-Mai-2010

Sem nenhum pudor nossa mídia continua sua cruzada contra o Irã. Até parece a FOX americana. Não importa que Israel tenha armas nucleares, que o Paquistão e a Índia não só tenham como para isso recebam apoio e assistência técnica dos Estados Unidos.

O que interessa é diminuir o acordo e o papel do presidente Lula. Para a imprensa brasileira o presidente da República tem que fracassar. Obrigatoriamente na concepção e torcida dela. É tudo muito pequeno e para fins internos e eleitoreiros.

Uma tristeza, uma mediocridade da imprensa e um papel lamentável o de muitos jornalistas que mentem descaradamente para o leitor, o telespectador e o ouvinte com a maior desfaçatez, escondendo fatos e realidades.

Fazem coro - ou prestam vassalagem? - ao pessimismo interessado e de oportunidade dos Estados Unidos e de parte dos países europeus. Por isso minimizam o apoio da China e da Rússia ao acordo. Que autoridade têm a diplomacia e a política de defesa dos Estados Unidos para afirmar que o Irã tem isso ou fará aquilo, depois da mentira que impuseram às Nações Unidas e ao mundo, a todos os governos, sobre o arsenal de armas de destruição em massa do Iraque, de Saddam Hussein?

A mentira do arsenal de destruição em massa

Ou será que já nos esquecemos desse fato que envergonha até hoje o povo norte-americano? Do arsenal não existia coisa nenhuma. Anos e anos depois, o próprio presidente George W.Bush (seu governo) que inventara a mentira foi obrigado a se desmentir.

Sobre Israel - Tel-Aviv dizia não acreditar no acordo e agora diz "duvidar" que o Irã o cumpra - com suas posições encontrando amplo respaldo e espaço em nossa mídia, só podemos chegar a uma conclusão: não está interessado numa solução que garanta o programa nuclear iraniano sob controle internacional e que tenha fins pacíficos.

Seu objetivo é impedir que o Irã se transforme numa potência econômica e militar na região que Israel hoje controla e faz o que quer.
 
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