5 de abril de 2007
Maré vermelha causou mortandade de peixe na Bahia
O vereador, digo, senador do ex-PFL, César Borges, vai ter que engolir suas palavras. Encarregado por ACM de fazer o trabalho sujo, declarou à imprensa que o duto da Petrobrás “poderia ser o causador da mortandade de peixe na Baía de Todos os Santos”. Era clara a intenção irresponsável de envolver o governo federal na tragédia ambiental. César Borges tem se especializado nesse tipo de pronunciamento. Mais para vereador de grotão que para senador da República.
Um fenômeno natural conhecido como “maré vermelha” foi a causa da mortandade de peixes na Baía de Todos os Santos, verificada desde o início do mês de março. A constatação está no laudo técnico divulgado (4/4) pelo Centro de Recursos Ambientais (CRA), detalhando que a ocorrência é resultado das altas concentrações da espécie de microalgas Gymnodinium sanguineum no mar.
Em altas densidades, essas algas produzem grande quantidade de matéria orgânica, o que causou a obstrução das brânquias dos peixes, levando-os à morte por asfixia. A situação ainda foi agravada pela redução do oxigênio disponível na água em função da decomposição da matéria orgânica gerada.
Uma equipe multidisciplinar trabalhou nos estudos e na elaboração do laudo técnico, com a participação de professores dos institutos de Química e de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), da Escola de Medicina Veterinária da Ufba, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), de Santa Catarina, e do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Cefet). O professor Eduardo Mendes da Silva, do Instituto de Biologia da Ufba, esclarece que a maré vermelha ocorre principalmente por conta de condições climáticas estáveis e do aumento de nutrientes na água. “A estabilidade climática verificada no mês de março colaborou para a reprodução intensa das algas. Foram praticamente 30 dias sem as costumeiras chuvas e os ventos fortes”, disse.
“As algas chegam a um grau de concentração máximo de três milhões de células por litro”, explicou o oceanógrafo e professor da Univali, Luís Proença. O laudo concluiu ainda que, no fenômeno ocorrido na Bahia, os danos decorrentes afetam apenas o ecossistema, diferentemente da maré vermelha verificada em Santa Catarina em janeiro deste ano, quando as microalgas produziram toxinas que contaminaram ostras e mexilhões. Nesse caso, o consumo dos mariscos afetaria a saúde humana.
A principal região afetada pelo fenômeno foi a desembocadura do canal de São Roque do Paraguaçu, entre Salinas da Margarida e Santo Amaro, passando pelas localidades de Bom Jesus dos Pobres, Cabuçu, Itapema, Acupe e outras áreas adjacentes. A maré vermelha também provoca alteração na coloração da água.
O trabalho de monitoramento das águas da baía continua. Segunda-feira (9) está marcada uma reunião do conselho gestor da Área de Preservação Ambiental (APA) da Baía de Todos os Santos. Na ocasião, será discutida a elaboração de um plano de manejo e recuperação das águas, para evitar o lançamento de detritos e combater a poluição. O Governo Wagner está dando assistência à população. Mais de dez mil cestas básicas já foram distribuídas.
Um fenômeno natural conhecido como “maré vermelha” foi a causa da mortandade de peixes na Baía de Todos os Santos, verificada desde o início do mês de março. A constatação está no laudo técnico divulgado (4/4) pelo Centro de Recursos Ambientais (CRA), detalhando que a ocorrência é resultado das altas concentrações da espécie de microalgas Gymnodinium sanguineum no mar.
Em altas densidades, essas algas produzem grande quantidade de matéria orgânica, o que causou a obstrução das brânquias dos peixes, levando-os à morte por asfixia. A situação ainda foi agravada pela redução do oxigênio disponível na água em função da decomposição da matéria orgânica gerada.
Uma equipe multidisciplinar trabalhou nos estudos e na elaboração do laudo técnico, com a participação de professores dos institutos de Química e de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), da Escola de Medicina Veterinária da Ufba, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), de Santa Catarina, e do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Cefet). O professor Eduardo Mendes da Silva, do Instituto de Biologia da Ufba, esclarece que a maré vermelha ocorre principalmente por conta de condições climáticas estáveis e do aumento de nutrientes na água. “A estabilidade climática verificada no mês de março colaborou para a reprodução intensa das algas. Foram praticamente 30 dias sem as costumeiras chuvas e os ventos fortes”, disse.
“As algas chegam a um grau de concentração máximo de três milhões de células por litro”, explicou o oceanógrafo e professor da Univali, Luís Proença. O laudo concluiu ainda que, no fenômeno ocorrido na Bahia, os danos decorrentes afetam apenas o ecossistema, diferentemente da maré vermelha verificada em Santa Catarina em janeiro deste ano, quando as microalgas produziram toxinas que contaminaram ostras e mexilhões. Nesse caso, o consumo dos mariscos afetaria a saúde humana.
A principal região afetada pelo fenômeno foi a desembocadura do canal de São Roque do Paraguaçu, entre Salinas da Margarida e Santo Amaro, passando pelas localidades de Bom Jesus dos Pobres, Cabuçu, Itapema, Acupe e outras áreas adjacentes. A maré vermelha também provoca alteração na coloração da água.
O trabalho de monitoramento das águas da baía continua. Segunda-feira (9) está marcada uma reunião do conselho gestor da Área de Preservação Ambiental (APA) da Baía de Todos os Santos. Na ocasião, será discutida a elaboração de um plano de manejo e recuperação das águas, para evitar o lançamento de detritos e combater a poluição. O Governo Wagner está dando assistência à população. Mais de dez mil cestas básicas já foram distribuídas.