9 de outubro de 2006
No debate, Lula desmascarou o tucano
20h33min - PRIMEIRO BLOCO
A primeira pergunta de Ricardo Boechat, mediador do debate é:
- O senhor concorda em fazer cortes no orçamento, em especial na Previdência, para fazer o Brasil crescer?Alckmin, partindo para o ataque e mostrando-se grosseiro:
– Eu vou cortar gastos, sim, mas não na Previdência Social. Vou cortar gastos na ineficiência, vou cortar gastos nos comissionados, nos companheiros de partido.
Lula responde à altura e dá o troco:
– A impressão que tenho é que o meu adversário decora alguns chavões para participar de debates. A única coisa que sabem fazer é cortar gastos onde não se deve cortar, no salário dos trabalhadores. Parece-me que o governador não estava no Brasil em 2003. Se estivesse, começaria esse debate me agradecendo.
Alckmin, ainda grosseiro, pergunta a Lula:
- De onde veio o dinheiro sujo, R$ 1,7 milhão para comprar um dossiê fajuto?
Lula enfatiza a autoria tucana no caso do dossiê e responde:
- Eu quero saber mais: quem foi que arquitetou esse plano maquiavélico? A única ganhadora nesse trambique todo foi a campanha do meu adversário.
Réplica de Alckmin, querendo saber o que ainda está sendo investigado:
- Olhe nos olhos do povo brasileiro e responda de onde veio o dinheiro?
Tréplica de Lula, com posição de estadista e com respeito às instituições democráticas:
- Provavelmente o governador tenha saudade da ditadura. Uma investigação séria é demorada.
20:56min - SEGUNDO BLOCO
Lula, entrando no campo das maracutaias tucanas pergunta:
- O senhor sabia ou não sabia das transações de Barjas Negri (ministro da Saúde no governo FHC envolvido com a Máfia dos Sanguessugas)?
Alckmin esquece que é tucano, não responde e esquiva-se, tentando se descolar de FHC e Serra e esquece das 69 CPI’s engavetadas e diz:
- Não meça as pessoas pela sua régua. Eu não tenho ministro condenado, indiciado pela polícia, assessor meu denunciado pelo Procurador da República. No meu governo não tem absolutamente nada. Se há alguém que não tem moral para falar de ética é o governo Lula.
Réplica de Lula, aproveitando-se da oportunidade do tucano afirmar que nada havia no seu governo:
- 69 CPI's foram engavetadas (Em São Paulo, com Alckmin governador ). A que preço eu não sei. Eu não movi um dedo para impedir CPI's.
Tréplica de Alckmin, com a mesma grosseria do início, mostrando-se não possuir postura de estadista:
- Quanta mentira. Como Lula mudou. As CPI's (no governo Lula) só saíram porque o Roberto Jefferson contou a verdade para o Brasil.
Lula mostra a diferença entre a corrupção tucana e a efetividade do seu governo no combate à corrupção tucana, perguntando:
- A obrigação de um governante é mandar apurar toda a denúncia que recebe. Foi o que fiz. Quando era governador o senhor ficou sabendo de fatos graves e evitou que fossem apurados. Por que nenhuma das 69 CPI’s foi implantada?
Alckmin, sem argumentos, remete a culpa à Assembléia Paulista, como se ele não estivesse no governo do estado por quase 12 anos:
- Quem escreveu aí esqueceu de dizer quando que na Assembléia Legislativa de SP, desde 1998, o regimento estabeleceu que é preciso votar em plenário pedido de CPI.
Lula, sobre obras em São Paulo e sobre a política social:
- Eu gostaria de comparar (os governos). Provavelmente não colocamos um centavo no Rodoanel. É verdade, mas é verdade também que quem cuida das políticas sociais nos estados somos nós.
Alckmin, tentando passar a falsa beatitude (nos lembra a Opus Dei):
- A primeira diferença é de caráter. Eu não me omito, não jogo nas costas dos amigos os problemas do governo e pergunta se o senhor não sabia sobre os cinco ministros do governo envolvidos em denúncias de corrupção:
Lula, sobre as privatizações de FHC e cumplicidade do governo de São Paulo no combate à corrupção:
- O PSDB jogava escândalos para debaixo do tapete para não discutir as privatizações que ninguém sabe para onde foi tanto dinheiro e que ele cortou na própria carne com a saída dos ministros:
Alckmin, mais uma vez sem argumentos, apela para o suspeito caso do caseiro:
- Violento com o fraco Francenildo Costa, mas fraquinho com os crimes que assolaram o País.Lula eleva o tom e lembra ao governador que ele é um tucano:
- O governador não lembra onde começou a compra de voto espúria no País, citando a compra de votos para a reeleição de FHC. E ainda?
Alguma política para o Bolsa Família, governador?
Alckmin, tentando se descolar de FHC, sempre grosseiro, apela para falácias:
- Como entender que o Brasil, essa potência que é o Brasil, é o último da fila. O Brasil não pode mais ficar perdendo oportunidades. Privatizações É diferente do dólar na cueca, na caixa de uísque, é diferente de todo o tipo de mensalão.
Lula volta a perguntar qual política Alckmin tem para a população pobre e compara as 11 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família com as 170 mil atendidas por programas estaduais em São Paulo.
Alckmin, esquecendo que já chamou o Bolsa Família de esmola, mais uma vez não responde sobre as privatizações ou compras de votos do PSDB:
- A mentira política é essa boataria de que vou acabar com o Bolsa Família.
21h13min - Lula pede direito de resposta, mas não é atendido. Reclama que foi chamado de mentiroso.
Alckmin pergunta quanto Lula gastou no Sistema Único de Segurança pública e diz que o governo não sabe escolher gastos.
Lula defende sua política social e define as prioridades dos gastos e enfático, eleva o tom e responde:
- O governo gasta naquilo que a gente acha que vai melhorar a vida das pessoas. A política de vocês é privatizar, privatizar, privatizar. A nossa é investir no social, no social, no social.
Alckmin reclama de falta de ajuda do governo federal com a Febem:
- O candidato Lula é um bom comentarista, ele fala como se nada tivesse a ver com o menor infrator. São Paulo trabalhou sozinho.
Lula cita rebeliões na Febem, fala sobre a educação em São Paulo e pergunta:
- por que o choque de gestão de Alckmin não funcionou na Febem. A Febem não é tratada com o carinho que merece porque é um sistema prisional para condenar a meninada. Quem cuidou da educação em São Paulo foi o governo federal.
Alckmin critica Lula por não concluir obras em Saúde e indica que o governo federal não investiu o que deveria em saneamento.
Lula rebate críticas a obras inacabadas:
- Eu fiz mais pela ferrovia Norte-Sul do que os últimos presidentes em 15 anos. Não queira que eu conserte em quatro anos o que vocês destruíram em quatro séculos.
21:38min - TERCEIRO BLOCO – (O debate fica morno)
Lula pergunta:- Governador, segurança pública. Quando o governador resolveu anunciar o choque de gestão, teve o apagão e o choque de gestão não aconteceu. O resultado foi o PCC tomando conta de São Paulo.
Alckmin responde:
- O candidato Lula se comporta como comentarista. Ele se omite, se esconde. Fizemos a nossa parte. E o candidato Lula liberou 9% (das verbas) para a Segurança Pública.
Lula replica:- Você acha que alguém acredita, Alckmin? Você cortou 15% do orçamento da segurança. Há uma contradição nos números que você decorou e a realidade de São Paulo.
Alckmin treplica:
- O candidato Lula não sabe que nós investimos R$ 10 bilhões. Nós trabalhamos, não nos omitimos.
Lula lembra que o vice de Alckmin, José Jorge, foi o ministro de Minas Energia na época do apagão e pergunta:
- qual é a proposta do governador para a geração de energia.Alckmin:
- O Brasil não tem investimento importante em geração de energia. A minha meta é gerar 16 mil mega watts em quatro anos.
Lula replica:- O que fica claro aqui é que o Alckmin não estudou bem esse assunto. O nosso governo produziu 13 mil mega watts.
Alckmin treplica e pergunta:
- Em quatro anos não conseguiu licitar as hidrelétricas do Madeira e do Xingu. Esses são projetos de maturação lenta. Nós vamos ter problema sério em 2009 pela inoperância do governo.
- Se Lula acha correto, por exemplo, que metade dos projetos na área de transportes seja considerada irregular.
Lula responde:
- O teu assessor poderia ter dado uma manchete da Folha de S. Paulo para você quando o Padilha disse (quando deixou o cargo de Ministro dos Transportes para se candidatar à Câmara dos Deputados) que as estradas estavam deterioradas. Vocês pensavam pequeno. Pensavam no País exportando apenas para os Estados Unidos.
Alckmin replica, reconhecendo que o que Lula disse sobre o governo FHC era fato:
- O mundo do candidato Lula é virtual. Ele voa de aerolula. Ele não sabe da realidade. Eu fui ver as estradas brasileiras. É interessante que ele sabe tudo do governo Fernando Henrique Cardoso, mas não saiba nada do seu governo.
Lula treplica:
- Eu compreendo essa necessidade dele falar mal do meu governo. O fato concreto é que o Brasil melhorou. Reconheça, Alckmin. Não vai te custar nada. As pessoas estão vivendo com mais dignidade. Os pobres estão tendo acesso às coisas que eles não tinham. Não faça o papel pequeno do candidato que só fica reclamando.
22h05min - QUARTO BLOCO – (Jornalistas fazem perguntas)
Franklin Martins pergunta a Lula:
- O senhor não acha que como presidente, o senhor deveria saber mais sobre fatos importantes que acontecem à sua volta?
Lula responde:- Eu quero ser reeleito, porque quando souber (de casos de corrupção), eu punirei. Antes se jogava para debaixo do tapete (governo FHC). Eu não. A lógica da ética não é saber antes, é punir quando acontece, é investigar, é punir. E isso eu tenho muito orgulho de não ter vacilado um minuto. Eu sou responsável por tudo, mas permita que as pessoas entendam que um pai de família não sabe tudo.
Fernando Vieira de Mello pergunta a Alckmin sobre a redução da maioridade penal:
Alckmin responde:
- Eu sou contra, mas apresentei proposta para reformar o estatuto da criança e do adolescente.
Lula comenta:
- O problema da segurança pública não é do presidente, do governador e do prefeito. É um problema que envolve a família. Não há um responsável, há muitos responsáveis.
Alckmin replica, mas não diz coisa com coisa, esquece até da parceria com o PCC:
- Nós vamos aperfeiçoar a legislação. A impunidade estimula o delito. Eu vou vender o aerolula e fazer cinco hospitais.
José Paulo de Andrade pergunta o que Lula fará para reforçar princípios da sociedade e valores morais:
Lula responde, mas antes classifica de sandice o que Alckmin diz sobre o avião da presidência:
- Ou nós começamos a trabalhar no ensino fundamental a cabeça das crianças ou endurecendo a lei.
Alckmin, o beato da Opus Dei, comenta:
- Nós somos bem diferentes. O estado de São Paulo tinha dois aviões e eu vendi os dois, tinha dois helicópteros e eu os doei para a polícia. A senhora, quando compra um pacote de açúcar, paga 40% de imposto, e não é para ser jogado fora. Em relação à corrupção, o exemplo vem de cima. Qual é autoridade moral para ele vir falar com essa lista de corrupção no seu governo?
Lula aumenta o tom de voz e replica:
- Com a autoridade de quem descobriu que 60% dos prefeitos envolvidos com sanguessugas eram do PFL e do PSDB; a autoridade de quem sabe como a sociedade reage quando as denúncias não são apuradas.
Joelmir Betting pergunta a Alckmin onde cortar gastos e quando:
Alckmin responde:
- Hoje o Brasil cresce um terço dos emergentes. O governo do PT é tartaruga. Está parado. Eu vou ter política fiscal séria e não desperdiçar o dinheiro do povo.
Lula comenta:
- De gasto em publicidade o Alckmin conhece. É só investigar a Nossa Caixa. Os gastos que precisam ser cortados já estão sendo cortados. (...) O Brasil vai crescer mais de 5% não por bravata de candidato, mas porque as bases estão colocadas.
Alckmin replica:
- Quem é especialista em bravata é o PT, que vivia dizendo que estava tudo errado e ao chegar ao poder aplicou a mesma receita com dose maior.
22h39min - QUINTO BLOCO – (Perguntas entre os candidatos e considerações finais)Alckmin, volta a ser grosseiro, não é mais beato e pergunta:
- Você que está em casa e acompanhou esse debate viu que Lula foi irônico, arrogante e desrespeitoso. E não respondeu de onde vinha R$ 1,7 milhão para comprar um dossiê fajuto. Onde no meu programa está dito que eu vou privatizar Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa e Correios?
Lula responde:- Eu não disse que o governador vai apenas privatizar. Eu disse que pessoas no seu partido já propuseram até a privatização da Petrobrás. Mas vocês já privatizaram tudo. Este país não pode permitir que o ministro da Fazenda viaje o mundo inteiro para procurar dinheiro para cobrir os seus gastos.
Alckmin replica:
- Não minta, Lula. Não foram o PFL e o PSDB que disseram alguma coisa de privatização. Foi você que falou. Eu não vou privatizar, porque não há necessidade.
Lula em tréplica:
- Ele não pode ficar nervoso, bravo e dizer mentira. Foi o PSDB e o PFL que privatizaram o País. Quando não tiver mais o que vender, vai fazer o quê? Vender a Amazônia? Não precisa ficar nervoso. Eu te conheço e não faz o teu gênero.
Considerações finais de Lula:
- Quando resolvi ser candidato à reeleição, é porque estou convencido de que podemos fazer muito mais e muito melhor pelo Brasil. As coisas estão arranjadas. Os alicerces estão prontos, as paredes estão levantadas. Falta agora levantar apenas o madeiramento e o telhado. Nós sabemos da necessidade de gerar emprego. E para ter emprego de qualidade, é preciso que a gente tenha uma educação de melhor qualidade. Ao invés das críticas que alguns fazem, estamos investindo em universidade e em escolas técnicas. Assim o Brasil vai deixar de ser um exportador, ora um pouco de commodities, ora um pouco de produtos manufaturados, e vai junto com isso exportar inteligência e conhecimento para ser tornar uma grande Nação. Até o próximo debate.
Considerações finais de Alckmin:
- Eu participei de todos os debates. Não fugi de nenhum debate. O PT já teve a sua chance e deixou passar. Cresceu menos de 3%, cresceu a metade do que os países emergentes. O primeiro compromisso é com o crescimento. O segundo, com os serviços, a Educação. Sou médico. Passei a vida minimizando o sofrimento das pessoas. Serei firme na segurança pública. Peço seu apoio, seu voto de confiança.
A primeira pergunta de Ricardo Boechat, mediador do debate é:
- O senhor concorda em fazer cortes no orçamento, em especial na Previdência, para fazer o Brasil crescer?Alckmin, partindo para o ataque e mostrando-se grosseiro:
– Eu vou cortar gastos, sim, mas não na Previdência Social. Vou cortar gastos na ineficiência, vou cortar gastos nos comissionados, nos companheiros de partido.
Lula responde à altura e dá o troco:
– A impressão que tenho é que o meu adversário decora alguns chavões para participar de debates. A única coisa que sabem fazer é cortar gastos onde não se deve cortar, no salário dos trabalhadores. Parece-me que o governador não estava no Brasil em 2003. Se estivesse, começaria esse debate me agradecendo.
Alckmin, ainda grosseiro, pergunta a Lula:
- De onde veio o dinheiro sujo, R$ 1,7 milhão para comprar um dossiê fajuto?
Lula enfatiza a autoria tucana no caso do dossiê e responde:
- Eu quero saber mais: quem foi que arquitetou esse plano maquiavélico? A única ganhadora nesse trambique todo foi a campanha do meu adversário.
Réplica de Alckmin, querendo saber o que ainda está sendo investigado:
- Olhe nos olhos do povo brasileiro e responda de onde veio o dinheiro?
Tréplica de Lula, com posição de estadista e com respeito às instituições democráticas:
- Provavelmente o governador tenha saudade da ditadura. Uma investigação séria é demorada.
20:56min - SEGUNDO BLOCO
Lula, entrando no campo das maracutaias tucanas pergunta:
- O senhor sabia ou não sabia das transações de Barjas Negri (ministro da Saúde no governo FHC envolvido com a Máfia dos Sanguessugas)?
Alckmin esquece que é tucano, não responde e esquiva-se, tentando se descolar de FHC e Serra e esquece das 69 CPI’s engavetadas e diz:
- Não meça as pessoas pela sua régua. Eu não tenho ministro condenado, indiciado pela polícia, assessor meu denunciado pelo Procurador da República. No meu governo não tem absolutamente nada. Se há alguém que não tem moral para falar de ética é o governo Lula.
Réplica de Lula, aproveitando-se da oportunidade do tucano afirmar que nada havia no seu governo:
- 69 CPI's foram engavetadas (Em São Paulo, com Alckmin governador ). A que preço eu não sei. Eu não movi um dedo para impedir CPI's.
Tréplica de Alckmin, com a mesma grosseria do início, mostrando-se não possuir postura de estadista:
- Quanta mentira. Como Lula mudou. As CPI's (no governo Lula) só saíram porque o Roberto Jefferson contou a verdade para o Brasil.
Lula mostra a diferença entre a corrupção tucana e a efetividade do seu governo no combate à corrupção tucana, perguntando:
- A obrigação de um governante é mandar apurar toda a denúncia que recebe. Foi o que fiz. Quando era governador o senhor ficou sabendo de fatos graves e evitou que fossem apurados. Por que nenhuma das 69 CPI’s foi implantada?
Alckmin, sem argumentos, remete a culpa à Assembléia Paulista, como se ele não estivesse no governo do estado por quase 12 anos:
- Quem escreveu aí esqueceu de dizer quando que na Assembléia Legislativa de SP, desde 1998, o regimento estabeleceu que é preciso votar em plenário pedido de CPI.
Lula, sobre obras em São Paulo e sobre a política social:
- Eu gostaria de comparar (os governos). Provavelmente não colocamos um centavo no Rodoanel. É verdade, mas é verdade também que quem cuida das políticas sociais nos estados somos nós.
Alckmin, tentando passar a falsa beatitude (nos lembra a Opus Dei):
- A primeira diferença é de caráter. Eu não me omito, não jogo nas costas dos amigos os problemas do governo e pergunta se o senhor não sabia sobre os cinco ministros do governo envolvidos em denúncias de corrupção:
Lula, sobre as privatizações de FHC e cumplicidade do governo de São Paulo no combate à corrupção:
- O PSDB jogava escândalos para debaixo do tapete para não discutir as privatizações que ninguém sabe para onde foi tanto dinheiro e que ele cortou na própria carne com a saída dos ministros:
Alckmin, mais uma vez sem argumentos, apela para o suspeito caso do caseiro:
- Violento com o fraco Francenildo Costa, mas fraquinho com os crimes que assolaram o País.Lula eleva o tom e lembra ao governador que ele é um tucano:
- O governador não lembra onde começou a compra de voto espúria no País, citando a compra de votos para a reeleição de FHC. E ainda?
Alguma política para o Bolsa Família, governador?
Alckmin, tentando se descolar de FHC, sempre grosseiro, apela para falácias:
- Como entender que o Brasil, essa potência que é o Brasil, é o último da fila. O Brasil não pode mais ficar perdendo oportunidades. Privatizações É diferente do dólar na cueca, na caixa de uísque, é diferente de todo o tipo de mensalão.
Lula volta a perguntar qual política Alckmin tem para a população pobre e compara as 11 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família com as 170 mil atendidas por programas estaduais em São Paulo.
Alckmin, esquecendo que já chamou o Bolsa Família de esmola, mais uma vez não responde sobre as privatizações ou compras de votos do PSDB:
- A mentira política é essa boataria de que vou acabar com o Bolsa Família.
21h13min - Lula pede direito de resposta, mas não é atendido. Reclama que foi chamado de mentiroso.
Alckmin pergunta quanto Lula gastou no Sistema Único de Segurança pública e diz que o governo não sabe escolher gastos.
Lula defende sua política social e define as prioridades dos gastos e enfático, eleva o tom e responde:
- O governo gasta naquilo que a gente acha que vai melhorar a vida das pessoas. A política de vocês é privatizar, privatizar, privatizar. A nossa é investir no social, no social, no social.
Alckmin reclama de falta de ajuda do governo federal com a Febem:
- O candidato Lula é um bom comentarista, ele fala como se nada tivesse a ver com o menor infrator. São Paulo trabalhou sozinho.
Lula cita rebeliões na Febem, fala sobre a educação em São Paulo e pergunta:
- por que o choque de gestão de Alckmin não funcionou na Febem. A Febem não é tratada com o carinho que merece porque é um sistema prisional para condenar a meninada. Quem cuidou da educação em São Paulo foi o governo federal.
Alckmin critica Lula por não concluir obras em Saúde e indica que o governo federal não investiu o que deveria em saneamento.
Lula rebate críticas a obras inacabadas:
- Eu fiz mais pela ferrovia Norte-Sul do que os últimos presidentes em 15 anos. Não queira que eu conserte em quatro anos o que vocês destruíram em quatro séculos.
21:38min - TERCEIRO BLOCO – (O debate fica morno)
Lula pergunta:- Governador, segurança pública. Quando o governador resolveu anunciar o choque de gestão, teve o apagão e o choque de gestão não aconteceu. O resultado foi o PCC tomando conta de São Paulo.
Alckmin responde:
- O candidato Lula se comporta como comentarista. Ele se omite, se esconde. Fizemos a nossa parte. E o candidato Lula liberou 9% (das verbas) para a Segurança Pública.
Lula replica:- Você acha que alguém acredita, Alckmin? Você cortou 15% do orçamento da segurança. Há uma contradição nos números que você decorou e a realidade de São Paulo.
Alckmin treplica:
- O candidato Lula não sabe que nós investimos R$ 10 bilhões. Nós trabalhamos, não nos omitimos.
Lula lembra que o vice de Alckmin, José Jorge, foi o ministro de Minas Energia na época do apagão e pergunta:
- qual é a proposta do governador para a geração de energia.Alckmin:
- O Brasil não tem investimento importante em geração de energia. A minha meta é gerar 16 mil mega watts em quatro anos.
Lula replica:- O que fica claro aqui é que o Alckmin não estudou bem esse assunto. O nosso governo produziu 13 mil mega watts.
Alckmin treplica e pergunta:
- Em quatro anos não conseguiu licitar as hidrelétricas do Madeira e do Xingu. Esses são projetos de maturação lenta. Nós vamos ter problema sério em 2009 pela inoperância do governo.
- Se Lula acha correto, por exemplo, que metade dos projetos na área de transportes seja considerada irregular.
Lula responde:
- O teu assessor poderia ter dado uma manchete da Folha de S. Paulo para você quando o Padilha disse (quando deixou o cargo de Ministro dos Transportes para se candidatar à Câmara dos Deputados) que as estradas estavam deterioradas. Vocês pensavam pequeno. Pensavam no País exportando apenas para os Estados Unidos.
Alckmin replica, reconhecendo que o que Lula disse sobre o governo FHC era fato:
- O mundo do candidato Lula é virtual. Ele voa de aerolula. Ele não sabe da realidade. Eu fui ver as estradas brasileiras. É interessante que ele sabe tudo do governo Fernando Henrique Cardoso, mas não saiba nada do seu governo.
Lula treplica:
- Eu compreendo essa necessidade dele falar mal do meu governo. O fato concreto é que o Brasil melhorou. Reconheça, Alckmin. Não vai te custar nada. As pessoas estão vivendo com mais dignidade. Os pobres estão tendo acesso às coisas que eles não tinham. Não faça o papel pequeno do candidato que só fica reclamando.
22h05min - QUARTO BLOCO – (Jornalistas fazem perguntas)
Franklin Martins pergunta a Lula:
- O senhor não acha que como presidente, o senhor deveria saber mais sobre fatos importantes que acontecem à sua volta?
Lula responde:- Eu quero ser reeleito, porque quando souber (de casos de corrupção), eu punirei. Antes se jogava para debaixo do tapete (governo FHC). Eu não. A lógica da ética não é saber antes, é punir quando acontece, é investigar, é punir. E isso eu tenho muito orgulho de não ter vacilado um minuto. Eu sou responsável por tudo, mas permita que as pessoas entendam que um pai de família não sabe tudo.
Fernando Vieira de Mello pergunta a Alckmin sobre a redução da maioridade penal:
Alckmin responde:
- Eu sou contra, mas apresentei proposta para reformar o estatuto da criança e do adolescente.
Lula comenta:
- O problema da segurança pública não é do presidente, do governador e do prefeito. É um problema que envolve a família. Não há um responsável, há muitos responsáveis.
Alckmin replica, mas não diz coisa com coisa, esquece até da parceria com o PCC:
- Nós vamos aperfeiçoar a legislação. A impunidade estimula o delito. Eu vou vender o aerolula e fazer cinco hospitais.
José Paulo de Andrade pergunta o que Lula fará para reforçar princípios da sociedade e valores morais:
Lula responde, mas antes classifica de sandice o que Alckmin diz sobre o avião da presidência:
- Ou nós começamos a trabalhar no ensino fundamental a cabeça das crianças ou endurecendo a lei.
Alckmin, o beato da Opus Dei, comenta:
- Nós somos bem diferentes. O estado de São Paulo tinha dois aviões e eu vendi os dois, tinha dois helicópteros e eu os doei para a polícia. A senhora, quando compra um pacote de açúcar, paga 40% de imposto, e não é para ser jogado fora. Em relação à corrupção, o exemplo vem de cima. Qual é autoridade moral para ele vir falar com essa lista de corrupção no seu governo?
Lula aumenta o tom de voz e replica:
- Com a autoridade de quem descobriu que 60% dos prefeitos envolvidos com sanguessugas eram do PFL e do PSDB; a autoridade de quem sabe como a sociedade reage quando as denúncias não são apuradas.
Joelmir Betting pergunta a Alckmin onde cortar gastos e quando:
Alckmin responde:
- Hoje o Brasil cresce um terço dos emergentes. O governo do PT é tartaruga. Está parado. Eu vou ter política fiscal séria e não desperdiçar o dinheiro do povo.
Lula comenta:
- De gasto em publicidade o Alckmin conhece. É só investigar a Nossa Caixa. Os gastos que precisam ser cortados já estão sendo cortados. (...) O Brasil vai crescer mais de 5% não por bravata de candidato, mas porque as bases estão colocadas.
Alckmin replica:
- Quem é especialista em bravata é o PT, que vivia dizendo que estava tudo errado e ao chegar ao poder aplicou a mesma receita com dose maior.
22h39min - QUINTO BLOCO – (Perguntas entre os candidatos e considerações finais)Alckmin, volta a ser grosseiro, não é mais beato e pergunta:
- Você que está em casa e acompanhou esse debate viu que Lula foi irônico, arrogante e desrespeitoso. E não respondeu de onde vinha R$ 1,7 milhão para comprar um dossiê fajuto. Onde no meu programa está dito que eu vou privatizar Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa e Correios?
Lula responde:- Eu não disse que o governador vai apenas privatizar. Eu disse que pessoas no seu partido já propuseram até a privatização da Petrobrás. Mas vocês já privatizaram tudo. Este país não pode permitir que o ministro da Fazenda viaje o mundo inteiro para procurar dinheiro para cobrir os seus gastos.
Alckmin replica:
- Não minta, Lula. Não foram o PFL e o PSDB que disseram alguma coisa de privatização. Foi você que falou. Eu não vou privatizar, porque não há necessidade.
Lula em tréplica:
- Ele não pode ficar nervoso, bravo e dizer mentira. Foi o PSDB e o PFL que privatizaram o País. Quando não tiver mais o que vender, vai fazer o quê? Vender a Amazônia? Não precisa ficar nervoso. Eu te conheço e não faz o teu gênero.
Considerações finais de Lula:
- Quando resolvi ser candidato à reeleição, é porque estou convencido de que podemos fazer muito mais e muito melhor pelo Brasil. As coisas estão arranjadas. Os alicerces estão prontos, as paredes estão levantadas. Falta agora levantar apenas o madeiramento e o telhado. Nós sabemos da necessidade de gerar emprego. E para ter emprego de qualidade, é preciso que a gente tenha uma educação de melhor qualidade. Ao invés das críticas que alguns fazem, estamos investindo em universidade e em escolas técnicas. Assim o Brasil vai deixar de ser um exportador, ora um pouco de commodities, ora um pouco de produtos manufaturados, e vai junto com isso exportar inteligência e conhecimento para ser tornar uma grande Nação. Até o próximo debate.
Considerações finais de Alckmin:
- Eu participei de todos os debates. Não fugi de nenhum debate. O PT já teve a sua chance e deixou passar. Cresceu menos de 3%, cresceu a metade do que os países emergentes. O primeiro compromisso é com o crescimento. O segundo, com os serviços, a Educação. Sou médico. Passei a vida minimizando o sofrimento das pessoas. Serei firme na segurança pública. Peço seu apoio, seu voto de confiança.
Comments:
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Alckmin se sobressaiu no debate... Acho isso inegável e até a moça que trabalha aqui em casa chegou hoje cedinho falando isso..
Lula perdeu uma chance de ouro. Subestimou o adversário e só se encontrou após a metade do debate...
Vamos ver as surpresas da campanha de agora em diante..
Lula perdeu uma chance de ouro. Subestimou o adversário e só se encontrou após a metade do debate...
Vamos ver as surpresas da campanha de agora em diante..
Vimos ontem como será a campanha presidencial no segundo turno. Quando um quer, dois acabam brigando. Alckmin demonstrou que quer brigar. Saiu distribuindo “chuchutes”. Venceu a luta por um ponto. O ponto de interrogação.
Um abraço
Marco Aurélio
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Um abraço
Marco Aurélio
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