14 de janeiro de 2008
A transposição de dom Cappio
Finalmente apareceu alguém com lucidez. O sociólogo Luiz Alberto Gomez de Souza, ex-diretor do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (CERIS), um organismo de suporte técnico criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), considera que o bispo de Barra, ao fazer greve de fome contra o projeto de transposição das águas do rio São Francisco para o semi-árido nordestino, confundiu as coisas.
Católico, Gomez de Souza foi um dos fundadores da Juventude Estudantil Católica (JUC). Era parceiro de Betinho. Foi funcionário da CEPAL e da ONU quando esteve exilado da ditadura. Hoje, dirige o Programa de Estudos Avançados em Ciência e Religião da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.
Na entrevista intitulada "A Transposição de Dom Cappio à Revista Carta Capital, ele declarou:
"Cappio (...) "confundiu a luta legítima das populações ribeirinhas com posições políticas radicais e duras contra qualquer transposição das águas do rio".
(...) "Não poderia ter sido tão taxativo em relação a problemas de natureza técnica". (...) "Quando ele diz que esse governo é uma ditadura e que tem de ter, no futuro, uma democracia social, isso não é a posição de um bispo e, sim, a de um político".
(...) "Antigamente na cristandade a Igreja falava de tudo, como se fosse dona da verdade. Graças a Deus não é mais". (...) "Um bispo, um religioso, não tem habilidade maior para discutir o problema de uma hidrelétrica e, como é o caso, um problema da transposição de um rio".
(...) "Dom Cappio escorregou, sem se dar conta, de uma posição de mística e de denúncia para uma tomada de posição política". (...) "Ele passou um pouco dos limites quando tomou uma posição irredutível contra qualquer projeto de transposição".
(...) "A Igreja pode denunciar, por exemplo, a Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, no caso de agressão à população com o apodrecimento de madeira (...) bloquear projetos de transformação é, no entanto, uma maneira atrasada de agir".
(...) "Acredito que ele foi um pouco instrumentalizado por interesses outros". (...)
(...) "Acho que Lula agiu como um presidente tem de agir. Há um projeto aprovado
(...) ninguém nunca morreu de greve de fome. Ghandy sempre parou um pouquinho antes
(...) "O bispo, no embate das paixões, exorbitou o próprio papel e usou de um poder político que não deveria ter usado".
(...) "Temos que ter a coragem de dizer que o bispo entrou numa espécie de plano inclinado e, quase inconscientemente, passou a uma atitude política
(...) "Dom Cappio chegou a dizer que o governo era uma ditadura. Ora, um governo eleito democraticamente não é uma ditadura. Isso é uma bobagem" (...)
(...) "Ele extrapolou. A política não é uma dedução da fé. A fé não oferece regras para a política. Não se pode deduzir da fé o problema da transposição do São Francisco".
LEIA A ÍNTEGRA NA EDIÇÃO IMPRESSA DE CARTA CAPITAL. ESTÁ NAS BANCAS.
Católico, Gomez de Souza foi um dos fundadores da Juventude Estudantil Católica (JUC). Era parceiro de Betinho. Foi funcionário da CEPAL e da ONU quando esteve exilado da ditadura. Hoje, dirige o Programa de Estudos Avançados em Ciência e Religião da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.
Na entrevista intitulada "A Transposição de Dom Cappio à Revista Carta Capital, ele declarou:
"Cappio (...) "confundiu a luta legítima das populações ribeirinhas com posições políticas radicais e duras contra qualquer transposição das águas do rio".
(...) "Não poderia ter sido tão taxativo em relação a problemas de natureza técnica". (...) "Quando ele diz que esse governo é uma ditadura e que tem de ter, no futuro, uma democracia social, isso não é a posição de um bispo e, sim, a de um político".
(...) "Antigamente na cristandade a Igreja falava de tudo, como se fosse dona da verdade. Graças a Deus não é mais". (...) "Um bispo, um religioso, não tem habilidade maior para discutir o problema de uma hidrelétrica e, como é o caso, um problema da transposição de um rio".
(...) "Dom Cappio escorregou, sem se dar conta, de uma posição de mística e de denúncia para uma tomada de posição política". (...) "Ele passou um pouco dos limites quando tomou uma posição irredutível contra qualquer projeto de transposição".
(...) "A Igreja pode denunciar, por exemplo, a Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, no caso de agressão à população com o apodrecimento de madeira (...) bloquear projetos de transformação é, no entanto, uma maneira atrasada de agir".
(...) "Acredito que ele foi um pouco instrumentalizado por interesses outros". (...)
(...) "Acho que Lula agiu como um presidente tem de agir. Há um projeto aprovado
(...) ninguém nunca morreu de greve de fome. Ghandy sempre parou um pouquinho antes
(...) "O bispo, no embate das paixões, exorbitou o próprio papel e usou de um poder político que não deveria ter usado".
(...) "Temos que ter a coragem de dizer que o bispo entrou numa espécie de plano inclinado e, quase inconscientemente, passou a uma atitude política
(...) "Dom Cappio chegou a dizer que o governo era uma ditadura. Ora, um governo eleito democraticamente não é uma ditadura. Isso é uma bobagem" (...)
(...) "Ele extrapolou. A política não é uma dedução da fé. A fé não oferece regras para a política. Não se pode deduzir da fé o problema da transposição do São Francisco".
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Comments:
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Bem Vindo sociólogo Luiz Alberto gomes de Souza,assino em baixo,tudo o que êle comentou!Que o Dom Cappio estava instrumentalisado ideol[ogicamente pela tucanagem e demos,não resta a menor dúvida!Teresinha Carpes
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