6 de abril de 2007
Devolvam meu Bahêa
Devolvam meu Bahêa – o último bastião da ditadura
Do correspondente da revista Caros Amigos em Salvador, jornalista Nestor Mendes Jr, publicado na coluna Enfermaria na edição de março.
O Brasil sofreu um processo de democratização que praticamente varreu do mapa os últimos resquícios da ditadura militar implantada em 1964. Da abertura “lenta e gradual” à eleição de um líder operário, passando pela anistia, diretas-já e o impeachment de Collor, o Brasil é bem diferente de 1964.
Contudo, um filhote da ditadura resiste no Brasil do século 21: o comando do Esporte Clube Bahia – um dos clubes brasileiros mais populares, com uma massa de 6 milhões de torcedores.
Desde 1972 – quando as ordens no Brasil eram ainda dadas pelo general Médici – está encastelado na chefia do Bahia o cartola Paulo Maracajá Pereira. Ex-dono de uma frota de táxis – que pegou fogo misteriosamente e, pasmem, de uma só vez -, Maracajá se aproveitou muito bem do poder dos generais e da popularidade do clube.
Foi vereador, deputado estadual e, atualmente, ocupa a sinecura vitalícia de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Responsável por levar o Bahia à bancarrota – dívidas de 60 milhões de reais – e à humilhação nos gramados – i bicampeão amarga a terceira divisão desde o ano passado -, Maracajá (que se auto-intitulou “eterno presidente” vive às voltas com processos na Justiça; inquéritos no Ministério Público e na Polícia Federal; e uma oposição renitente, que, em novembro passado levou ás ruas de Salvador 50 mil pessoas, que exigiam num só brado: Devolvam meu Bahêa.
NOTA DO BLOG: Sem querer criticar Nestor Mendes Jr, em seu texto está faltando alguma coisa. O filhote da ditadura que resiste na Bahia sempre pertenceu ao time de ACM, radical e fiel carlista, e foi vereador e deputado estadual pelo ex-PFL. Como Nestor Mendes não faz menção a isso, fica parecendo que a turma de ACM não tem nada a ver com os métodos de poder de Maracajá e a derrocada do popular time. Ah! E a tal sinecura vitalícia do filhote da ditadura no Tribunal de Contas dos Municípios foi conseguida pela maioria carlista na Assembléia Legislativa, antes do hamster perder as eleições e a rataria mudar de lado.
Do correspondente da revista Caros Amigos em Salvador, jornalista Nestor Mendes Jr, publicado na coluna Enfermaria na edição de março.
O Brasil sofreu um processo de democratização que praticamente varreu do mapa os últimos resquícios da ditadura militar implantada em 1964. Da abertura “lenta e gradual” à eleição de um líder operário, passando pela anistia, diretas-já e o impeachment de Collor, o Brasil é bem diferente de 1964.
Contudo, um filhote da ditadura resiste no Brasil do século 21: o comando do Esporte Clube Bahia – um dos clubes brasileiros mais populares, com uma massa de 6 milhões de torcedores.
Desde 1972 – quando as ordens no Brasil eram ainda dadas pelo general Médici – está encastelado na chefia do Bahia o cartola Paulo Maracajá Pereira. Ex-dono de uma frota de táxis – que pegou fogo misteriosamente e, pasmem, de uma só vez -, Maracajá se aproveitou muito bem do poder dos generais e da popularidade do clube.
Foi vereador, deputado estadual e, atualmente, ocupa a sinecura vitalícia de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Responsável por levar o Bahia à bancarrota – dívidas de 60 milhões de reais – e à humilhação nos gramados – i bicampeão amarga a terceira divisão desde o ano passado -, Maracajá (que se auto-intitulou “eterno presidente” vive às voltas com processos na Justiça; inquéritos no Ministério Público e na Polícia Federal; e uma oposição renitente, que, em novembro passado levou ás ruas de Salvador 50 mil pessoas, que exigiam num só brado: Devolvam meu Bahêa.
NOTA DO BLOG: Sem querer criticar Nestor Mendes Jr, em seu texto está faltando alguma coisa. O filhote da ditadura que resiste na Bahia sempre pertenceu ao time de ACM, radical e fiel carlista, e foi vereador e deputado estadual pelo ex-PFL. Como Nestor Mendes não faz menção a isso, fica parecendo que a turma de ACM não tem nada a ver com os métodos de poder de Maracajá e a derrocada do popular time. Ah! E a tal sinecura vitalícia do filhote da ditadura no Tribunal de Contas dos Municípios foi conseguida pela maioria carlista na Assembléia Legislativa, antes do hamster perder as eleições e a rataria mudar de lado.
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É visível o desprezo da "Grande Mídia" para com a Semana Santa. A insensibilidade dos donos dos jornais, rádios e televisões têm contribuído ao esvaziamento da maior data da cristandade. O blog DESABAFO PAÍS descobriu que essa mesma “Imprensa” além de insensível, não é imparcial, como ela fala pelos quatro cantos do Brasil. Desde 2002, a Mídia Conservadora e PSDB, PFL, PPS e Cia. vêm tramando a queda do Lula. E agora, políticos do PSDB e PFL reuniram com o Comando dos Controladores de Vôo em Brasília, 5(cinco) dias antes do “Caos aéreo” da semana passada. Porque a grande mídia omitiu esse fato? Quem são os jornalistas empenhados em instaurar o terror no País - A legião de colaboradores do Golpe de Estado se divide em três frentes diferentes na mídia: 1) Jornalistas da grande imprensa; 2) Blogueiros e articulistas "independentes"; 3) Formadores de opinião (analistas políticos, artistas, etc...). Acesse: http://desabafopais.blogspot.com. Um abraço, Daniel Pearl.
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