24 de fevereiro de 2007
Igreja Católica avisa que não é contra transposição das águas do São Francisco
O Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer anunciou (23) que a entidade não vai se posicionar em relação à transposição das águas do rio São Francisco. Ele considera que atitudes contrárias à obra refletem apenas posições pessoais e não a opinião da Igreja Católica. Para quem acompanha a transposição do São Francisco é fácil saber porque a CNBB tomou essa posição neutra. A maior parte dos bispos do Nordeste é a favor da transposição das águas.
LEIA NA ÍNTEGRA A MATÉRIA:
Secretário-geral da CNBB afirma que entidade não se posicionará sobre transposição do São Francisco
Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer, disse hoje (23) que a entidade não vai se posicionar quanto à transposição do rio São Francisco. Ele considera que atitudes contrárias à obra refletem uma posição pessoal, e não a opinião da Igreja Católica como um todo.
Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA), protocolou carta no Palácio do Planalto, apresentando um plano alternativo às obras de transposição do rio, como se tornou conhecido oficialmente o projeto de integração das águas do rio às bacias do Nordeste setentrional.
Em 2005, Cappio chegou a entrar em greve de fome para chamar a atenção sobre suas idéias.
Ele acredita que o projeto do governo é excessivamente caro, acarreta riscos socioambientais e não vai, garantidamente, beneficiar a população pobre da região do semi-árido nordestino.
Ao se referir ao bispo, dom Odilo afirmou que “quem se manifestou naturalmente está querendo continuar o dialogo”. Ele destacou que a posição de Cappio é pessoal.
Alguns grupos católicos expressaram, ontem, o apoio ao bispo e à reivindicação de que haja mais diálogo entre o governo e a sociedade antes que a as obras para a transposição sejam iniciadas. O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), e a Cáritas, entidade que reúne 162 organizações de serviço social da Igreja Católica, declararam apoio à luta do bispo baiano.
Na carta protocolada no Planalto, Cappio sugere, como alternativas à transposição, a revitalização do rio, a construção de mais cisternas (para usar a água da chuva no abastecimento doméstico) e a execução de 530 projetos já existentes da Agência Nacional de Águas (ANA) que, segundo ele, resolveriam os problemas de abastecimento hídrico no semi-árido brasileiro até 2015.
LEIA NA ÍNTEGRA A MATÉRIA:
Secretário-geral da CNBB afirma que entidade não se posicionará sobre transposição do São Francisco
Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer, disse hoje (23) que a entidade não vai se posicionar quanto à transposição do rio São Francisco. Ele considera que atitudes contrárias à obra refletem uma posição pessoal, e não a opinião da Igreja Católica como um todo.
Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA), protocolou carta no Palácio do Planalto, apresentando um plano alternativo às obras de transposição do rio, como se tornou conhecido oficialmente o projeto de integração das águas do rio às bacias do Nordeste setentrional.
Em 2005, Cappio chegou a entrar em greve de fome para chamar a atenção sobre suas idéias.
Ele acredita que o projeto do governo é excessivamente caro, acarreta riscos socioambientais e não vai, garantidamente, beneficiar a população pobre da região do semi-árido nordestino.
Ao se referir ao bispo, dom Odilo afirmou que “quem se manifestou naturalmente está querendo continuar o dialogo”. Ele destacou que a posição de Cappio é pessoal.
Alguns grupos católicos expressaram, ontem, o apoio ao bispo e à reivindicação de que haja mais diálogo entre o governo e a sociedade antes que a as obras para a transposição sejam iniciadas. O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), e a Cáritas, entidade que reúne 162 organizações de serviço social da Igreja Católica, declararam apoio à luta do bispo baiano.
Na carta protocolada no Planalto, Cappio sugere, como alternativas à transposição, a revitalização do rio, a construção de mais cisternas (para usar a água da chuva no abastecimento doméstico) e a execução de 530 projetos já existentes da Agência Nacional de Águas (ANA) que, segundo ele, resolveriam os problemas de abastecimento hídrico no semi-árido brasileiro até 2015.