10 de maio de 2007
Diogo Mainardi e a banalização do mal
Diogo Mainardi, cronista da revista Veja, está fazendo um escarcéu porque considera que está sendo ameaçado de morte por uma simples frase do jornal Hora do Povo.
Diogo Mainardi apenas se aproveita de um protesto indignado para se “vender” e aumentar leitores e lucros. O truque já lhe rendeu bons espaços na mídia. Não foi a Hora do Povo que comparou Diogo Mainardi a Eduardo Leite Bacuri. Foi ele próprio.
Foi ele próprio que se comparou a Bacuri, militante da esquerda armada, barbaramente torturado e assassinado pelos militares da ditadura. Mainardi zomba da tragédia da morte de Bacuri, ao fazer humor negro. É a banalização do mal, um conceito fundamental de Hannah Arendt, tratado em matéria, por coincidência, ao lado do esperneio de Diogo Mainardi, na revista Veja de 9 de maio.
Se Diogo Mainardi amanhecer numa esquina com a boca cheia de formiga, não me venham dizer que foi o jornal Hora do Povo que sugeriu. Foi o próprio. Há sempre um maluco de alma pia disposto a qualquer coisa para aparecer. Como Mainardi.
CICATRIZES DO TERROR
Em “Lembranças do Mar Cinzento” (artigo XXIII) o jornalista e escritor Emiliano José resgata as cicatrizes do terror. Os baianos Jurema Sarno e Carlos Sarno estavam lá. Juntos com outros 50 presos participaram da vigília e do protesto contra a retirada de Eduardo Collen Leite da cela do DEOPS paulista.
“A morte de Bacuri foi, para todos os presos, um outro tipo cruel de tortura. Sabia -se que ele seria morto, e não havia o que fazer. Como se conhece muito pouco ainda sobre as atrocidades da ditadura, é o caso de rapidamente contar essa macabra crônica de uma morte anunciada. Para que nunca nos esqueçamos do que foi o terror da ditadura. Crônica que Sarno viveu de perto.
Nascido em Minas Gerais, em 28 de agosto de 1945, Bacuri revelou-se um militante disciplinado e arrojado, tendo militado, em 1968, na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), fundado a Rede Democrática (Rede) em abril de 1969 e posteriormente ingressado na Ação Libertadora Nacional (ALN).
Talvez tenha sido essa história, marcada pelo comando de várias ações da esquerda armada, que o tornara tão odiado pelos militares. Foi preso no dia 21 de agosto de 1970, no Rio de Janeiro, pelo delegado-terrorista Sérgio Fleury e sua equipe. E aqui começou a sua via crucis, ponteada por suplícios inimagináveis.
Passou pelo Cenimar e pelo DOI-Codi, no Rio de Janeiro. No DOI-Codi, foi visto pela ex-presa política Cecília Coimbra, hoje dirigente do grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro.
Do Cenimar do Rio de Janeiro, Bacuri foi transferido para o 41º Distrito Policial de São Paulo, cujo delegado titular era o próprio Fleury, que se notabilizou, como se sabe, não só pela tortura e assassinatos de prisioneiros políticos, como por chefiar o Esquadrão da Morte paulista. Ainda voltaria, sempre sob torturas, para o Cenimar/Rio e depois para a Oban.
DOSSIÊ DOS MORTOS
Em outubro, foi removido para o Deops de São Paulo, ficando na cela 1 do chamado “fundão” – uma área totalmente isolada das outras celas (sobre o assunto, o leitor pode encontrar mais dados no “Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos a partir de 1964”, livro editado pelos governos de Pernambuco (1995) e de São Paulo (1996), e, também, em “Dos filhos deste solo”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, editado pela Fundação Perseu Abramo e Boitempo Editorial).
No dia 24 de outubro de 1970, Bacuri foi informado de que os jornais daquele dia estavam noticiando a sua fuga, ao lado da morte de Joaquim Câmara Ferreira, velho dirigente comunista assassinado também por Fleury. Todos os presos do Deops tomaram conhecimento disso. O assassinato dele estava anunciado. O anúncio da fuga era o sinal de que seria executado. Bacuri comentou com Vinícius Caldeira Brandt que estava preso na cela 4 do “fundão”:
– A única esperança que me resta é a que a decretação de minha morte chegue ao novo arcebispo de São Paulo, D. Evaristo Arns. Ele luta de fato pelos direitos humanos.
Os jornais traziam a notícia da fuga de Bacuri, e sadicamente foram mostrados a ele pelos próprios policiais. Era um sábado. Todos os presos entraram em vigília permanente. Na segunda, começaram as providências para a transferência de Bacuri. Sem poder andar devido às torturas, foi tirado da cela 1 do fundão para a X-1 (cela localizada em frente à sala dos carcereiros).
Vinícius Caldeira Brandt revelou que Bacuri tinha plena consciência da proximidade da morte, mas mantinha “uma postura digna e tranqüila”. À 1 hora da madrugada do dia 27 de outubro de 1970, policiais o retiraram do Deops, sob os protestos indignados e barulhentos dos demais prisioneiros políticos, Sarno entre eles.
Depois de ser retirado do Deops, Bacuri nunca mais foi visto por nenhum preso político. Só por seus torturadores. Nas audiências da Auditoria Militar em São Paulo, vários presos denunciaram o sumiço de Bacuri, sem que o juiz Nelson Guimarães tomasse qualquer providência. Um policial, Carlinhos Metralha, do Esquadrão da Morte, disse que Bacuri estava no sítio particular de Fleury, onde também foi morto Joaquim Câmara Ferreira.
Bacuri foi executado no dia 7 de dezembro de 1970. Seu corpo foi encontrado em São Sebastião, litoral norte do Estado de São Paulo.
ORELHAS DECEPADAS
No mesmo dia, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, havia sido seqüestrado por revolucionários brasileiros. E isso apressou a execução de Bacuri, pois certamente ele estaria na lista de prisioneiros que deveriam ser libertados em troca do diplomata. Seria impossível apresentá-lo, pois estava um trapo humano, como pôde constatar sua família, a quem o corpo foi entregue: hematomas, escoriações, cortes profundos, queimaduras por toda parte, dentes arrancados, orelhas decepadas, olhos vazados.
Denise Crispim, companheira de Bacuri, fora solta antes de ele morrer devido ao fato de estar grávida. No dia 10 de outubro de 1970, nasceu Eduarda, na Itália. Bacuri não conheceu a filha.
Sarno não se esquece do dia 8 de dezembro de 1970. Foi o dia em que soube da morte de Bacuri. E foi exatamente nessa data que a sua família conseguiu visitá-lo em São Paulo. Nas lembranças desse 8 de dezembro, convivem a tristeza e uma quase-alegria. O sentimento profundo, quase indecifrável, da perda brutal de um companheiro”. (Lembranças do Mar Cinzento, Editora Casa Amarela).
ENFIM, se houver algum erro neste episódio, é da parte do Banco do Brasil que cede publicidade para a revista Veja e acaba financiando um porta-voz do extremismo de direita e do golpismo.
Diogo Mainardi apenas se aproveita de um protesto indignado para se “vender” e aumentar leitores e lucros. O truque já lhe rendeu bons espaços na mídia. Não foi a Hora do Povo que comparou Diogo Mainardi a Eduardo Leite Bacuri. Foi ele próprio.
Foi ele próprio que se comparou a Bacuri, militante da esquerda armada, barbaramente torturado e assassinado pelos militares da ditadura. Mainardi zomba da tragédia da morte de Bacuri, ao fazer humor negro. É a banalização do mal, um conceito fundamental de Hannah Arendt, tratado em matéria, por coincidência, ao lado do esperneio de Diogo Mainardi, na revista Veja de 9 de maio.
Se Diogo Mainardi amanhecer numa esquina com a boca cheia de formiga, não me venham dizer que foi o jornal Hora do Povo que sugeriu. Foi o próprio. Há sempre um maluco de alma pia disposto a qualquer coisa para aparecer. Como Mainardi.
CICATRIZES DO TERROR
Em “Lembranças do Mar Cinzento” (artigo XXIII) o jornalista e escritor Emiliano José resgata as cicatrizes do terror. Os baianos Jurema Sarno e Carlos Sarno estavam lá. Juntos com outros 50 presos participaram da vigília e do protesto contra a retirada de Eduardo Collen Leite da cela do DEOPS paulista.
“A morte de Bacuri foi, para todos os presos, um outro tipo cruel de tortura. Sabia -se que ele seria morto, e não havia o que fazer. Como se conhece muito pouco ainda sobre as atrocidades da ditadura, é o caso de rapidamente contar essa macabra crônica de uma morte anunciada. Para que nunca nos esqueçamos do que foi o terror da ditadura. Crônica que Sarno viveu de perto.
Nascido em Minas Gerais, em 28 de agosto de 1945, Bacuri revelou-se um militante disciplinado e arrojado, tendo militado, em 1968, na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), fundado a Rede Democrática (Rede) em abril de 1969 e posteriormente ingressado na Ação Libertadora Nacional (ALN).
Talvez tenha sido essa história, marcada pelo comando de várias ações da esquerda armada, que o tornara tão odiado pelos militares. Foi preso no dia 21 de agosto de 1970, no Rio de Janeiro, pelo delegado-terrorista Sérgio Fleury e sua equipe. E aqui começou a sua via crucis, ponteada por suplícios inimagináveis.
Passou pelo Cenimar e pelo DOI-Codi, no Rio de Janeiro. No DOI-Codi, foi visto pela ex-presa política Cecília Coimbra, hoje dirigente do grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro.
Do Cenimar do Rio de Janeiro, Bacuri foi transferido para o 41º Distrito Policial de São Paulo, cujo delegado titular era o próprio Fleury, que se notabilizou, como se sabe, não só pela tortura e assassinatos de prisioneiros políticos, como por chefiar o Esquadrão da Morte paulista. Ainda voltaria, sempre sob torturas, para o Cenimar/Rio e depois para a Oban.
DOSSIÊ DOS MORTOS
Em outubro, foi removido para o Deops de São Paulo, ficando na cela 1 do chamado “fundão” – uma área totalmente isolada das outras celas (sobre o assunto, o leitor pode encontrar mais dados no “Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos a partir de 1964”, livro editado pelos governos de Pernambuco (1995) e de São Paulo (1996), e, também, em “Dos filhos deste solo”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, editado pela Fundação Perseu Abramo e Boitempo Editorial).
No dia 24 de outubro de 1970, Bacuri foi informado de que os jornais daquele dia estavam noticiando a sua fuga, ao lado da morte de Joaquim Câmara Ferreira, velho dirigente comunista assassinado também por Fleury. Todos os presos do Deops tomaram conhecimento disso. O assassinato dele estava anunciado. O anúncio da fuga era o sinal de que seria executado. Bacuri comentou com Vinícius Caldeira Brandt que estava preso na cela 4 do “fundão”:
– A única esperança que me resta é a que a decretação de minha morte chegue ao novo arcebispo de São Paulo, D. Evaristo Arns. Ele luta de fato pelos direitos humanos.
Os jornais traziam a notícia da fuga de Bacuri, e sadicamente foram mostrados a ele pelos próprios policiais. Era um sábado. Todos os presos entraram em vigília permanente. Na segunda, começaram as providências para a transferência de Bacuri. Sem poder andar devido às torturas, foi tirado da cela 1 do fundão para a X-1 (cela localizada em frente à sala dos carcereiros).
Vinícius Caldeira Brandt revelou que Bacuri tinha plena consciência da proximidade da morte, mas mantinha “uma postura digna e tranqüila”. À 1 hora da madrugada do dia 27 de outubro de 1970, policiais o retiraram do Deops, sob os protestos indignados e barulhentos dos demais prisioneiros políticos, Sarno entre eles.
Depois de ser retirado do Deops, Bacuri nunca mais foi visto por nenhum preso político. Só por seus torturadores. Nas audiências da Auditoria Militar em São Paulo, vários presos denunciaram o sumiço de Bacuri, sem que o juiz Nelson Guimarães tomasse qualquer providência. Um policial, Carlinhos Metralha, do Esquadrão da Morte, disse que Bacuri estava no sítio particular de Fleury, onde também foi morto Joaquim Câmara Ferreira.
Bacuri foi executado no dia 7 de dezembro de 1970. Seu corpo foi encontrado em São Sebastião, litoral norte do Estado de São Paulo.
ORELHAS DECEPADAS
No mesmo dia, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, havia sido seqüestrado por revolucionários brasileiros. E isso apressou a execução de Bacuri, pois certamente ele estaria na lista de prisioneiros que deveriam ser libertados em troca do diplomata. Seria impossível apresentá-lo, pois estava um trapo humano, como pôde constatar sua família, a quem o corpo foi entregue: hematomas, escoriações, cortes profundos, queimaduras por toda parte, dentes arrancados, orelhas decepadas, olhos vazados.
Denise Crispim, companheira de Bacuri, fora solta antes de ele morrer devido ao fato de estar grávida. No dia 10 de outubro de 1970, nasceu Eduarda, na Itália. Bacuri não conheceu a filha.
Sarno não se esquece do dia 8 de dezembro de 1970. Foi o dia em que soube da morte de Bacuri. E foi exatamente nessa data que a sua família conseguiu visitá-lo em São Paulo. Nas lembranças desse 8 de dezembro, convivem a tristeza e uma quase-alegria. O sentimento profundo, quase indecifrável, da perda brutal de um companheiro”. (Lembranças do Mar Cinzento, Editora Casa Amarela).
ENFIM, se houver algum erro neste episódio, é da parte do Banco do Brasil que cede publicidade para a revista Veja e acaba financiando um porta-voz do extremismo de direita e do golpismo.
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OS ABUSADOS
Liberdade de expressão é o direito que cada cidadão tem de expressar suas idéias, seus conhecimentos, suas experiências, sua crença, suas críticas, mas sempre sujeito às penas da lei no caso de abuso. E esse abuso tem sido praticado por alguns elementos da mídia brasileira, que já deveriam ter sido levados às barras dos tribunais. A única liberdade de expressão que interessa a tais néscios do jornalismo é uma que permita ofender, caluniar e denegrir a imagem e a pessoa do presidente Lula, inclusive da família do presidente, e do PT. Auto-intitulam-se jornalistas independentes. Mentira, estão a serviço da revista Veja, da editora Abril. Talvez não seja crime ser empregado da revista Veja, mas certamente é crime mentir, enganar, ofender, pregar o racismo e o preconceito contra uma imensa parcela do povo brasileiro. Mentem, inventam, desinformam e omitem porque estão a serviço da oposição, da elite deste país. Uma elite que, por puro preconceito, não aceita um presidente ex-migrante nordestino e ex-metalúrgico. Não aceitam o fato de que Lula está fazendo o melhor governo que este país já teve. Mentem, inventam, agridem, sempre em benefício próprio. Afinal, teremos eleições para prefeito em 2008 e para governador e presidente em 2010: vão surgir vagas para assessores e chefetes de imprensa nos três níveis de governo; por isso é importante que eles elejam seus candidatos, mesmo que sejam corruptos, que já tenham demostrado total incompetência para governar, mesmo que no passado recente já tenham afundado o país. Quando eles são processados por quem tenham ofendido com suas metiras, calúnias, invencionices, eles gritam que "estão querendo censurar a imprensa". Cometem abusos e não querem responder judicialmente por seus atos criminosos. Eu não trabalho para nenhum orgão de imprensa, nenhum partido político, nenhum órgão público. Sou apenas uma cidadã consciente do que está ocorrendo no país e no mundo. Por ter consciência, e respeito pela liberdade de expressão, jamais abusaria da liberdade de expressão para ofender esses indivíduos com palavras de baixo calão, com ofensas pessoais, ou para ofender seus familiares, como eles fazem. Por exemplo, eu jamais escreveria um texto que contivesse ofensas como "o filho da puta e corno" do Reinaldo Azevedo, junto com o "corno e filho da puta" do Diogo Mainardi, "são dois cânceres do jornalismo". O câncer todo mundo sabe, tem que ser extirpado, tem que ser eliminado, e isso daria margem para eles me acusarem de estar pregando que eles sejam eliminados, mortos. Deus me livre disso, não desejo a morte de ninguém, muito ao contrário: desejo vida longa a eles, para que possam assistir aos grandes feitos do governo Lula, ao crescimento do país, à vitória do governo Lula e do povo que eles tanto combatem. Eles se auto-censuram ao não divulgar as mazelas dos governos tucano, não abrem o bico para falar dos escândalos do plano Real, da compra de votos para a reeleição de FHC, dos desvios da Nossa Caixa no governo Alckmin, do acordo do governo Alckmin com o PCC, do esconde-esconde dos verdadeiros números de assaltos a banco em SP, das fugas da FEBEM e dos presídios, das condições dos presídios de SP. Não falam no golpe que Serra deu na educação, na USP, dos decretos do Serra que afetam a autonomia da USP, da contingência do repasse de verbas para a educação universitária. Não abrem a boca sobre o contrato de Alckmin com empreiteiras, que causou mortes na cratera do Metrô. E muito menos abrem o bico para falar da lista de Furnas, do Dimasduto que beneficiou o PSDB e seus aliados, e que PF já revelou ser autêntica. Não abrem o bico para falar que no governo Serra a quase extinta malária ressurge em SP, do descaso e silêncio no governo Serra com o acidente do Metrô. Imaginem se eles vão falar que um escândalo sem precedentes na história da República está para estourar no Brasil. Envolve figurões "acima de qualquer suspeita", ligados à "farra das privatizações" do Governo FHC. Não falam sobre os recursos que receberam do governo Alckmin para manter o site e revista Primeira Leitura, recursos desviados da Nossa Caixa. Cadê a liberdade de expressão deles para se manifestar, informar sobre esses acontecimentos que desviaram milhões do erário público e causaram mortes nos governos tucanos?
Jussara Seixas
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Liberdade de expressão é o direito que cada cidadão tem de expressar suas idéias, seus conhecimentos, suas experiências, sua crença, suas críticas, mas sempre sujeito às penas da lei no caso de abuso. E esse abuso tem sido praticado por alguns elementos da mídia brasileira, que já deveriam ter sido levados às barras dos tribunais. A única liberdade de expressão que interessa a tais néscios do jornalismo é uma que permita ofender, caluniar e denegrir a imagem e a pessoa do presidente Lula, inclusive da família do presidente, e do PT. Auto-intitulam-se jornalistas independentes. Mentira, estão a serviço da revista Veja, da editora Abril. Talvez não seja crime ser empregado da revista Veja, mas certamente é crime mentir, enganar, ofender, pregar o racismo e o preconceito contra uma imensa parcela do povo brasileiro. Mentem, inventam, desinformam e omitem porque estão a serviço da oposição, da elite deste país. Uma elite que, por puro preconceito, não aceita um presidente ex-migrante nordestino e ex-metalúrgico. Não aceitam o fato de que Lula está fazendo o melhor governo que este país já teve. Mentem, inventam, agridem, sempre em benefício próprio. Afinal, teremos eleições para prefeito em 2008 e para governador e presidente em 2010: vão surgir vagas para assessores e chefetes de imprensa nos três níveis de governo; por isso é importante que eles elejam seus candidatos, mesmo que sejam corruptos, que já tenham demostrado total incompetência para governar, mesmo que no passado recente já tenham afundado o país. Quando eles são processados por quem tenham ofendido com suas metiras, calúnias, invencionices, eles gritam que "estão querendo censurar a imprensa". Cometem abusos e não querem responder judicialmente por seus atos criminosos. Eu não trabalho para nenhum orgão de imprensa, nenhum partido político, nenhum órgão público. Sou apenas uma cidadã consciente do que está ocorrendo no país e no mundo. Por ter consciência, e respeito pela liberdade de expressão, jamais abusaria da liberdade de expressão para ofender esses indivíduos com palavras de baixo calão, com ofensas pessoais, ou para ofender seus familiares, como eles fazem. Por exemplo, eu jamais escreveria um texto que contivesse ofensas como "o filho da puta e corno" do Reinaldo Azevedo, junto com o "corno e filho da puta" do Diogo Mainardi, "são dois cânceres do jornalismo". O câncer todo mundo sabe, tem que ser extirpado, tem que ser eliminado, e isso daria margem para eles me acusarem de estar pregando que eles sejam eliminados, mortos. Deus me livre disso, não desejo a morte de ninguém, muito ao contrário: desejo vida longa a eles, para que possam assistir aos grandes feitos do governo Lula, ao crescimento do país, à vitória do governo Lula e do povo que eles tanto combatem. Eles se auto-censuram ao não divulgar as mazelas dos governos tucano, não abrem o bico para falar dos escândalos do plano Real, da compra de votos para a reeleição de FHC, dos desvios da Nossa Caixa no governo Alckmin, do acordo do governo Alckmin com o PCC, do esconde-esconde dos verdadeiros números de assaltos a banco em SP, das fugas da FEBEM e dos presídios, das condições dos presídios de SP. Não falam no golpe que Serra deu na educação, na USP, dos decretos do Serra que afetam a autonomia da USP, da contingência do repasse de verbas para a educação universitária. Não abrem a boca sobre o contrato de Alckmin com empreiteiras, que causou mortes na cratera do Metrô. E muito menos abrem o bico para falar da lista de Furnas, do Dimasduto que beneficiou o PSDB e seus aliados, e que PF já revelou ser autêntica. Não abrem o bico para falar que no governo Serra a quase extinta malária ressurge em SP, do descaso e silêncio no governo Serra com o acidente do Metrô. Imaginem se eles vão falar que um escândalo sem precedentes na história da República está para estourar no Brasil. Envolve figurões "acima de qualquer suspeita", ligados à "farra das privatizações" do Governo FHC. Não falam sobre os recursos que receberam do governo Alckmin para manter o site e revista Primeira Leitura, recursos desviados da Nossa Caixa. Cadê a liberdade de expressão deles para se manifestar, informar sobre esses acontecimentos que desviaram milhões do erário público e causaram mortes nos governos tucanos?
Jussara Seixas
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