26 de dezembro de 2007

 

O bispo de Barra rasgou a fantasia católica

Há católicos e católicos. Há os que seguem os preceitos da Santa Madre Igreja e aceitam a doutrina da caridade, do amor ao próximo praticada por Jesus Cristo. E há os que renegam a doutrina e consideram esmola um mal em si, não um gesto de caridade.

Não sei onde o bispo de Barra dom Cappio se encaixa. Ele condena a esmola, ao qualificar, equivocadamente, o programa Bolsa-Família de esmola. O Bolsa-Família, resultante da fusão de vários programas de transferência de renda, como Bolsa Escola e Vale Gás, atingiu 11 milhões de famílias carentes no Brasil, um quarto da população em quatro anos.

De programa exclusivamente de combate à fome, transformou-se em estratégia de desenvolvimento com distribuição de renda, redundando na inclusão social de milhões de pessoas.

O Governo Lula, esperança do povo brasileiro, não da esperança do bispo da greve de fome, gastou - com justiça - R$ 9 bilhões com o programa. Em 2008 vai gastar R$ 10,5 bilhões. Não vou nem entrar no mérito do debate. O que sei é que, até que as mentes iluminadas dos padres, bispos, cardeais, sociólogos, economistas, jornalistas, funcionários públicos e burocratas de todo tipo descubram “as portas de saída” para os beneficiários, o programa Bolsa-Família persistirá.

Essa é a diferença. Antes de Lula, a esperança do povo, os burocratas, jornalistas e políticos debatiam as “formas” de combate à fome com o povo passando fome. Depois de Lula, os burocratas e políticos debatem eternamente as “saídas” com os pobres protegidos da fome.

Os oportunistas de plantão sempre evocam desvios, falhas, fraudes, erros como munição para combater a rede de proteção social construída pelo Governo Lula. Mesmo com falhas, mais de 12 milhões de crianças cumprem a regra de freqüentar 85% das aulas. Comem e estudam. O Bolsa-Família foi o principal fator para melhoria dos indicadores sociais. Nem a mídia conservadora consegue mais disfarçar a verdade.

E depois vem o bispo de Barra, sabe-se lá com que interesse, rancoroso, doentio, afirmar que o Bolsa-Família é uma esmola ao povo brasileiro. O bispo mente e sabe que mente, o pecado não é venial, o pecado é mortal.

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