23 de março de 2007

 

O talento em tempos de cólera

“Sempre cultivei uma inveja danada dos escritores. Daqueles seres que conseguem traduzir o mundo em seus personagens. Quando a gente os lê, parece que não há nada mais simples. Você, que acha isso, tente. Não há nada mais difícil do que esse mistério do escrever inventando gente, decifrando o mundo. Mas, o curioso é que eles não inventam. São pessoas iluminadas, capazes de apreender a humanidade de um modo diverso, muito diferente da apreensão feita pelos mortais. Gabriel García Márquez é um desses seres agraciados pelos deuses. Ou pelos demônios que povoaram sua infância em Aracataca, na Colômbia, de onde surgiu para assombrar e encantar o mundo há 80 anos. Ele foi uma bênção para essa sofrida América Latina. Com ele, foi possível perceber não só a miséria, como os sonhos. A magia pode nascer do povo. Dele é que vieram tantos amores, tantas dores, tantas viagens por esse Continente de tanto amor em tempos de cólera. Longa vida para Gabriel García Márquez.

Artigo publicado na Página de Opinião, do Jornal A Tarde, dia 17/03/2007.

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www.emilianojose.com.br

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