3 de setembro de 2007
Sobre o pessimismo de FHC e do paulista rico
Outro dia li um texto intitulado “Divagações dominicais”, escrito por Miguel do Rosário, do blog “Óleo do Diabo” (http://oleododiabo.blogspot.com/). As divagações do Miguel do Rosário começaram ao ler a revista tucana Piauí. Era uma entrevista com FHC. O ex-presidente é portador de um pessimismo tacanho. Ele afirma que o Brasil acabou. Tremenda babaquice.
O pessimismo de FHC é típico do paulista rico de hoje. O poder financeiro e político de São Paulo começa a declinar em proporção ao crescimento de outros estados e regiões do país. O Sul tem voltado a ficar forte, política e culturalmente, apesar da crise nas fábricas de sapato.
O Rio descobriu muito petróleo e está fazendo caixa. O Nordeste e o Norte vêm crescendo a ritmo chinês e Minas Gerais vem expandindo febrilmente seu parque agrícola e industrial.
São Paulo, por outro lado, tornou-se, sem sombra de dúvida, líder em produção cultural, com recorde de lançamento de livros, peças de teatro, festivais de cinema, etc. Não teria razão para ser pessimista.
Lembremos que o BRASIL DOS ANOS 50, que FHC relembra com tanta nostalgia, tinha mais de 65% de analfabetos absolutos. Gente que não sabia escrever o próprio nome. Nos anos 50, o Nordeste sofria secas que devastaram milhões de vidas. As pequenas cidades não tinham escolas. Mesmo o hospital público, que hoje é motivo de tanto protesto, era somente uma promessa em vastas regiões do país.
Esse era o país "com futuro"? A verdade é que era falsa a promessa brasileira. Éramos um país com milhões de famílias passando fome. Não éramos promessa nenhuma. A promessa era um engodo capitalista para vender algumas reformas liberais para a sociedade brasileira.
Se deixassem o governo JOÃO GOULART seguir a tendência que as necessidades do país exigiam, inclinar-se à esquerda, investir no social, na educação e em projetos desenvolvimentistas e democráticos, talvez poderíamos nos dar ao luxo de termos governos conservadores hoje muito competentes...
Hoje, o analfabetismo absoluto caiu para menos de 10%. A luta atual é contra o analfabetismo funcional, que é incrivelmente alto, mais que 60%. A luta contra a miséria continua. A miséria degrada o ser humano e obstrui econômica e moralmente qualquer chance de desenvolvimento.
Pesquisas científicas provaram que programas sociais como o BOLSA FAMÍLIA ativam economias locais e geram empregos, aumentando, portanto, a arrecadação fiscal. De forma que é um programa quase auto-sustentável. Não implica em tanto gasto fiscal como setores da imprensa deixam transparecer. E mesmo se implicasse, é um gasto humano, ético, necessário, uma dívida social a ser paga àqueles cujos ancestrais construíram o país com sangue e suor.
É preciso distinguir pessimismo de péla-saquismo.
Péla-saco é o BABACA PESSIMISTA por razões pessoais, ou mesmo partidárias. FHC, por exemplo, é pessimista (péla-saco) porque seu partido foi derrotado duas vezes, consecutivamente, nas eleições presidenciais e perdeu espaço, em todas as esferas políticas, para seus adversários.
Talvez o termo mais apropriado para ele seja mesmo péla-saco, gíria carioca para designar o fulano pentelho, chato, sem consciência do ridículo, que pretende que o mundo pare de girar para escutar atentamente seus resmungos. Que confunde sua mediocridade pessoal com a de seu país...
As mesmas divagações Miguel do Rosário fez em relação ao dono da revista Piauí, João Moreira Salles. Retirei do texto tais referências apenas por uma questão metodológica. Minhas divagações provocadas por Miguel do Rosário.
SE QUISER LER O TEXTO NA ÍNTEGRA ESTÁ EM:
http://oleododiabo.blogspot.com/
O pessimismo de FHC é típico do paulista rico de hoje. O poder financeiro e político de São Paulo começa a declinar em proporção ao crescimento de outros estados e regiões do país. O Sul tem voltado a ficar forte, política e culturalmente, apesar da crise nas fábricas de sapato.
O Rio descobriu muito petróleo e está fazendo caixa. O Nordeste e o Norte vêm crescendo a ritmo chinês e Minas Gerais vem expandindo febrilmente seu parque agrícola e industrial.
São Paulo, por outro lado, tornou-se, sem sombra de dúvida, líder em produção cultural, com recorde de lançamento de livros, peças de teatro, festivais de cinema, etc. Não teria razão para ser pessimista.
Lembremos que o BRASIL DOS ANOS 50, que FHC relembra com tanta nostalgia, tinha mais de 65% de analfabetos absolutos. Gente que não sabia escrever o próprio nome. Nos anos 50, o Nordeste sofria secas que devastaram milhões de vidas. As pequenas cidades não tinham escolas. Mesmo o hospital público, que hoje é motivo de tanto protesto, era somente uma promessa em vastas regiões do país.
Esse era o país "com futuro"? A verdade é que era falsa a promessa brasileira. Éramos um país com milhões de famílias passando fome. Não éramos promessa nenhuma. A promessa era um engodo capitalista para vender algumas reformas liberais para a sociedade brasileira.
Se deixassem o governo JOÃO GOULART seguir a tendência que as necessidades do país exigiam, inclinar-se à esquerda, investir no social, na educação e em projetos desenvolvimentistas e democráticos, talvez poderíamos nos dar ao luxo de termos governos conservadores hoje muito competentes...
Hoje, o analfabetismo absoluto caiu para menos de 10%. A luta atual é contra o analfabetismo funcional, que é incrivelmente alto, mais que 60%. A luta contra a miséria continua. A miséria degrada o ser humano e obstrui econômica e moralmente qualquer chance de desenvolvimento.
Pesquisas científicas provaram que programas sociais como o BOLSA FAMÍLIA ativam economias locais e geram empregos, aumentando, portanto, a arrecadação fiscal. De forma que é um programa quase auto-sustentável. Não implica em tanto gasto fiscal como setores da imprensa deixam transparecer. E mesmo se implicasse, é um gasto humano, ético, necessário, uma dívida social a ser paga àqueles cujos ancestrais construíram o país com sangue e suor.
É preciso distinguir pessimismo de péla-saquismo.
Péla-saco é o BABACA PESSIMISTA por razões pessoais, ou mesmo partidárias. FHC, por exemplo, é pessimista (péla-saco) porque seu partido foi derrotado duas vezes, consecutivamente, nas eleições presidenciais e perdeu espaço, em todas as esferas políticas, para seus adversários.
Talvez o termo mais apropriado para ele seja mesmo péla-saco, gíria carioca para designar o fulano pentelho, chato, sem consciência do ridículo, que pretende que o mundo pare de girar para escutar atentamente seus resmungos. Que confunde sua mediocridade pessoal com a de seu país...
As mesmas divagações Miguel do Rosário fez em relação ao dono da revista Piauí, João Moreira Salles. Retirei do texto tais referências apenas por uma questão metodológica. Minhas divagações provocadas por Miguel do Rosário.
SE QUISER LER O TEXTO NA ÍNTEGRA ESTÁ EM:
http://oleododiabo.blogspot.com/