28 de dezembro de 2006

 

Herança maldita dos 40 anos de carlismo na Bahia

Está nas manchetes dos principais jornais do país. Até mesmo no Correio da Bahia, o jornal da famiglia ACM, como se nada tivesse com eles. A região metropolitana de Salvador apresenta uma desigualdade de renda pior na comparação com o país.

Segundo pesquisa do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), uma morador de uma área nobre da região metropolitana ganha 25 vezes a renda do residente na localidade mais pobre da Grande Salvador. No país, essa disparidade (medida entre as unidades da Federação) é de cinco vezes.

Enquanto um morador do bairro Itaigara (próximo à orla) tem uma renda média mensal de R$ 2.135 (em valores de 2000), um habitante de Coutos (Avenida Suburbana) ganha, em média, R$ 82,94 por mês.

O dado faz parte do "Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador", preparado pelo PNUD a partir de 121 indicadores sócio-econômicos, com base nos censos de 1991 e 2000. A Grande Salvador foi dividida em 149 setores, que agrupam famílias e domicílios de perfil social e econômico semelhante, para identificar as disparidades regionais.

Segundo o PNUD, se a região metropolitana de Salvador fosse um país, teria a segunda pior distribuição de renda do planeta, atrás somente do país africano Namíbia, pelo índice de Gini, que mede essa desigualdade.

Enquanto o índice de Gini do Brasil é de 0,580, a Grande Salvador apresenta 0,660, próximo de Lesoto (0,632), outro país africano e somente melhor que o da Namíbia (0,743). No índice de Gini, que funciona em uma escala de zero a um, quanto mais próximo de um, pior a distribuição de renda.

COM UM QUADRO DESSE NÃO HÁ MILAGRE QUE O GOVERNO JAQUES WAGNER POSSA FAZER DA NOITE PARA O DIA. MAS O ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO REVELA QUE NÃO HÁ SAÍDA SEM A INTERVENÇÃO DO ESTADO. O MERCADO FALHOU. AUMENTOU A POBREZA, CONCENTROU A RENDA.

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