19 de maio de 2007

 

Tribuna da Bahia afirma que são nebulosas as acusações contra prefeito de Camaçari

Segundo artigo assinado pelo Editor de Política da Tribuna da Bahia, Jânio Lopo, a verdade vai prevalecer. São nebulosas as acusações que levaram a Polícia Federal a prender o prefeito Luiz Caetano. Cabe à imprensa zelar para que não haja pré-julgamento. Lembrem-se do caso Ibsen Pinheiro, condenado pela mídia, mas que depois se viu que as acusações eram falsas.

LEIA ARTIGO DE JÂNIO LOPO PUBLICADO HOJE (19)

A verdade vai prevalecer

Tribuna da Bahia
Jânio Lôpo - Editor de Política

Quem conhece um pouco do passado do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, sabe da seriedade com que ele age na vida pública. Daí, volto a insistir, são nebulosas as acusações contra ele e seu suposto envolvimento com fraudadores de licitações, com prejuízo aos cofres federais. O seu partido, o PT, também tem a convicção de que Caetano está sendo injustamente sacrificado. Portanto, ele é inocente até a Polícia Federal provar o contrário.

Velhos amigos e companheiros de luta de Caetano têm se manifestado indignados com a prisão do prefeito. Afinal, o próprio Caetano e seus assessores mais diretos já disseram mil e uma vezes que não há qualquer contrato assinado entre a prefeitura e a empresa Gautama, o centro das atenções da PF e cujos sócios estão trancafiados na sede da Polícia Federal em Brasília. Um fato é inquestionável: há um sentimento na sociedade brasileira segundo o qual o crime não pode ficar impune. Corretíssimo.

No entanto, precisamos ter a sobriedade para evitarmos condenações prematuras. A grande imprensa, inclusive, precisa ter essa consciência. Não se pode, sob nenhuma hipótese, sair atirando aleatoriamente sobre quem quer que seja, sob pena de cometermos uma tremenda injustiça. Há o risco concreto de macularmos a imagem seja do trabalhador comum, seja do político, atribuindo-lhe um erro que ele efetivamente não cometeu.

Temos exemplos aos montes. Um dos mais memoráveis desses exemplos foi a cassação do mandato de deputado federal do ex-presidente da Câmara Ibsen Pinheiro. Ele acabou sendo derrubado pela mídia porque teria mais de US$ 1 milhão (se não me engano) em contas no exterior. A notícia, ficou comprovada anos depois, era simplesmente falsa. Não deram direito de defesa a Ibsen.

Mas, voltando a Caetano, é bom que se diga que ele concluiu o seu primeiro mandato, de 1985 a 1988, com a maior lisura. Teve sérias dificuldades para sobreviver, mantendo-se com a fabricação caseira de produtos de limpeza (também se não me falha a memória). Deu a volta por cima e retornou à cena política local para desespero dos seus adversários. Foi vereador, deputado estadual e elegeu-se prefeito pela grande maioria dos votos dos eleitores do município. Enfim, ele conta com uma trajetória respeitável. Não iria jogá-la no lixo.

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