17 de maio de 2007

 

Operação Navalha prende ex-governador do Maranhão Reinaldo Tavares, prefeito Luis Caetano e seu secretário Iran Ferreira

Fonte: g1.com.br

17/05/2007 - 11h00 - Atualizado em 17/05/2007 - 11h06

Ação da PF prende políticos e empresários

São 43 os detidos em 9 estados e no DF na manhã de hoje durante a Operação Navalha.
Deputado distrital, prefeito e ex-governador estão envolvidos.
Do G1, em São Paulo e em Brasília

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (17) 43 pessoas em nove estados e no Distrito Federal na Operação Navalha. Entre os detidos estão o deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF), o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), e o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB). Também foram presos empresários e servidores públicos.

Todos os detidos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A ação da PF teve o objetivo de desmontar um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais destinados a obras públicas, incluindo as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa Luz para Todos.

Saiba mais

PF cumpre 40 mandados de prisão por fraude em licitações

Procurada pelo G1, a assessoria do deputado Pedro Passos disse que não tem informações sobre o caso.

Na cidade de Camaçari (BA), além do prefeito, também foi preso o secretário de Infra-estrutura, Iran Ferreira. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que dará uma coletiva às 11h30 para se posicionar sobre o assunto.

O G1 está tentando localizar a assessoria de imprensa e os advogados do ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares.

Operação

As investigações da PF, que começaram em novembro de 2006, apontam o desvio de recursos dos ministérios de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades e do Planejamento. O esquema fraudava ainda licitações do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). Por envolver autoridades e servidores públicos, o inquérito está no Superior Tribunal de Justiça.

De acordo com a Polícia Federal, uma empresa que tem sede em Salvador comandava o esquema direcionando verbas públicas para obras de interesse da quadrilha. As licitações eram manipuladas para assegurar a liberação do dinheiro para obras superfaturadas, irregulares ou até que não existiam.

Os mandados de prisão foram cumpridos nos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. Policiais federais cumprem ainda 84 mandados de busca e apreensão. As contas dos envolvidos foram bloqueadas e os bens estão indisponíveis. Cerca de 400 agentes foram mobilizados para a Operação Navalha.

Hierarquia

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha era estruturada em três diferentes níveis. No mais alto nível, estão os funcionários da empresa baiana, abaixo, os chamados "auxiliares e intermediários", apontados como os responsáveis pelo pagamento de propina, e no terceiro nível, autoridades públicas que facilitariam a atuação da quadrilha.

As investigações da PF constataram o recebimento de "vultosas quantias" em dinheiro vivo e outras vantagens, como carros de luxo,

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