22 de fevereiro de 2010

 

O cenário está mais para a vitória de Dilma Roussef revela CNT/Sensus

A centésima pesquisa de opinião pública divulgada pela CNT/Sensus (em 02/02/2010), além da sondagem das intenções de voto que determina as manchetes, revela um cenário favorável à candidatura Dilma Roussef.

Quem primeiro tratou do tema, explorando as informações da opinião popular sobre as instituições, foi Raymundo Costa (Valor Econômico), e depois o cientista político, professor da FGV/SP, Cláudio Gonçalves Couto, retomou o assunto. A certa altura ele afirma: “(...)o país parece que está superando o complexo de vira-latas a que se referia Nelson Rodrigues (...)este bom-humor tende a ser favorável ao governo no próximo pleito”.

A 100ª pesquisa CNT/Sensus – além de revelar um “inédito empate técnico entre a candidata governista e o principal postulante da oposição” – revelou o aumento de confiança do povo brasileiro nas instituições, a exemplo do governo, forças armadas, imprensa, justiça, polícia, serviço público. Apenas o Congresso Nacional atravessa o inferno astral, mas não é meu assunto aqui.

O campeão da melhora é o governo (aumento de confiança em 21,8%), o que é mais fácil de entender diante da popularidade do Governo Lula. Em seguida vêm as forças armadas (aumento na confiança de 18,4%) e a polícia (aumento de 13,7%). Até a confiança na imprensa aumentou (9,7%), o serviço público (8,5%) e a justiça (7,7%). O Congresso Nacional caiu 4,6% e todos sabemos o porquê da desconfiança popular.

Como analisa o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, partindo da premissa de que a percepção popular é um bom mensurador, pode-se concluir que nos últimos dez anos nossas instituições têm melhorado em desempenho. Um exemplo: em abril de 2006 nada menos que 51,6% achavam os serviços públicos ruins, agora somente 37,8% têm essa avaliação.

E por que o “complexo de vira-latas” rodriguiano está sendo superado?

Porque 48% afirmam que a satisfação com o país está crescendo, contra 15% em março de 1998. Assim como 52,8% dizem que o orgulho de ser brasileiro está aumentando, contra 26%em setembro de 1998.

O cientista político considera o dado impressionante, já que a “satisfação com o país mais do que triplicou e o orgulho nacional dobrou”.

Então vem a conclusão que me deu certeza da vitória de Dilma Roussef:

“Voltando à questão eleitoral, este “bom-humor” com o país tende a ser favorável ao governo no próximo pleito, pois as críticas mais ácidas dos opositores tendem a ser percebidas como um antipático discurso de estraga-prazeres num momento em que o país se reconcilia consigo mesmo”.

No popular, este é o fundamento do “quem bate, perde”.

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