5 de janeiro de 2008

 

A oposição ao governo Lula e o Senado chafurdam na lama

A oposição ao governo Lula, formada pelo PSDB, DEM, PPS e outros partidos satélites, começa o ano de 2008 sob o forte risco de pagar a conta política da perda de R$ 40 bilhões da CPMF destinados aos programs sociais. Será alto o custo político pois será dela a responsabilidade pelos eventuais cortes nos programas sociais e posíveis desacertos na economia. É justo que o governo esclareça a população.

A trapaça da oposição deveria ser motivo de uma campanha publicitária.

A derrubada da CPMF pelo Senado afunda mais ainda a imagem da instituição que já vinha chafurdando na lama desde a violação do painel pelo falecido senador ACM e mergulhou de vez na merda durante o caso Renan Calheiros. O Congresso Nacional falhou, em 2007, na sua missão de resgatar sua imagem desgastada na opinião pública - é a instituição com pior índice de avaliação.

Faltam ainda três anos para a atual legislatura terminar. A avaliação negativa será superada se pelo menos três pendências forem respondidas. O combate à violência, a moralização da vida pública e as reformas tributária e política. Dificilmente será feito.

A oposição não ajuda em nada porque aproximam-se as eleições de 2008 e 2010. A oposição, mesmo prejudicando a população pobre do país, decidiu endurecer o jogo. Vai obstruir as votações das matérias fundamentais, utilizando-se de requerimentos que abarrotam a pauta de votação, simples recursos regimentais que adiam o processo legislativo.

O trágico no Poder Legislativo é que os governadores perderam influência sobre suas bancadas no Senado. A decisão de derrubar a CPMF, sem apresentação de uma alternativa, foi a coisa mais irresponsável do mundo, capaz de prejudicar não somente o governo Lula, mas, também os governos tucanos de Minas Gerais e São Paulo, o combate à lavagem de dinheiro e à sonegação fiscal.

Ficou a impressão que o PSDB, o DEM, o PPS e demais partidos satélites representam os intereses dos sonegadores fiscais cercados pelas operações da Receita Federal, da Polícia Federal e do Ministério Público, baseadas todas elas no controle da movimentação financeira gerada pela CPMF. A decisão impensada de extinguir a CPMF comprometeu de certa forma, pelo menos por algum tempo, a verdadeira Operação Mãos Limpas que tem levado criminosos de colarinho branco à prisão.

A oposição - PSDB, DEM, PPS e demais partidos satélites - abandonou a ética da responsabilidade, partiu para o quanto pior melhor, o tudo ou nada pela conquista do poder. Apesar da visibilidade que ganhou na grande imprensa, a curto prazo a oposição vai pagar caro pela rejeição da CPMF. Passou a ser responsável pelas ameaças de aumento da taxa de juros, volta da inflação, falta de recursos para os programas sociais e de distribuição de renda e até pelo adiamento no aumento dos servidores.

Com essa oposição, coitado do povo brasileiro.

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