8 de julho de 2008
A imprensa baiana tropeça na cobertura da II Conferência Estadual dos Idosos
Hoje à noite (terça, 8 de julho), às 19h, o governador Jaques Wagner abre os trabalhos da II Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, no Centro de Convenções da Bahia. Os debates vão se prolongar até quinta-feira (10) e envolvem cerca de 400 pessoas: 150 delegados eleitos nas 17 conferências territoriais realizadas, 150 convidados e pelo menos 100 observadores.
Hoje, terça (8), pela manhã, a Secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Marília Muricy, convocou entrevista coletiva para falar da II Conferência Estadual e colocar à disposição da imprensa os convidados, entre eles o presidente Nacional do Conselho da Pessoa Idosa, Paulo Roberto Ramos, e o Sub-Secretário da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Perly Cipriano.
Fui lá. Mas foi uma decepção. A imprensa escrita da Bahia não apareceu. Os radialistas nada. A TV Band compareceu com uma pauta velha, assunto abordado no dia 2 de junho, sobre uma suposta regalia a um preso dentro de uma cela na Penitenciária Lemos de Brito. A TV-E entrevistou Perly Cipriano no estúdio. A TV Itapoan da Rede Record chegou atrasada, mas, pelo menos a repórter se interessou pelo importante evento. Mais nada.
Minha esperança é que, com a presença do governador Wagner, a imprensa se interesse pelo assunto. Apesar do Estatuto do Idoso, da adesão do Brasil às convenções internacionais, de ótimas leis e da prioridade dada ao assunto pelo Governo Lula, o cenário dos direitos dos idosos continua grave. Até o benefício de um salário mínimo, assegurado pela Previdência Social, está tendo um efeito negativo entre muitas famílias. Parentes maltratam os velhos, interessados no dinheiro que eles representam. A sociedade brasileira ainda não se deu conta que o envelhecimento com dignidade é um direito fundamental. Nem a sociedade, nem a mídia, pelo visto.
Na coletiva, encontrei Gilson Costa que, do alto de seus 80 anos e sete meses, como presidente da Casa do Aposentado, fez uma lúcida preleção sobre os direitos do idoso que não estão sendo respeitados em sua plenitude, principalmente nas áreas do transporte e da saúde. Tem motorista de ônibus que se faz de cego quando tem idoso no ponto. Tem jovem que se recusa a ceder o assento no ônibus. Também estavam a postos os coordenadores Márcia Misi e Fred Fernandes, da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. É comovente a garra com que esse pessoal enfrenta a missão de efetivar os direitos dos idosos na Bahia. É decepcionante a insensibilidade da imprensa para o tema.
Quando se trata de manchetar escândalos a mídia funciona, quando se trata de divulgar experiências exitosas a mídia se cala.
Hoje, terça (8), pela manhã, a Secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Marília Muricy, convocou entrevista coletiva para falar da II Conferência Estadual e colocar à disposição da imprensa os convidados, entre eles o presidente Nacional do Conselho da Pessoa Idosa, Paulo Roberto Ramos, e o Sub-Secretário da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Perly Cipriano.
Fui lá. Mas foi uma decepção. A imprensa escrita da Bahia não apareceu. Os radialistas nada. A TV Band compareceu com uma pauta velha, assunto abordado no dia 2 de junho, sobre uma suposta regalia a um preso dentro de uma cela na Penitenciária Lemos de Brito. A TV-E entrevistou Perly Cipriano no estúdio. A TV Itapoan da Rede Record chegou atrasada, mas, pelo menos a repórter se interessou pelo importante evento. Mais nada.
Minha esperança é que, com a presença do governador Wagner, a imprensa se interesse pelo assunto. Apesar do Estatuto do Idoso, da adesão do Brasil às convenções internacionais, de ótimas leis e da prioridade dada ao assunto pelo Governo Lula, o cenário dos direitos dos idosos continua grave. Até o benefício de um salário mínimo, assegurado pela Previdência Social, está tendo um efeito negativo entre muitas famílias. Parentes maltratam os velhos, interessados no dinheiro que eles representam. A sociedade brasileira ainda não se deu conta que o envelhecimento com dignidade é um direito fundamental. Nem a sociedade, nem a mídia, pelo visto.
Na coletiva, encontrei Gilson Costa que, do alto de seus 80 anos e sete meses, como presidente da Casa do Aposentado, fez uma lúcida preleção sobre os direitos do idoso que não estão sendo respeitados em sua plenitude, principalmente nas áreas do transporte e da saúde. Tem motorista de ônibus que se faz de cego quando tem idoso no ponto. Tem jovem que se recusa a ceder o assento no ônibus. Também estavam a postos os coordenadores Márcia Misi e Fred Fernandes, da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. É comovente a garra com que esse pessoal enfrenta a missão de efetivar os direitos dos idosos na Bahia. É decepcionante a insensibilidade da imprensa para o tema.
Quando se trata de manchetar escândalos a mídia funciona, quando se trata de divulgar experiências exitosas a mídia se cala.