26 de julho de 2007
Ostras contaminadas matam. Bahia continua a ignorar ostreicultura.
Ostras contaminadas matam. Só há uma saída: criar ostras em cativeiro, mas a Bahia continua a ignorar os riscos.
A morte do percussionista da Banda Eva, Fabrício Scaldaferry dos Santos, foi uma tragédia esperada por especialistas, mas não anunciada. O músico deu entrada no Hospital da Bahia com infecção intestinal provocada pela ingestão de ostras na praia de Piatã. Ostras são mariscos que se alimentam de microorganismos, funcionam como filtros de água, abrem suas conchas, engolem a água, retêm os microorganismos e “cospem” a água filtrada. Em suas entranhas fica tudo que tem na água, inclusive bactérias e tudo o mais que provoca infecção intestinal.
A única maneira de consumir ostras com segurança é saber sua origem, se coletada em águas não poluídas por coliformes fecais ou se vem da ostreicultura, criação de ostras em cativeiro em que, antes de chegar ao consumo, o marisco passa por tanques de depuração durante três dias, no fim dos quais depurou seus intestinos de microorganismos mortais.
HÁ OSTRAS SAUDÁVEIS
As autoridades sanitárias da Bahia não podem alegar desconhecimento. Há anos uma ONG chamada Associação Baiana de Aqüicultura e Pesca – ABAQ trabalha para introduzir na Baía de Todos os Santos a criação de ostra em cativeiro.
Com exceção de um ou dois projetos financiados pela Petrobrás, a criação de ostra em cativeiro não tem conseguido sensibilizar as autoridades baianas.
O governador Jaques Wagner conhece bem o sistema, pois é “freguês” das ostras criadas em cativeiro pela ABAQ.
ÓRGÃOS IGNORAM
Mesmo com admiração do governador, a ABAQ não consegue sensibilizar os órgãos competentes. A ABAQ detém toda a tecnologia para criação de ostras em cativeiro, através de anos de pesquisa em Santa Catarina para onde vão praticamente todos os recursos do Governo Federal.
Parece até que Santa Catarina e o grupo que José Fritz, ex-Secretário Nacional da Pesca, representa, fecharam um “acordo” com Brasília. Tudo para Santa Catarina, nada para a Bahia.
E assim a população ignorando os riscos que corre, à medida em que a poluição aumenta, vai consumindo ostras contaminadas por coliformes fecais.
Quem acompanha sabia que qualquer hora dessas iria acontecer uma tragédia. Aconteceu, com Fafá, o jovem músico da Banda EVA.
Leio em A Tarde que comunidades do Orkut prestam homenagens ao percussionista falecido. Melhor homenagem não há que exigir das autoridades campanhas de esclarecimento e apoio à criação de ostras em cativeiro.
ABAQ VAI AO PARÁ
Ignorada pelo Sebrae da Bahia, a ABAQ foi prestar seus serviços de consultoria ao Sebrae do Pará. Ignorada há anos pela Bahia Pesca, que sempre privilegiou apoio a projetos empresariais, a ABAQ buscou apoio com a Petrobrás. Alguns projetos-pilotos foram financiados, mas nada que mude o cenário da produção nas comunidades de pescadores. É fácil checar o que digo. Há projetos da ABAQ no Iguape, sem financiamento, sem apoio.
A tragédia da morte do músico repercutiu na imprensa por causa da Banda Eva. Mas a enteroparasitose consome meninos e meninas de comunidades da Baía de Todos os Santos, com ocorrências rotineiras de perda alimentar, causadas por diarréias, anemia, desnutrição, cegueira e até a morte. Eles consomem mariscos. E não há manchetes nos jornais.
LEIA MAIS EM http://www.abaq.org.br/
A morte do percussionista da Banda Eva, Fabrício Scaldaferry dos Santos, foi uma tragédia esperada por especialistas, mas não anunciada. O músico deu entrada no Hospital da Bahia com infecção intestinal provocada pela ingestão de ostras na praia de Piatã. Ostras são mariscos que se alimentam de microorganismos, funcionam como filtros de água, abrem suas conchas, engolem a água, retêm os microorganismos e “cospem” a água filtrada. Em suas entranhas fica tudo que tem na água, inclusive bactérias e tudo o mais que provoca infecção intestinal.
A única maneira de consumir ostras com segurança é saber sua origem, se coletada em águas não poluídas por coliformes fecais ou se vem da ostreicultura, criação de ostras em cativeiro em que, antes de chegar ao consumo, o marisco passa por tanques de depuração durante três dias, no fim dos quais depurou seus intestinos de microorganismos mortais.
HÁ OSTRAS SAUDÁVEIS
As autoridades sanitárias da Bahia não podem alegar desconhecimento. Há anos uma ONG chamada Associação Baiana de Aqüicultura e Pesca – ABAQ trabalha para introduzir na Baía de Todos os Santos a criação de ostra em cativeiro.
Com exceção de um ou dois projetos financiados pela Petrobrás, a criação de ostra em cativeiro não tem conseguido sensibilizar as autoridades baianas.
O governador Jaques Wagner conhece bem o sistema, pois é “freguês” das ostras criadas em cativeiro pela ABAQ.
ÓRGÃOS IGNORAM
Mesmo com admiração do governador, a ABAQ não consegue sensibilizar os órgãos competentes. A ABAQ detém toda a tecnologia para criação de ostras em cativeiro, através de anos de pesquisa em Santa Catarina para onde vão praticamente todos os recursos do Governo Federal.
Parece até que Santa Catarina e o grupo que José Fritz, ex-Secretário Nacional da Pesca, representa, fecharam um “acordo” com Brasília. Tudo para Santa Catarina, nada para a Bahia.
E assim a população ignorando os riscos que corre, à medida em que a poluição aumenta, vai consumindo ostras contaminadas por coliformes fecais.
Quem acompanha sabia que qualquer hora dessas iria acontecer uma tragédia. Aconteceu, com Fafá, o jovem músico da Banda EVA.
Leio em A Tarde que comunidades do Orkut prestam homenagens ao percussionista falecido. Melhor homenagem não há que exigir das autoridades campanhas de esclarecimento e apoio à criação de ostras em cativeiro.
ABAQ VAI AO PARÁ
Ignorada pelo Sebrae da Bahia, a ABAQ foi prestar seus serviços de consultoria ao Sebrae do Pará. Ignorada há anos pela Bahia Pesca, que sempre privilegiou apoio a projetos empresariais, a ABAQ buscou apoio com a Petrobrás. Alguns projetos-pilotos foram financiados, mas nada que mude o cenário da produção nas comunidades de pescadores. É fácil checar o que digo. Há projetos da ABAQ no Iguape, sem financiamento, sem apoio.
A tragédia da morte do músico repercutiu na imprensa por causa da Banda Eva. Mas a enteroparasitose consome meninos e meninas de comunidades da Baía de Todos os Santos, com ocorrências rotineiras de perda alimentar, causadas por diarréias, anemia, desnutrição, cegueira e até a morte. Eles consomem mariscos. E não há manchetes nos jornais.
LEIA MAIS EM http://www.abaq.org.br/
Comments:
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Ah, enfim encontro alguem que atenta para o fato de que as autoridades sanitarias tem alguma resposabilidade na morte do musico da Eva. E' absurdo!!! A imprensa toda fala da morte devido 'as ostras, mas nenhum comentario e' feito sobre quem deveria cair a responsabilidade. A bahia segue inpune, e o lixo que e'. Nossa orla e' o lixo que se ve!
Espero que depois que saiu o laudo da morte tenham corrigido a notícia nesse blog.
A causa da morte de Fafá não foi pelas ostras, e sim por uma bactéria que causa meningite. A doença pode ser passada pelo ar e não por contaminação alimentar.
Claro que é importante as autoridades atentarem para a venda de alimentos em má conservação, mas não foi esse o caso.
Leia no site do G1:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL78799-5598,00.html
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A causa da morte de Fafá não foi pelas ostras, e sim por uma bactéria que causa meningite. A doença pode ser passada pelo ar e não por contaminação alimentar.
Claro que é importante as autoridades atentarem para a venda de alimentos em má conservação, mas não foi esse o caso.
Leia no site do G1:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL78799-5598,00.html
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