14 de setembro de 2007

 

Militares da ditadura vão à Justiça contra anistia ao capitão Lamarca, agora coronel

Os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica, que reúnem os militares de pijama saudosistas da ditadura militar, entraram com ação contra a União na Justiça Federal do Rio para pedir a anulação da portaria do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu anistia política post-mortem ao capitão Carlos Lamarca - com promoção ao posto de coronel e proventos de general-de-brigada - e indenizações a seus familiares.

Os militares fascistas, muitos deles antigos integrantes dos aparelhos de repressão subterrâneos, argumentam que, conforme o Decreto 3.998, de 5/11/2001, só será promovido post-mortem o oficial que, ao falecer, “integrava a faixa dos oficiais que concorriam à promoção pelos critérios de antiguidade ou merecimento”. Lamarca afastou-se do Exército em 1969, passando a combater a ditadura militar. Foi assassinado na localidade de Pintada, município de Ipupiara, no sertão da Bahia em 1971.

Devia ter alguma lei que impeça a manifestação pública de torturadores, autores de crimes hediondos, como assassinatos e ocultação de cadáveres. Na Alemanha, propaganda do nazismo é crime, não há espaço para criminosos em nome da “liberdade de imprensa”.

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