23 de abril de 2008
Joca, o pena de aço, adora uma polêmica
João Carlos Teixeira Gomes, Joca para a redação do Jornal da Bahia, de honrosa memória na luta contra o tiranete de província Antônio Carlos Magalhães, de ingrata memória, parece viver de refregas editoriais, mesmo em final-de-carreira, auto-exilado no Rio de Janeiro. Dia 15 de abril, no jornal A Tarde, disparou sua conhecida metralhadora giratória contra o professor, doutor, escritor e jornalista Emiliano José.
Sobrou também para o cientista político Fábio Dantas, desconhecido para Joca, que anda desatualizado, mas bastante conhecido para os meios políticos, culturais, intelectuais e universitários da Bahia, inclusive com muita freqüência presente na mídia.Tudo porque os dois afirmaram que o Jornal da Bahia transigiu com a ditadura militar, no auge do radicalismo criminoso de Médici.
É tudo verdade. O Jornal da Bahia transigiu mesmo, em determinados momentos, com a ditadura militar. Houve momentos em que combatia o tiranete de província, o falecido ACM, mas elogiava o ditador-presidente, em cujo desgoverno ocorreu a maior parte dos assassinatos no porões dos quartéis.
Nunca pensei que Emiliano José se dignasse a responder às bobagens de João Carlos Teixeira Gomes. Mas é duro ser citado em artigo e não responder. "Ao Joca, com Carinho" é o título da elegante resposta de Emiliano José ao desequilibrado Joca, um dos grandes nomes do jornalismo baiano.
O artigo de Emiliano saiu em A Tarde (21/04/08). Não se pode apagar, reescrever a história. Os exemplares do Jornal da Bahia estão lá na Biblioteca Pública dos Barris para quem quiser consultar.
O interessante é que, conforme ressalta Emiliano José "o próprio João Carlos Teixeira Gomes, em seu texto, confessa esse fato ao dizer que o jornal não podia combater em duas frentes". Realmente, em várias ocasiões, o Jornal da Bahia enfrentou os militares. Foi perseguido porque defendia as reformas de base de João Goulart, irritava os coronéis com seus textos incendiários, exibiu as fotos do capitão Lamarca assassinado pelos militares no sertão da Bahia. Como Diretor de Redação, João Carlos Teixeira Gomes chegou a a responder processo nos tribunais da ditadura. Ainda assim, o Jornal da Bahia transigiu com a ditadura, por impossibilidade, medo ou estratégia de sobrevivência.
Não há desmemoriados, como cutuca Joca. Eu estava lá, dentro da redação. Como Emiliano José, eu, Dalton Godinho e muitos outros militantes ex-presos políticos fomos recebidos nas redações da Tribuna da Bahia e do Jornal da Bahia, por solidariedade política. Isso ninguém pode apagar. Joca, o pena de aço, adora uma polêmica. Durante uma vida, combateu ACM. Passada a refrega, ensaiou combater Lula. Não encontrou eco na sociedade. Agora, se volta contra Emiliano José e Fábio Dantas. De resto, os exemplares do Jornal da Bahia sempre estarão lá, na Biblioteca Central, para consulta dos interessados. Não há como apagar a história do jornalismo.
LEIA ARTIGO DE EMILIANO
Sobrou também para o cientista político Fábio Dantas, desconhecido para Joca, que anda desatualizado, mas bastante conhecido para os meios políticos, culturais, intelectuais e universitários da Bahia, inclusive com muita freqüência presente na mídia.Tudo porque os dois afirmaram que o Jornal da Bahia transigiu com a ditadura militar, no auge do radicalismo criminoso de Médici.
É tudo verdade. O Jornal da Bahia transigiu mesmo, em determinados momentos, com a ditadura militar. Houve momentos em que combatia o tiranete de província, o falecido ACM, mas elogiava o ditador-presidente, em cujo desgoverno ocorreu a maior parte dos assassinatos no porões dos quartéis.
Nunca pensei que Emiliano José se dignasse a responder às bobagens de João Carlos Teixeira Gomes. Mas é duro ser citado em artigo e não responder. "Ao Joca, com Carinho" é o título da elegante resposta de Emiliano José ao desequilibrado Joca, um dos grandes nomes do jornalismo baiano.
O artigo de Emiliano saiu em A Tarde (21/04/08). Não se pode apagar, reescrever a história. Os exemplares do Jornal da Bahia estão lá na Biblioteca Pública dos Barris para quem quiser consultar.
O interessante é que, conforme ressalta Emiliano José "o próprio João Carlos Teixeira Gomes, em seu texto, confessa esse fato ao dizer que o jornal não podia combater em duas frentes". Realmente, em várias ocasiões, o Jornal da Bahia enfrentou os militares. Foi perseguido porque defendia as reformas de base de João Goulart, irritava os coronéis com seus textos incendiários, exibiu as fotos do capitão Lamarca assassinado pelos militares no sertão da Bahia. Como Diretor de Redação, João Carlos Teixeira Gomes chegou a a responder processo nos tribunais da ditadura. Ainda assim, o Jornal da Bahia transigiu com a ditadura, por impossibilidade, medo ou estratégia de sobrevivência.
Não há desmemoriados, como cutuca Joca. Eu estava lá, dentro da redação. Como Emiliano José, eu, Dalton Godinho e muitos outros militantes ex-presos políticos fomos recebidos nas redações da Tribuna da Bahia e do Jornal da Bahia, por solidariedade política. Isso ninguém pode apagar. Joca, o pena de aço, adora uma polêmica. Durante uma vida, combateu ACM. Passada a refrega, ensaiou combater Lula. Não encontrou eco na sociedade. Agora, se volta contra Emiliano José e Fábio Dantas. De resto, os exemplares do Jornal da Bahia sempre estarão lá, na Biblioteca Central, para consulta dos interessados. Não há como apagar a história do jornalismo.
LEIA ARTIGO DE EMILIANO