16 de janeiro de 2008
Ex-ministro lança em Salvador coletânea sobre idosos no Brasil
Com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) e da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, o vice-presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda, apresenta segunda-feira (21), às 15hs, no auditório da Secretaria do Trabalho, Renda e Esporte SETRE) a obra “Idosos no Brasil: Vivências, desafios e expectativas na terceira idade”, coletânea de textos produzidos por cientistas comprometidos com o estudo dos fenômenos da velhice e do envelhecimento e com a atenção aos idosos nos domínios do bem-estar psicológico, social e da saúde.
Nilmário Miranda, ex-ministro da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, ressalta que a coletânea reúne 16 estudos de autores especializados que trabalharam sobre os dados da pesquisa “Idosos no Brasil”, produzida conjuntamente pelo SESC e pela Fundação Perseu Abramo. Também o livro é uma parceria das duas editoras.
A organizadora de “Idosos do Brasil” é Anita Liberalesso Néri, psicóloga, mestre e doutora em psicologia, pela Universidade de São Paulo. Ela integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia e do Programa de Educação da Unicamp. O evento está sendo organizado por Roberto Loyola, titular da Coordenação Para Problemas dos Idosos (Sedes) e pelo Conselho Estadual dos Idosos (Secretaria da Justiça).
RAÇA E VELHICE
Segundo Nilmário Miranda, cientistas sociais, antropólogos, psicólogos e gerontólogos procuram responder a perguntas fundamentais para construção de políticas públicas de amparo aos idosos. Em particular, ele chama atenção para o capítulo da autoria de Geraldine Alves dos Santos e Andréa Lopes (“Escolaridade e raça/etnia”) que parte da conceituação de raça, etnia e cultura e as contextualiza na realidade brasileira.
Também chama atenção para o capítulo “Negritude e envelhecimento”, da autoria de Doraci Lopes e Suelma Inês Alves de Deus, que retoma a questão da discriminação com base no critério de raça e assume uma posição radical favorável ao ponto de vista que os brasileiros que se declaram pretos ou pardos, independentemente da idade, são discriminados pelo critério racial. As autoras defendem a idéia da ocorrência de autodiscriminação por parte de pretos e pardos, refletida no fenômeno do branqueamento da população, evidenciada pelos dados da pesquisa do SESC e da Fundação Perseu Abramo.
No capítulo que fecha a coletânea, “Velhice e políticas públicas”, Maria Eliane Catunda de Siqueira defende a idéia de que cabe ao Estado brasileiro, pautado no princípio constitucional da descentralização político-administrativa, fortalecer o município como lócus privilegiado das ações de proteção e de inclusão social do idoso. Cabe-lhe privilegiar a formulação, a execução e a destinação de recursos públicos para essa finalidade. Compete-lhe, também, mobilizar a opinião pública em relação às demandas do processo de envelhecimento e estimular a participação do idoso no processo da construção e a implementação das políticas que atendam as suas necessidades, uma vez que o Estatuto do Idoso lhe assegura o papel de protagonista.
Nilmário Miranda, ex-ministro da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, ressalta que a coletânea reúne 16 estudos de autores especializados que trabalharam sobre os dados da pesquisa “Idosos no Brasil”, produzida conjuntamente pelo SESC e pela Fundação Perseu Abramo. Também o livro é uma parceria das duas editoras.
A organizadora de “Idosos do Brasil” é Anita Liberalesso Néri, psicóloga, mestre e doutora em psicologia, pela Universidade de São Paulo. Ela integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia e do Programa de Educação da Unicamp. O evento está sendo organizado por Roberto Loyola, titular da Coordenação Para Problemas dos Idosos (Sedes) e pelo Conselho Estadual dos Idosos (Secretaria da Justiça).
RAÇA E VELHICE
Segundo Nilmário Miranda, cientistas sociais, antropólogos, psicólogos e gerontólogos procuram responder a perguntas fundamentais para construção de políticas públicas de amparo aos idosos. Em particular, ele chama atenção para o capítulo da autoria de Geraldine Alves dos Santos e Andréa Lopes (“Escolaridade e raça/etnia”) que parte da conceituação de raça, etnia e cultura e as contextualiza na realidade brasileira.
Também chama atenção para o capítulo “Negritude e envelhecimento”, da autoria de Doraci Lopes e Suelma Inês Alves de Deus, que retoma a questão da discriminação com base no critério de raça e assume uma posição radical favorável ao ponto de vista que os brasileiros que se declaram pretos ou pardos, independentemente da idade, são discriminados pelo critério racial. As autoras defendem a idéia da ocorrência de autodiscriminação por parte de pretos e pardos, refletida no fenômeno do branqueamento da população, evidenciada pelos dados da pesquisa do SESC e da Fundação Perseu Abramo.
No capítulo que fecha a coletânea, “Velhice e políticas públicas”, Maria Eliane Catunda de Siqueira defende a idéia de que cabe ao Estado brasileiro, pautado no princípio constitucional da descentralização político-administrativa, fortalecer o município como lócus privilegiado das ações de proteção e de inclusão social do idoso. Cabe-lhe privilegiar a formulação, a execução e a destinação de recursos públicos para essa finalidade. Compete-lhe, também, mobilizar a opinião pública em relação às demandas do processo de envelhecimento e estimular a participação do idoso no processo da construção e a implementação das políticas que atendam as suas necessidades, uma vez que o Estatuto do Idoso lhe assegura o papel de protagonista.