18 de março de 2009
Ator baiano estreia “O Homem da Tarja Preta” em São Paulo
Para mim, que vi Ricardo Bittencourt crescer em Salvador, abandonar os estudos de Engenharia e optar pelos caminhos do teatro, foi uma grande alegria vê-lo fotografado na “Ilustrada” da Folha de S. Paulo (18.03.09). São 19h. Dentro de mais duras horas, no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, ele estréia (para convidados) “O Homem da Tarja Preta”, um monólogo da autoria do dramaturgo Contardo Calligaris.
O ator baiano Ricardo Bittencourt interpreta Ricardo, um sujeito comum com suas angústias e desejos. O personagem é casado, pai de dois filhos, “e costuma virar noites no escritório de casa conectando-se a chats em que assume máscaras femininas para dar vazão a desejos represados”. Ao longo da madrugada insone – informa o texto de Lucas Neves da Ilustrada – em que transcorre a ação, o personagem retraça seu histórico sexual e tenta montar o quebra-cabeça da própria libido. Lembranças das explicações dadas por analistas para suas taras pontuam o testemunho, no que parece uma longa sessão de psicanálise.
Para Calligaris – continua a Ilustrada – a orientação sexual de Ricardo (o personagem) importa menos do que a sua dúvida quanto ao que seja a real masculinidade, o papel que se espera que um homem desempenhe. “No fundo, a sua vontade é viver normalmente com a mulher e filhos. Ele se força a ser a puta da Internet para ser alguém, ter uma segunda identidade, precisa dessa coisa louca. Seu apelido no chat é CrossDresserPutaSubSP".
A direção é de Beth Coelho. Daqui de Salvador desejo sucesso, Ricardo. E que passe logo a temporada paulista para a peça chegar à Bahia. Vou ligar para D. Urânia, a mãe de Ricardo (o ator), e perguntar para ela: “Viu Ricardo vestido de mulher e todo borrado de batom?”. Vai ser o diabo.
Você pode achar que estou de birra com a Folha de S. Paulo, mas a matéria da Ilustrada fala o tempo todo do autor da peça, Calligaris, que faz parte da equipe do jornal. Não dá uma notinha sobre a baianidade de Bittencourt, de seu rico currículo como ator, inclusive integrante da última obra teatral de Zé Celso Martinez “Os Sertões”. Quem sabe a informação saia em outra edição.
O ator baiano Ricardo Bittencourt interpreta Ricardo, um sujeito comum com suas angústias e desejos. O personagem é casado, pai de dois filhos, “e costuma virar noites no escritório de casa conectando-se a chats em que assume máscaras femininas para dar vazão a desejos represados”. Ao longo da madrugada insone – informa o texto de Lucas Neves da Ilustrada – em que transcorre a ação, o personagem retraça seu histórico sexual e tenta montar o quebra-cabeça da própria libido. Lembranças das explicações dadas por analistas para suas taras pontuam o testemunho, no que parece uma longa sessão de psicanálise.
Para Calligaris – continua a Ilustrada – a orientação sexual de Ricardo (o personagem) importa menos do que a sua dúvida quanto ao que seja a real masculinidade, o papel que se espera que um homem desempenhe. “No fundo, a sua vontade é viver normalmente com a mulher e filhos. Ele se força a ser a puta da Internet para ser alguém, ter uma segunda identidade, precisa dessa coisa louca. Seu apelido no chat é CrossDresserPutaSubSP".
A direção é de Beth Coelho. Daqui de Salvador desejo sucesso, Ricardo. E que passe logo a temporada paulista para a peça chegar à Bahia. Vou ligar para D. Urânia, a mãe de Ricardo (o ator), e perguntar para ela: “Viu Ricardo vestido de mulher e todo borrado de batom?”. Vai ser o diabo.
Você pode achar que estou de birra com a Folha de S. Paulo, mas a matéria da Ilustrada fala o tempo todo do autor da peça, Calligaris, que faz parte da equipe do jornal. Não dá uma notinha sobre a baianidade de Bittencourt, de seu rico currículo como ator, inclusive integrante da última obra teatral de Zé Celso Martinez “Os Sertões”. Quem sabe a informação saia em outra edição.