19 de maio de 2007

 

PF só garantiu acesso de advogados depois de pedido formal da OAB. Que polícia é essa que precisa de OAB para garantir direitos constitucionais?

Brasília - Os advogados dos presos da Operação Navalha tiveram dificuldades na manhã de hoje, sábado (19), para entrar no prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. A entrada só foi permitida depois da intervenção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"Pela manhã, recebi a ligação de alguns advogados informando que não teriam acesso aos clientes que estavam presos, pois o delegado não havia autorizado. Procurei fazer o contato para saber da situação e realmente estava acontecendo isso", disse um dos membros da Comissão de Prerrogativas da OAB, Ibaneis Rocha Barros Junior, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ele, o delegado alegou "questões de segurança" para não permitir a entrada dos advogados. "Informamos a necessidade e o direito de os advogados de terem acesso a seus clientes e dos clientes terem acesso ao advogado antes do interrogatório. E terminou que se fez um acordo, houve a compreensão do delegado e os advogados passaram a ter acesso, mesmo que em um tempo reduzido, mas de maneira satisfatória", afirmou o membro da comissão da OAB.

Ele disse que o assunto foi discutido por telefone e a situação, resolvida "sem grandes problemas". "A gente até entende esse problema, porque eles não têm uma estrutura para estar com essa carceragem cheia como estão. Mas independentemente da questão de segurança é o direito de defesa de ter acesso aos advogados". (Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil).

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