14 de maio de 2007

 

Obras do São Francisco terão atenção especial

Hoje (14/05/2007) fui a um Café da Manhã na Associação Comercial da Bahia, em Salvador. Atentos empresários ouviram exposição do ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, sobre obras federais estruturantes na Bahia, em particular, os projetos que afetam a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, e dentre eles o projeto de Integração das Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, impropriamente conhecido como Transposição das Águas do São Francisco. Não ouvi empresário algum questionar nada.

Em sua nova atitude light, o ministro Geddel Vieira Lima acabou alfinetando o governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Ele lembrou que sucessivos governos mineiros não alocaram recursos para impedir a degradação das margens do rio, o assoreamento do leito e a destruição das matas ciliares. Agora, vem o tucano e se diz contra uma tomada de água do São Francisco lá perto da foz. Não faz sentido.

Também sobrou uma alfinetada para o governo Paulo Souto e seus antecessores. Como é que podem criticar o atual governo federal se há 15 anos os projetos do Salitre e dos Baixios de Irecê estão emperrados?

Com a utilização de data-show, o ministro Geddel Vieira Lima expôs os planos de seu ministério para irrigação, revitalização, hidrovias, abastecimento de água, inclusive o Programa Água para Todos. Para o ministro, o projeto da Integração das Bacias com transposição das águas do São Francisco é tecnicamente inatacável e os argumentos da oposição são falaciosos.

GROTESCO LOBBY

O grotesco lobby de padres e ongs partidarizadas não vai dar certo. As obras de revitalização do rio São Francisco e integração das bacias hidrográficas do Nordeste , com o Programa de Aceleração do Crescimento, passam a ter atenção especial do Governo Lula. As obras receberam carimbo amarelo no critério de classificação do comitê gestor do PAC, ou seja, serão acompanhadas de perto.

O carimbo amarelo foi dado àquelas obras e projetos do PAC que estejam com pequeno atraso e/ou com risco potencial médio — o que não é o caso das obras do São Francisco. “Essas ações poderiam muito bem ter recebido o carimbo verde (adequado), uma vez que não têm qualquer empecilho. Mas, como o governo tem muito interesse, essas obras serão acompanhadas de forma muito especial”, tem afirmado a ministra Dilma Roussef.

Um dos principais desafios dessa obra é a articulação com governos estaduais, municipais e sociedade civil. É preciso ampliar o envolvimento da sociedade beneficiária e dos Estados contemplados na implementação das medidas e na potencialização de seus benefícios. "As ações não têm sido reconhecidas como fundamentais para muitos dos beneficiários", disse a ministra.

O que as obras do São Francisco precisam mesmo é de uma ampla campanha publicitária de esclarecimento à população, no caso da Bahia, já que os donos da TV Bahia, Correio da Bahia, dezenas de emissoras de rádio, e partidos satélites do ex-PFL (DEM) são contras as obras por simples reducionismo político. Se são obras do Governo Lula eles são contra.

As ações no rio São Francisco estão divididas em cinco partes:

1) Projeto de integração do rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. 2) Revitalização do São Francisco – Esgotamento Sanitário. 3) Revitalização do São Francisco – Controle de Processos Erosivos. 4) Revitalização do São Francisco – Resíduos Sólidos. 5) Revitalização do São Francisco – Obras de Revitalização

Elas constituem oportunidade única de revitalização do rio, saneamento das cidades ribeirinhas e garantia de abastecimento de água para parte importante do Nordeste rural e urbano.

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