10 de setembro de 2008

 

Universidades adotam cotas para periferia e interior

A Universidade de Brasília e a Universidade Federal de Pernambuco saíram na frente. Depois de justas cotas para negros, índios e alunos originados de escolas públicas, as duas universidades adotaram cotas para quem estudou no interior ou na periferia.

É mais um avanço rumo à democratização real no acesso ao ensino superior. Estudantes que cursaram o ensino médio em pequenas cidades do semi-árido baiano ou que estudaram nos bairros Liberdade, Cajazeiras ou Pau da Lima, em Salvador poderiam estar com acesso facilitado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual da Bahia (UNEB). É uma questão de justiça social.

É o reconhecimento de que as camadas pobres moram nos bairros da periferia. No caso da Universidade de Brasília, estudantes das cidades-satélites recebem mais pontos nas questões do vestibular. O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, professor aposentado da Universidade de Brasília, Walter Costa Porto, não vê ilegalidade no chamado "Bônus territorial". A universidade tem autonomia. O reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Amaro Lins, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) defende o incentivo nos campus de Caruaru e Santo Antão, onde o sistema começou desde 2006.


É simples. Se existe a decisão de interiorizar o desenvolvimento, é preciso tratar os desiguais de forma desigual. A proposta está pegando. Moradores de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano já reclamam vagas da nova Universidade Federal do Grande ABC, cujas vagas estão sendo preenchidas por estudantes da capital.

A desigualdade territorial existe em todo o país. Discriminação positiva tem tudo a ver com inclusão social. É o que vai permitir que mais alunos pobres possam sonhar com a Universidade de Brasília, por exemplo.

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