27 de maio de 2009
Lula virou o jogo das vaias em Cachoeira
No palanque de Cachoeira (BA) estavam Geddel Vieira Lima (PMDB), o governador Jaques Wagner (PT), o senador César Borges (PR) e o prefeito da cidade, Tato, além do presidente Lula e convidados. Os estudantes vaiavam.
Mas, não era propriamente um protesto. Era um movimento de reivindicação. As faixas diziam “Construir residências já”; “Biblioteca digna”; “Estudante autodidata não dá” e “Precisamos de professor”. Também tinha uma que dizia “Presidente, seremos futuros médicos desse país! Ajude-nos. Estudantes de Medicina da UEFS”. E ainda uma outra “Queremos falar”.
As fotos não mentem. O jornal A Tarde (26/05) deu a manchete: “Protestos marcam visita do presidente Lula a Cachoeira”. Entretanto, as faixas não eram de protesto contra ninguém. Apenas faziam reivindicações. O próprio jornalista Biaggio Talento, da Agência de Notícias A Tarde, explicava no texto: “Lula conseguiu contornar as críticas com seu estilo insuperável em palanques. Lula lembrou que um dos imóveis restaurados tinha sido reservado para sediar o campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. “Pesquisem e vejam se existiu algum governo que fez 50% do que eu fiz”, disse Lula, causando delírio na platéia.
Dirigindo-se aos manifestantes Lula os chamou de “companheiros”, disse que viu as queixas nas faixas. O apresentador convidou os estudantes a subirem ao palanque. Se isso é “protesto”, não sei mais o que é protesto.
No dia seguinte (27/05) o colunista do Tempo Presente de A Tarde, Levi Vasconcelos, publicou uma nota: “O dono da vaia”. Dizia ele que “o interminável cardápio de disputas entre Wagner e Geddel ganhou mais um ingrediente. Partidários dos dois tentam creditar um ao outro as vaias de anteontem em Cachoeira, na presença de Lula. Houve quem dissesse que foi para Geddel, por ter ele expulsado do PMDB o prefeito Tato, que se reelegeu com 85% dos votos. Mas jornalistas dizem que, com maior ou menos intensidade, o povo vaiou Wagner, Geddel, o prefeito e o senador César Borges. Só escapou Lula”.
Eu me lembrei do ex-governador Waldir Pires. Diante de uma platéia de estudantes que vaiavam ele se admirava: “Mas que beleza, só numa democracia as pessoas podem vaiar à vontade”.
Mas, não era propriamente um protesto. Era um movimento de reivindicação. As faixas diziam “Construir residências já”; “Biblioteca digna”; “Estudante autodidata não dá” e “Precisamos de professor”. Também tinha uma que dizia “Presidente, seremos futuros médicos desse país! Ajude-nos. Estudantes de Medicina da UEFS”. E ainda uma outra “Queremos falar”.
As fotos não mentem. O jornal A Tarde (26/05) deu a manchete: “Protestos marcam visita do presidente Lula a Cachoeira”. Entretanto, as faixas não eram de protesto contra ninguém. Apenas faziam reivindicações. O próprio jornalista Biaggio Talento, da Agência de Notícias A Tarde, explicava no texto: “Lula conseguiu contornar as críticas com seu estilo insuperável em palanques. Lula lembrou que um dos imóveis restaurados tinha sido reservado para sediar o campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. “Pesquisem e vejam se existiu algum governo que fez 50% do que eu fiz”, disse Lula, causando delírio na platéia.
Dirigindo-se aos manifestantes Lula os chamou de “companheiros”, disse que viu as queixas nas faixas. O apresentador convidou os estudantes a subirem ao palanque. Se isso é “protesto”, não sei mais o que é protesto.
No dia seguinte (27/05) o colunista do Tempo Presente de A Tarde, Levi Vasconcelos, publicou uma nota: “O dono da vaia”. Dizia ele que “o interminável cardápio de disputas entre Wagner e Geddel ganhou mais um ingrediente. Partidários dos dois tentam creditar um ao outro as vaias de anteontem em Cachoeira, na presença de Lula. Houve quem dissesse que foi para Geddel, por ter ele expulsado do PMDB o prefeito Tato, que se reelegeu com 85% dos votos. Mas jornalistas dizem que, com maior ou menos intensidade, o povo vaiou Wagner, Geddel, o prefeito e o senador César Borges. Só escapou Lula”.
Eu me lembrei do ex-governador Waldir Pires. Diante de uma platéia de estudantes que vaiavam ele se admirava: “Mas que beleza, só numa democracia as pessoas podem vaiar à vontade”.