20 de abril de 2009

 

Assessor especial da Petrobras reage à máquina de moer reputações

Está no jornal A Tarde (20.04.2009). O ex-Gerente Regional de Comunicações, Rosemberg Pinto, atual assessor da presidência da Petrobras, reagiu às manipulações políticas divulgadas pela máquina de moer reputações em que se tornou a mídia. Não há patrocínio com critério político para festas juninas.

Segundo matéria publicada em A Tarde (20.04.2009), intitulada “Assessor especial contesta acusação”, Rosemberg Pinto lamentou que decisões técnicas que visam a fazer propaganda da marca Petrobras estejam sendo tratadas de forma “política”.

Rosemberg Pinto afirmou que ele vai tomar a iniciativa de procurar o Ministério Público Estadual da Bahia que abriu inquérito para apurar denúncias sobre o repasse de verbas da Petrobras para ONGs dirigidas por militantes do PT.

Obviamente, negou a acusação feita por prefeitos não identificados segundo a qual ele teria proposto patrocínio para festas juninas com imposição de contratação de empresas para a montagem do arraial junino.

“Desde julho de 2008 (quando foi transferido da Bahia para o Rio) não recebo ninguém na Petrobras para tratar de patrocínio. Nunca recebi representantes da ST para discutir festas de São João”, declarou. “Desafio um prefeito a provar que o recebi para fazer essa intermediação”.

Rosemberg Pinto também negou que, no ano passado, quando ainda exercia o cargo de gerente regional de Comunicação Institucional da Petrobras para o Nordeste, tenha favorecido prefeituras petistas baianas na repartição dos R$ 2,96 milhões do patrocínio junino.

AÇÃO SUPRAPARTIDÁRIA

“Das 44 cidades que receberam patrocínio, oito são do PT, 11 do DEM, cinco do PSDB e cinco do PMDB, entre outros, ou seja, não há privilégio, o critério de escolha é técnico, baseado no potencial de exposição da marca da Petrobras nos locais das festas”, disse.

Citou o exemplo da cidade de Cruz das Almas, famosa pela tradicional e perigosa guerra de espadas, onde a Petrobras no ano passado investiu R$ 80 mil e teve a marca exposta em todo o País pelo fato de a TV Globo ter coberto a festa.

“Temos pesquisas que indicam um retorno de exposição na mídia quatro vezes maior que os recursos investidos nos festejos de São João da Bahia, portanto, o critério de definição do patrocínio é eminentemente técnico, como se faz com os 900 patrocínios que a Petrobras tem em todas as áreas”.

O assessor não vê nada de mais no fato de ONGs controladas por petistas serem intermediárias das verbas de patrocínio da estatal. “Não pertencem ao PT, agora se seus diretores são filiadas ao partido. Qual o problema? Trabalhamos também com entidades cujos diretores são do DEM ou do PMDB”, disse, sem indicar quais.

Rosemberg não soube ou não quis dizer quem estaria por trás das denúncias que tentam enfraquecê-lo politicamente e, quando indagado se essa ação não poderia ser em função de sua candidatura a deputado estadual em 2010, teve a mesma reação do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, cotado para ser candidato ao Senado pelo PT, que negou a candidatura.

Ele se mostrou irritado com as acusações da deputada estadual Virgínia Hage (PMDB), que fez um discurso duro contra Rosemberg na Assembleia Legislativa e sugeriu que fosse instalada uma CPI para investigar a atuação do assessor junto às prefeituras interioranas.

“Ela está criticando os patrocínios agora, mas a Petrobras patrocinou o São João nos quatro anos que o pai dela Michel Hage (PMDB) foi prefeito em Itapetinga. Se houvesse coisa escusa, o pai dela teria rejeitado”, ironizou. (Colaborou Levi Vasconcelos).

Comments:
Muito bem articulado artigo/conteúdo e título. "Máquina de moer reputações", excelente!

Oldack, vc escreve muito bem. Conciso, pragmático, certa ironia, às vezes, e só pega na jugular!

BAHIA DE FATO, sempre!
 
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