Bahia de Fato

Em aparte ao deputado Bernardo Ariston (PT), hoje à tarde (02/06/09), o deputado federal Emiliano José (PT-BA) afirmou que a questão da CPI da Petrobras é essencialmente política. Ele chegou a ser aplaudido duas vezes no plenário da Câmara. A Petrobras alcançou no Governo Lula extraordinário patamar em função de políticas claras e estabelecidas para torná-la uma das maiores empresas do mundo e em favor dos interesses do Brasil. Contrariamente ao governo passado, de FHC, que fez tudo para privatizar a Petrobras, a tal ponto que chegou a inventar o nome Petrobrax.

“Fernando Henrique queria mudar o nome, porque sabia perfeitamente da carga profunda no imaginário popular que tem a Petrobras (palmas). Ele queria transformá-la em Petrobrax para leiloá-la na bacia das almas do mercado internacional. Era isso que estava claramente planejado e que havia sido dito claramente”.

Emiliano continuou: “Por isso é uma questão política que estamos enfrentando. Não estamos aqui para discutir o lado técnico das coisas, estamos discutindo modelos. E jabuti não sobe em árvore. O que fizeram agora, a CPI, tem um claro objetivo. Ela não surge ao acaso, não surge neste momento aleatoriamente. Surge no momento do pré-sal, e surge no momento em que o Governo discute um novo marco regulatório para essa exploração. É exatamente isso o que está em jogo. São interesses muito profundos, interesses do País que estão sendo solapados efetivamente por esta CPI, ou tentam solapar os interesses do País com essa CPI, porque ela não tem outro objetivo senão conturbar a existência de um novo marco regulatório”.

E Emiliano disse mais: “Tenho a convicção de que, de fato, vamos seguir adiante, por força das mobilizações, mais até do que de nossa atuação, dos parlamentares. Será por força da mobilização da sociedade brasileira, que já começou. Não adianta. Não tentem destruir a PETROBRAS, porque o povo brasileiro reage. (Palmas.) O Governo passado já entendeu isso. Quando o Governo lá de trás tentou destruir a PETROBRAS, o povo foi para as ruas, e tiveram que recuar até na mudança do nome. Não adianta. Vamos seguir adiante, porque o povo brasileiro quer assim”.