28 de fevereiro de 2007

 

IstoÉ falsifica a história de Carlos Lamarca

"O guerrilheiro apaixonado", reportagem de capa de Hugo Studart para a revista IstoÉ (25/02/2007), revela cartas escritas pelo capitão Carlos Lamarca a Iara Iavelberg. De teor passional, as cartas são comparadas à troca de correspondência entre Rosa Luxemburgo a Leo Jogiches. O repórter ignora o livro Lamarca, O Capitão da Guerrilha, da autoria de Emiliano José e Oldack Miranda (já na 17ª edição), e assume a versão mentirosa dada por Cerqueira para a morte do revolucionário. Na verdade, conforme provou o laudo pericial do IML baiano, localizado 25 anos depois pelo jornalista Bernardino Furtado (jornal O Globo), Lamarca foi metralhado com cinco tiros pelas costas e depois executado covardemente com um tiro de misericórdia no coração pelo capitão Cerqueira, provavelmente a “fonte” do jornalista da Istoé. O assassino ainda saiu gritando descontrolado e histérico: “eu matei, eu matei, alagoano é foda”.

Confira a reportagem e, se quiser, confira a verdade em “Lamarca, O Capitão da Guerrilha”, Editora Global. Tirando a falsificação da história no episódio da morte de Lamarca, vale a leitura, embora o jornalista Hugo Studart queira dar um tom de "descoberta" ao diário de Lamarca, bastante citado na obra Iara, da jornalista Judith Patarra, que ele também ignora completamente, talvez para não enfraquecer sua versão de cartas "inéditas".

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